Sukhothai 7 de Dezembro de 2013
Pela manhã lá fomos levados graciosamente pela nossa anfitriã — Sra. No — até à paragem dos songthaew, ou seja, a versão tailandesa do minibus.
Este veículo é uma espécie de tuc-tuc, só que em vez de ser puxado por uma motorizada, é-o por uma qualquer velha camioneta em estado de pré-sucata.
Combina comigo! Rústico, poluente, aventureiro, interessante e barato!
Aqui lo heis!!
Apanhámos este estranho meio de transporte e ala para a cidade histórica que dista do ponto de embarque até à porta da mesma, cerca de 12 km.
Aí chegados alugamos duas bicicletas para podermos circular pela imensidão deste conjunto monumental a que chamam cidade histórica. Sukhothai foi a capital do reino do Sião.
Os monumentos que ilustram esta cidade histórica, são o princípio da arquitetura tailandesa. Em tempos idos houve por aqui uma grande civilização que absorveu numerosas influências bem como antigas tradições locais, forjando desta forma aquilo que se veio a chamar o “estilo Sukhothai” e que agora, montados nas nossas bicicletas admiramos com a curiosidade e o respeito que nos merecem estes belos exemplares do que foi a pujante arquitetura desses tempos perdidos nas voltas e reviravoltas do calendário.
A impressionante monumentalidade de Sukhothai
Os templos, ou o que deles resta, estão em pior estado que os de Ayuthaya, mas mesmo assim grandiosos e representativos da vida monástica que por aqui se pratica e reverência.
Os monges são figuras altamente respeitadas.
É enternecedor ver um jovem comprar água e outros víveres para alimentar um deles, não sem antes se descalçar para lhos entregar e, em silêncio, com as mãos em prece, aguardar pelas sábias palavras de agradecimento daquele que decidiu viver de tal forma espartana, que de seu, apenas possui aquilo que consigo transporta.
Um exemplo a reter esta peculiar forma de passar pela vida.
Nós e Buda - Uma constante desta viagem
O parque histórico para além de grandioso é belo e sobretudo bem cuidado, contrastando com o desordenamento da cidade atual situada a escassos 12 km.
Aqui respira-se silêncio e contemplação. Os relvados bem cuidados à beira-lago quase que convidam a neles nos estiraçarmos. — Talvez depois de almoço por aqui passe. Há por aqui sombras tão frondosas que estão mesmo a pedir uma folgazinha alentejana — Dou comigo a pensar!
— O que vinha a calhar agora era uma massagem — sugeri à Natália em forma de desafio. Como ela acedeu, lá fomos ao centro de massagens para, durante meia hora e por uns escassos 3€, colocarmos os músculos no lugar que estes há muito mereciam.
Thai massage, mais que uma massagem, uma terapia
Mais leves que uma pena, saímos dali voando nas nossas bicicletas, dando voltas e mais voltas ao cuidadíssimo parque. Pela hora de almoço reencontrámos o Nigel e a Carole.
Optámos por almoçar num barraco, cujo proprietário era Italiano, o que fez uma bela diferença, especialmente porque bebemos finalmente um café de excelente qualidade.
Da comida desta terra, posso dizer o seguinte: básica, picante, arrozada mas saborosa e sobretudo muito barata.
Come-se em todo o lado e a toda a hora!
Despedimo-nos dos nossos companheiros de viagem que tinham alugado uma scooter e regressámos ao parque histórico e àquela sombra que não me saía da cabeça. Foram uns efémeros vinte minutos, mas já posso dizer que dormi na cidade sagrada de Sukhothai.
Nos braços de Morfeu e Buda nos sonhos
Regressámos à cidade num songthaew prestes a deixar metade das peças pelo caminho, tal o estado de pré-mortem em que o veículo se encontrava.
À noite regressámos à balburdia babilónica do mercado noturno, onde para mais, decorria uma festa de índole local.
Como a confusão era grande, resolvemos sair dali e procurar poiso mais recôndito para serenamente podermos desfrutar duma refeição e conversar calmamente.
Jantámos com os nossos novos amigo numa guest house sossegada já a caminho da nossa e preparámo-nos para mais um dia de viagem alucinante.
Amanhã chegaremos a Chiang Mai.
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