Chiang Mai 08 de Dezembro de 2013
O autocarro que nos conduziria a Chiang Mai partiu curiosamente à hora prevista, o que augurava chegarmos ao nosso destino dentro do horário previsto. Ingénuas quimeras minhas!
Foto de ontem em Sukhothai - Como não temos fotos de hoje aqui ficam estas
Viajar pelo interior norte da Tailândia é também uma viagem ao nosso âmago. O verde é a cor dominante da paisagem. Sucedem-se os intermináveis arrozais, base da alimentação deste povo de mais de sessenta e sete milhões de almas. Dou comigo a pensar que todo o Tailandês deve ter o seu, micro, pequeno, grande ou médio negócio, tal a propensão que demonstram para o comércio. Sidecars feitos estabelecimentos ambulantes, bancas fixas, lojas de todos os tamanhos e feitios e nas mais inesperadas localizações, confere alguma razão à dedução que faço.
Mercados de rua - uma constante, dia e noite.
Felizmente que os comerciantes nortenhos não são tão insistentes como em Bangkok. Isto torna a vida do visitante mais aprazível e quiçá, com mais vontade de gastar do que quando pressionado a comprar este ou aquele produto.
Depois de mais de seis horas fechados num autocarro apinhado de gente chegamos finalmente a Chiang Mai. Desta feita não tínhamos ninguém à nossa espera o que resultou na primeira alteração de humor da minha cara-metade. Por mim fiz uma jura. Levar esta viagem nas calmas e só uma circunstância inesperada e grave me faria perder as estribeiras. Julgo que consegui!
Provavelmente a pensar no que abaixo escrevi
Deitei tudo para trás das costas. Não quero saber do que deixei. Abstraí-me das responsabilidades que deixei suspensas lá pelo torrão lusitano. Não quero pensar nos tempos que se avizinham, que sei que exigirão de mim mais um golpe de asa para seguir em frente.
Confiarei no meu instinto sobrevivente quando regressar.
Agora quero apenas viajar com o olhar na plenitude que este verbo contém. Quero tão só ser feliz. Quero apenas três semanas de total alheamento, assim como se fossem um interlúdio entre o que passou e o que está para vir.
Tha Pae Gate - uma das portas de entrada para a cidade velha. Adorámos Chiang Mai
Um arreliador equivoco dos transferistas dos nossos amigos Nigel e Carole, fez com que tivéssemos de esperar largas horas até que a empresa contratada nos viesse buscar. Os nossos companheiros de viagem lá partiram e nós ali ficamos à espera do nosso transfer , coisa que demorou ainda outra hora até que este chegasse. Natália voltou a colocar à prova os seus nervos. Eu, calmo. Tudo se há de arranjar!
Cansados, esfomeados, sujos, impertinentes, lá seguimos no nosso transporte após duas horas de seca. O motorista desculpou-se dizendo haver chegado uns minutos atrasados à estação rodoviária. Procurou por nós, mas os “brancos” aí presentes não respondiam pelo nome que tinha escrito no cartaz com que nos devia identificar.
Pediu-nos então um pouco mais de paciência, pois tinha de recolher dois passageiros antes de nos levar ao nosso hotel. Acedemos na esperança de ser coisa que calhasse em caminho. Erro nosso, má fortuna!
Mais voltas à volta do intrincado de ruas e ruelas desta nova cidade aos nossos olhos.
Às tantas parou em determinado beco. Pediu-nos que esperássemos um pouco até surgir com os tais passageiros.
À medida que se aproximavam, não pudemos conter o riso e a estupefacção. Eram o Nigel e a Carole que afinal não tinham reservas no hotel destinado. Resultado: demorámos quase tanto tempo dentro da cidade na procura de resolução para estes pequenos desentendimentos como para o percurso de autocarro. Derrotados pelo cansaço, jantámos no hotel, já dentro da cidade velha de Chiang Mai.
Amanhã....selva!
PS: Como não tenho fotos deste dia, recorro ao arquivo da net e a fotos de ontem.
1 Comments:
Espetacular...continua a deslumbrar-nos com essa viagem!!
Obrigado
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