Sukhothai 06 de Dezembro de 2013
Depois de seis longas horas dentro de um autocarro, chegamos finalmente a Sukhothai.
Curiosidade: Não acerto com o nome das cidades. Já chamei Bagdad a Bangkok e a esta em vez de Sukothai já lhe chamei...Jamiroquai!
Chegámos ao final da tarde.
O alojamento contratado era ao lado da estação rodoviária, o que facilitou a nossa rápida chegada. Este é o melhor sítio onde até agora dormimos.
Esta casinha de madeira, para além da graça que lhe acho, tem todas as condições para um par de dias bem passados.
Aqui está o luxo dos nossos aposentos em Sukhothai
Tem um pequeno hall de entrada com uma mesa, que tanto pode servir para comer como para trabalhar. Conta ainda com frigorifico carregado de garrafas de água para beber à descrição.
A casa de banho é espaçosa e funcional. O quarto não é muito grande mas tem as comodidades necessárias, passando por uma boa cama com lençóis a cheirar a novos.
Podemos ainda escolher entre ventoinha de teto ou ar condicionado.
Para compor o ramalhete uma televisão com canais onde se falam línguas que entendemos.
Que mais se pode pedir pela ninharia que pagámos!
Se um dia aqui voltar, é aqui que quero pernoitar. Ah...o nome da guest house...pois perguntam muito bem...mas, não sei!
O pequeno almoço não está incluído, mas a simpática locatária — Sra. No — fez questão de no-lo oferecer.
Surpreendente esta gente!
Depois de duchados partimos à descoberta desta cidade.
Como a nossa guest house não fica no centro da cidade (e ainda bem!) temos de percorrer cerca de um quilómetro para aí chegar.
Sukhothai é atravessada por um rio de que não sei o nome, mas sei a cor. Verde vómito! O que, como cartão de visita não abona nada em favor da cidade onde há minutos aterrámos.
Atingido o centro da cidade e só me consigo lembrar de cenários comparativos nos bairros clandestinos da periferia de Lisboa nos anos setenta e oitenta.
Na minha ótica, pouco interessante, suja, desordenada, com o eterno emaranhado de fios a serem os grandes protagonistas da paisagem envolvente.
Mesmo assim, a sempre agradável surpresa da simpatia destas gentes.
Eu e o jovem monge em Sukhothai
À passagem por mais um mosteiro onde se construía mais um templo, fomos chamados por um jovem monge. Estes encontros, são sempre experiências interessantes, tanto mais que os homens do pano laranja, são geralmente, corteses, serenos, faladores e muito simpáticos.
Este com quem falámos demoradamente, insistiu em que entrássemos e visitássemos as instalações. A Natália, sempre sensível a estes encontros, ofereceu-lhe uma pulseira das dela. O rapaz agradeceu. Fotografei-me com ele para congelar o momento.
Mercado de Sukhothai
Por toda a Tailândia multiplicam-se os minúsculos locais onde comer. Umas vezes de pé, outras num improvisado banco sentados, outras ainda à mesa, o que começa a ser um luxo por aqui.
Mercado noturno onde jantámos
Hoje pouco temos para relatar. Passámos parte do dia dentro de um autocarro.
A paisagem durante o trajeto tem nos campos de arroz a sua grande predominância, entrecortados aqui e ali pela passagem por aldeias perdidas na paisagem, mas sempre muito ativas no que diz respeito às trocas comerciais. Isto atendendo ao número de estabelecimentos existentes, claro!
Gosto desta coisa da itinerância.
Sou homem de chegadas e abaladas, de toca e foge se assim lhe pudermos chamar. Um homem lá da minha terra (entretanto falecido) chamava-me, muito a propósito de: Pára Pouco!
Consigo identificar o nómada que carrego dentro de mim; e não é de agora!
Adoro viajar. Gosto de o fazer de maneiras pouco convencionais. Como diria o Caetano Veloso naquela fabulosa canção chamada: Você Não Entende Nada ¬— Eu quero é correr mundo, correr perigo...e quero que você venha comigo — Não me convidem para ir a metrópoles (especialmente europeias) sobrelotadas cheias de urbanos sisudos e de cheiro de urina dos sem-abrigo nas bocas do metro.
De cada vez que tenho de ir a uma dessas cidades, eu próprio, se não me sinto um sem-abrigo, sinto-me com certeza um dos pobres da terra, tal o preço das coisas para a minha bolsa.
Mesmo para beber um café, tenho de fazer contas, e bem feitas. É frustrante saber que com o preço que pago por uma bica em Londres, Paris ou Roma, dá ¬ —por exemplo! — para a minha mãe viver com dignidade toda uma jornada.
Depois destas deambulações ao interior do meu pensamento, sou a eles resgatado pela Natália que me avisa em jeito de, agora ou nunca — “ Se não te despachas, hoje ficas sem jantar.”
Na distribuição dos alojamentos perdemos o Nigel e a Carole. Amanhã de certeza que nos encontraremos.
PS: Dizem-me que a visita de amanhã, é de cortar a respiração! Fico à espera para vos poder contar.
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