Bangkok 04 de Dezembro de 2013
Hoje o rei faz anos.
Acordámos cedo. 6.00 horas talvez!
Cheios de fome descemos à rua. O dia já nascera mas a noite ainda bulia. Três prostitutas aparentemente embriagadas, vindas duma atarefada jornada ainda procuravam os derradeiros clientes, no caso presente eu, pouco se importando se estava ou não acompanhado.
É a lei da selva. Dou comigo a pensar!
Sete da manhã..à procura do rumo para o dia
Aí pelas sete horas e já com as raparigas (ou seriam rapazes? Aqui nunca se sabe!) da vida fácil fora do nosso caminho, fomos abordados por outro tipo de profissionais que enxameiam as ruas de Bangkok. Os motoristas de tuc-tuc.
Sentindo-nos fresquinhos, verdinhos, acabados de chegar, logo um se abeirou de nós cheio de salamaleques prometendo facilitar-nos a vida levando-nos aos locais mais interessantes da cidade, que já planeáramos visitar. Depois de discutido o preço que inicialmente era de 500 baths por duas horas, baixou-o para 150 baths, caso visitássemos um operador turístico e onde permanecêssemos pelo menos 10 a 15 minutos. Um bocado assim à laia do Time share.
Passeando por Bangkok
Nessa agência delineámos a nossa vida para os próximos dias e que consistia em sair rapidamente de Bangkok e dirigirmo-nos para norte. Primeiro para Ayuthaya onde pernoitaríamos no dia seguinte, depois Sukhotai onde ficaríamos dois dias e a seguir Chiang Mai onde os serviços desta agência terminavam. No pacote, garantimos todos os alojamentos para os cinco dias seguintes, transferes de e para as guest houses e ainda dois dias na selva com dormida numa aldeia indígena, passeio de elefantes e rafting rio abaixo em jangadas de bambu.
O rapaz do tuc-tuc alegrou-se quando nos viu sair, e dali, partimos à descoberta da cidade. Bangkok é uma cidade fervilhante. Como em todas as cidades orientais está pejada de gente; e de gente jovem em particular.
Já referi a aventura que é circular por aqui, mormente no que diz respeito ao atravessamento das artérias, isto sem nos esquecermos que o tráfego aqui se faz pela esquerda, o que, ao principio, complica e de que maneira, a vida de quem está formatado para olhar para o lado contrário na hora de atravessar a rua.
Num dos templos mais importantes de Bangkok
As tais visitas aos templos budistas são uma obrigatoriedade para quem, e através da história nele contidas, quiser conhecer a identidade deste povo e da sua filosofia de vida. O primeiro que visitámos foi o do Monte Dourado que para além da riqueza histórica nele contida, também proporciona ao visitante uma das melhores vistas sobre a cidade.
Não parece, mas esta é uma homenagem aos portugueses lá pelo reino do Sião.
Outros se seguiram num trajeto onde estão inseridos. Em cada um desses locais sagrados, lá pudemos admirar a figura de Buda nas suas múltiplas vertentes e posições. Ele era o Buda gigante, o deitado, o esmeralda, o sentado e mais não sei quantas posições que denunciavam a riqueza das imagens expostas que os visitantes descalços veneravam com sincera dedicação.
Todos estes locais de silêncio e recolhimento são riquíssimos em arquitetura, história e ornamentação. Falo-vos de uma experiência única, pessoal e enriquecedora sobretudo ao nível espiritual.
Também os variadíssimos mercados são uma experiência sensitiva. Aqui palpita a vida do tailandês comum. São-no regra geral grandes e apinhados de gente. Mercam produtos que para nós são novidade especialmente no que se refere a frutas e legumes.
Um dos mercados de Bangkok
No caso do mercado junto ao pier 8 do rio Chao Phraya, este, para além de retalhista era também abastecedor. A azáfama era enorme com carregadores, quais formiguinhas, transportando pelos estreitos corredores toda a qualidade de mercadorias. No centro deste, deparámo-nos com uma luxuosa guest house que nos surpreendeu pelo inusitado da sua localização. Admirámo-nos pelo arrojo empreendedor de quem ali a instalou. Ainda perguntámos o preço. Custava dez vezes mais do que aquela onde estávamos alojados. Tirámos de imediato dali o sentido!
Por ser aniversário do rei (completava 86 anos nesses dia!) havia comida gratuita para toda a gente, turistas incluídos. Aproveitámos a oferta e comemos um saboroso prato de pad thai que um simpático tailandês fez questão de nos ofertar. Long live the King. Saudámos!
Palácio Real de Bangkok
Nos jardins do palácio presidencial finalizavam-se os preparativos para as festividades. O povo desceu à rua para dar vivas ao rei, que por estas paragens é figura venerada. Havia a promessa de fogo de artifício e espetáculos gratuitos mais lá para a noite onde asseverámos voltar lá para o cair da tarde.
Regressámos à balburdia de Khao San Road, onde não resisti ao apelo de uma massagem tailandesa. Por estas partes custa a décima parte do que em Portugal e já com um grande desconto que sempre nos faz a nossa amiga Vifi, uma tailandesa nossa amiga no Algarve radicada. 180 baths uma hora. Cerca de 4 €.
As abordagens para visitar clubes noturnos onde ginastas tailandesas (se assim lhe pudermos chamar!) fazem habilidades sexuais com animais, bolas de ping-pong e outros artefactos são uma constante. Que esta gente ganha a vida de formas bizarras, disso não restam dúvidas!
Regressámos ao crepúsculo aos jardins do palácio presidencial para admirar o espetáculo prometido, mas a única coisa a que assistimos foi à entoação de intermináveis mantras numa ininteligível língua.
Retornámos ao nosso alojamento, onde nos esperavam os tampões, para uma noite de silêncio forçado, naquele quarto de pensão de terceira.
Khao San Road é uma espécie de Bairro Alto em dia de sábado à noite, só com a diferença que esta, é todos os dias e literalmente a todas as horas.
Amanhã estamos de abalada. Uff!!!
1 Comments:
amigo NAPOLEÃO MIRA se é assim que o posso chamar como se costuma dizer amigo do meu amigo meu amigo é e neste caso estou-me a referir ao seu amigo e meu josé estrompa de VILA NOVA DA BARONIA pois estivemos na tropa juntos marinha de guerra e como somos amigos do facbook tenho lido as suas crónicas da sua viagem recente não é que eu seja um leitor que leia muito mas gosto de ler um bom livro e as suas crónicas bem contadas e escritas prenderam-me a essas mesmas as quais me deram enorme gosto e por tal da minha parte o meu obrigado por ter a possibilidade de as ler aqui e quem sabe um dia não irei ler um livro das suas aventuras reais em viagens.abraço
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