Bangkok 3 de Dezembro de 2013
São seis e meia da manhã.
Chegámos ontem à capital da Tailândia depois de mais de vinte e quatro horas a viajar.
Bangkok Skytrain
Primeiro até Lisboa, depois de avião até Frankfurt e depois desta cidade até Bangkok. Do aeroporto apanhámos o skytrain (metro de superfície) até uma estação que não sei dizer o nome (eu avisei que não era muito bom nestas dicas!) e depois um táxi até á zona de Khao San Road, lugar onde aportam todos os viajantes sem percurso definido.
Primeira impressão: Caos organizado!
Já não me sei movimentar nestas metrópoles de bulício desgovernado, nestas cidades sem travões, onde se joga a vida em cada tentativa de atravessamento de rua, mesmo que em zona pedonal.
Os índices de poluição são verdadeiramente alarmantes daí que os locais optem por sair à rua de máscara hospitalar na cara, o que confere à cidade um clima de estado de sítio no que à saúde diz respeito.
Chegados ao nosso hotel (se assim lhe pudermos chamar!) localizado numa rua paralela a Khao San Road. Provavelmente a rua mais conhecida de todo o oriente no que aos viajantes aventureiros diz respeito, ficámos logo com a bitola da qualidade dos alojamentos baratos que nos esperavam. Um pardieiro!
Khao San Road
Khao San Road e as ruas envolventes, são uma babilónia. A chegada de viajantes a esta zona, seja a que horas for, é uma constante. Gente de mochila às costas, sorriso rasgado e cara de espanto, fazem parte da paisagem dominante.
Nesta zona da cidade encontra o viajador praticamente tudo o que necessita vinte e quatro horas por dia. Um dos estabelecimentos que retive, ostentava curiosa e orgulhosamente um néon que catrapiscava a vermelho ¬— We Never Close — no caso presente um restaurante.
Khao San Road noite dentro
Nesta algazarra pegada, onde vendedores ambulantes às centenas, comercializam as especialidades locais, podem-se experimentar desde gafanhotos a escorpiões e outros insectos mais ou menos desconhecidos, arrozes, massas e sopas vendidos em sacos plásticos, coisa que provoca algum espanto ao viajante acabado de aterrar neste caravançarai.
Especialidades locais
Hotéis, guest houses, bares, restaurantes, operadores turísticos, casas de massagens, clubes noturnos, farmácias, lojas de conveniência, estabelecimentos de artesanato, alfaitarias com fatos feitos por medida quase na hora, tuc-tucs, táxis e os sempre presentes vendedores ambulantes, são, a par de outros que já nem me recordo, o que podemos encontrar nas ruas principais, becos e ruelas desta miríade de opções onde o turista é tentado a gastar os euros, dólares e outras moedas, depois de traduzidos em baths.
Depois de instalados ( se assim se pode dizer!) mergulhámos no rebuliço citadino à descoberta deste povo e desta urbe que tem tudo para nos inebriar. A primeira coisa que me causou impressão (para o caso desagradável!) foi o emaranhado de cabelagem de transporte de energia, telefones e restantes necessidades da vida moderna. Os postos transformadores estão a descoberto e colocados em altura, regra geral à de um primeiro andar e que são a “vista privilegiada” de um qualquer habitante ou turista que fique instalado à altura do primeiro andar.
Tuc-tucs, são quase tantos como tailandeses e emprestam à capital do oriente asiático um colorido especial. Ainda não andámos nestas motorizadas transformadas em transporte público, mas oportunidades não hão de faltar. Este será um método barato e curioso de forma a mergulharmos na cultura desta gente de sorriso fácil e cativante.
As visitas aos múltiplos templos são obrigatórias. Amanhã deambularemos pela cidade procurando vivenciar o que mais de belo ela tenha para nos oferecer. Os monumentos templários farão parte dessa incursão. Visitaremos os mais importantes de modo a satisfazermos a nossa curiosidade e de modo a ficarmos com uma ideia da grandiosidade cultural das gentes de olhos em bico.
Jantámos na rua. Pad thai era o menu, que se vende na forma de arroz ou massa. Acompanhámos este prato com uma cerveja Chang enquanto observávamos o vaivém vertiginoso da cidade que nunca dorme. Mais tarde haveríamos de saber porquê! Pagámos cerca de 1,50 € cada.
O jet leg ia fazendo das suas. O sono apoderou-se de nós quando a cidade estava mais viva e desperta. Nos bares e restaurante, todos com música ao vivo, ou melhor, num imaginário concurso para ver quem produzia mais ruído sonoro. A Natália, prevenida, trouxe consigo dois pares de tampões. Daqueles que usam os trabalhadores dos martelos pneumáticos. Inicialmente pensei ser um exagero, mais tarde dei-lhe total razão.
Resultado: Dormimos cedo e acordámos de madrugada.
2 Comments:
Uma descrição incrível do quotidiano em Khaosan Road e para quem esteve atento e faz intenção de visitar esta magnífica cidade não se esqueçam dos tampões para os ouvidos.
Quem tem tampoes tem tudo!
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