Viagem à Tailândia e ao Laos de 3 a 23 de Dezembro 2013
Viajar é Olhar.
Sentindo a minha impaciência, a minha mãe disse-me: "Miguel, viajar é olhar." Até hoje, fiquei sempre cativo desta frase e do que ela implica e compromete o verdadeiro viajante. Tal como a minha mãe escreveu algures, só o olhar não mente, porque todo o real é verdadeiro.
Miguel Sousa Tavares – Sul
Depois de muitas hesitações, este ano necessitei de mandar às ortigas as preocupações que o país nos obriga a atravessar e resolvi viajar. A Natália, minha mulher, estivera na Ásia há dois anos e gostava de lá regressar. Propôs-me então que fizéssemos parte do percurso que fizera em 2011 viajando de Bangkok para norte visitando as cidades possíveis para tão só e apenas três semanas para o fazer.
Descer o rio Mekong e entrar no Laos e visitar Luang Prabang era também uma das nossas intenções. Se o tempo o permitisse, daríamos ainda um salto ao Camboja, regressando por fim e de novo à Tailândia de onde encetaríamos a viagem de regresso. Não cumprimos na íntegra este desiderato, mas viajámos ao sabor do nosso olhar por esse continente de contrastes que é a Ásia.
Há muitos anos que não desligava o disjuntor das responsabilidades e sintonizava a frequência do prazer. Nesta jornada foi o que fiz. Parti à descoberta de novas terras, gentes e culturas procurando retirar de cada momento o prazer e os ensinamentos possíveis.
Vai daí, comecei a tomar umas notas soltas que foram ganhando volume e que resultaram no meu olhar sobre o que me rodeava. As notas que aqui publicarei, não têm a intenção de ser roadbook para quem quiser seguir este percurso. Para nomes, números, indicações, tips de viagem poderão encontrar muito melhor informação em sites da especialidade, nomeadamente no Lonely Planet, Trip Advisor ou blogues de viajantes, a que se podem facilmente aceder fazendo uma breve pesquisa.
Pela minha parte nada fiz de especial antes do início da viagem. Li umas coisas de outros viajantes, consultei uns mapas, vi um ou outro vídeo e por aí me fiquei. Queria acima de tudo surpreender-me com o que viesse a encontrar. Para qualquer dúvida, teria sempre a experiência da Natália, que já tinha uma ideia bastante consistente de como se movimentar nesses orientais terrenos que ansiava por explorar.
O que vos deixo é apenas um olhar. Um olhar instante. Um momento em que necessitei de escrever aquilo que sentia e que agora resolvi partilhar. Aos que para lá pretendam abalar, não será um guia muito interessante. Para aqueles que quiserem viajar nas minhas palavras, basta olhar.
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