quinta-feira, junho 28, 2012

O Que Diz do FADO o Escritor e Jornalista Fernando Sobral

O escritor  e jornalista Fernando Sobral

Fado é destino. E o dos portugueses parece ser emigrar, em busca de horizontes mais saudáveis do que aqueles que aqui encontram neste rectângulo à beira-mar especado. Napoleão Mira fala-nos desses homens e mulheres que nas décadas de 60 e 70 procuraram outras terras, especialmente França, e tentaram encontrar um lugar para viver melhor. Com um estilo estimulante, o autor conduz-nos a um universo sombrio como era o português, fazendo um retrato de uma época que começa a ameaçar regressar. José e Amália (a simbologia com a fadista é evidente) são pequenos símbolos de uma grande aventura que dura há séculos. Uma obra tentadora.

Escrito por pulanito @ junho 28, 2012   0 comentários

sexta-feira, junho 22, 2012

A Drogaria do Senhor Marçalo

O Senhor Marçalo com alguns dos artefactos que vende no seu estabelecimento

O rei Merlin da drogaria Marçalo, é o próprio senhor que lhe dá o nome. Começo esta crónica com este trocadilho de modo a reiterar o quanto aprecio estes ícones do comércio local, e o Manuel Marçalo, é um deles. Estabelecido desde 1991 em Castro Verde, depois de quatro anos emigrado em França e dezasseis no Canadá, terras distantes para onde teve de partir de modo a arranjar o pé-de-meia necessário para regressar e iniciar o negócio.

Gosto da palavra: estabelecido. Dá-me sempre a sensação que é coisa de raízes cravadas terra adentro, tarefa para levar ao limite das forças, missão para cumprir até ao resto dos dias, ou mesmo, ritual feito compromisso para com os que aportam ao seu balcão. O senhor Marçalo conta setenta e dois anos, mas no que diz respeito ao domínio ao conhecimento do seu metier, parece ter mais de cem e, na agilidade física, não lhe daria mais de quarenta.
Das vezes que lá vou afasto-me sempre um pouco da zona do balcão para ouvir os sábios conselhos com que presenteia a clientela.

 — “Ó senhor Marçalo avie-me lá aí remédio para as carraças.” Pede um apressado cliente.
— “E é para o animal ou para o quintal?” pergunta o droguista.
— “É para os dois.”
— “Tenha em atenção que a mistura deve ser feita como mandam as indicações. Nada de inventar. Nem crianças nem animais por perto e você deve fazê-lo com roupa apropriada e com proteção nas mãos e olhos. Ainda na semana passada dei o mesmo conselho a uma moça que por aqui passou. Não os seguiu e foi parar a Beja ao hospital”.
— “Aponte aí que o meu patrão logo paga” — remata o apressado cliente saindo porta fora ao mesmo tempo que agradece o conselho.

Desta pequena conversa em forma de exemplo retive duas coisas que jamais aconteceriam nas grandes superfícies suas concorrentes. Ninguém se preocuparia em facultar tais preciosas indicações e jamais poderíamos mandar apontar no livro do fiado para futuro acerto de contas.
Quando comecei a frequentar o seu estaminé (1997), tinha um colaborador, moço sisudo mas prestável. Depois, o colaborador desapareceu e Manuel Marçalo ficou sozinho durante anos diante duma cada vez maior freguesia que demandava os seus préstimos.

Da última vez que por lá passei já tinha nova colaboradora. Gaiata desenvolta e simpática, pareceu-me capaz de tirar de cima dos ombros do patrão alguma da carga de trabalho a que este se sujeita diariamente.
Chegado o mês de junho, quando os dias são maiores e mesmo depois de um árduo dia de labor, é vê-lo montar-se à tardinha na sua Renault 4L e na companhia da sua senhora dirigir-se à Água Santa da Herdade. Aí, depois de um milagroso banho de águas sulfurosas, junta-se aos restantes banhistas para a vespertina confraternização, partilhando petisco e paleio.

A drogaria Marçalo é uma autêntica babilónia de produtos, como de resto é habitual neste género de estabelecimentos, mas aqui tem mais umas coisitas que noutros lugares não encontro.
Bem! Vende navalhas de todos os tamanhos e feitios e isso para mim já chegava, mas, na prateleira por de trás do balcão ainda comercializa objetos que me fazem viajar no tempo.
Dentro da iluminação, os famosos candeeiros a petróleo , com a admirável torcida e chaminé elegante debruada a ondulante beiral de vidro. Para a cozinha, as famosas máquinas a petróleo todas em latão. Recordo-me que se tinha de bombear ar para que o combustível subisse e, para limpar os bicos uma agulha com que se retiravam as impurezas que não deixavam passar a chama.
Tem ainda peneiras e crivos de vários tamanhos e um vasto cardápio de material de latoaria que me faz recuar a um tempo de tremendas dificuldades, mas sabe-se lá porquê, não consigo dele matar as saudades que me perseguem.

Escrito por pulanito @ junho 22, 2012   0 comentários

segunda-feira, junho 18, 2012

FADO na taberna POVO no Cais do Sodré



Não sei se isto é coincidência ou premonição. Amanhã, 19 de Junho pelas 19.00 Horas vou estar no POVO, uma tasca que já foi bar de prostitutas, que tinha por nome o sugestivo epíteto de Arizona, talvez porque no tempo do seu fulgor, os cowboys estivessem muito na moda.
Pois, mas agora chama-se POVO, e o meu romance fala desse mesmo, do "que lava no rio, e que talha com seu machado, as tábuas do seu caixão". Chama-se FADO e aqui canta-se o fado, para o caso, fados descritos no livro. A história começa a 23 de Julho de 1966 durante o épico desafio de futebol entre Portugal e a Coreia do Norte, onde estivemos a perder por 3-0 e acabámos por vencer por 5-3, ontem estivemos noutro jogo histórico, onde entrámos a perder e acabámos por ganhar por 2-1, com dois golos do novo Eusébio, chamado Cristiano Ronaldo.
Bem! Inventei todas estas coincidências para vos convidar a aparecer. Será a minha última apresentação em Lisboa, logo última oportunidade para ouvir da boca de quem o escreveu as peripécias que conduziram à narrativa que agora vos apresento.

O local é aqui:

Tasca POVO
Rua Nova do Carvalho, 202 ao Cais do Sodré. ao lado do Musicbox. Lisboa

Escrito por pulanito @ junho 18, 2012   1 comentários

segunda-feira, junho 11, 2012

FADO em Almodôvar e Aljustrel


Hoje irei estar em Almodôvar pelas 21.30 horas na Biblioteca Municipal. Irei, mas não irei só. A minha filha Catarina acedeu ao convite que lhe fiz e irá estar comigo a apresentar uma obra que conhece melhor que ninguém, ou não fora ela a minha primeira leitora.
Também teremos a presença da Gi Canamero que irá ler alguns excertos do romance, bem como da Dra. Sulina Guerreiro, directora desta casa de leitura.

No próximo dia 14 de Junho, quinta-feira, pelas 18.30 horas vou estar em Aljustrel na Biblioteca Municipal, para dar a conhecer de viva voz na vila mineira esta minha obra.
Apareçam!

Escrito por pulanito @ junho 11, 2012   2 comentários

quinta-feira, junho 07, 2012

Somos Um Pouco Deuses Quando Escrevemos Um Romance.






Parte da longa entrevista concedida à Algarve Mais, disponível nas bancas a partir de hoje.

 “Somos deuses quando escrevemos um romance”, descreve Napoleão Mira.


 
 Napoleão Mira - Foto Algarve Mais


 Alentejano de nascença, Napoleão Mira cresceu em Lisboa, mudou-se para o Algarve depois do 25 de Abril e por aqui ficou desde então, dedicando-se ao marketing turístico e à escrita. «Fado» é o seu mais recente trabalho literário, um romance que fala dos últimos 50 anos de história vivida em Portugal, da Guerra do Ultramar, do êxodo migratório da década de 60, de Salazar e da PIDE, de futebol e de fado. À conversa com a ALGARVE MAIS, as comparações com a crise atual são inevitáveis e o escritor não esconde a preocupação em relação ao futuro das novas gerações. Napoleão Mira é um escritor nascido em Entradas, Castro Verde, mas radicado no Algarve há muitos anos, mais concretamente no Carvoeiro, concelho de Lagoa, e acabou de lançar mais um romance, intitulado «Fado». Nascido em 1956, o que perfaz precisamente 56 anos de idade, viveu até aos sete anos no Alentejo e, como sucedia frequentemente na época, a família mudou-se para Lisboa. No subúrbio da capital, em Camarate, passou a infância e a adolescência, juntamente com dois irmãos, e confessa que nunca gostou daquela localidade. “Já de Lisboa guardo as mais gratas recordações. Foi lá que estudei, que comecei a trabalhar, que me apaixonei, que me fiz homem e me descobri como pessoa. É a cidade dos meus pressentimentos e regresso a ela sempre que posso, adoro-a, especialmente a noite e ao fim de semana”, admite. Recordando o seu percurso académico, o alentejano conta que estudou arte, mais concretamente escultura de metal, na Escola António Arroio e não chegou a ingressar nas Belas Artes porque, entretanto, dá-se o 25 de Abril. “Apaixonei-me por uma mulher e pela revolução e há um período na nossa vida em que pensamos que somos imortais. Vivi esse tempo com uma grande intensidade e não me arrependo minimamente. Casei com 19 anos, em 1976, e tive dois filhos, o Samuel e a Susana”, diz-nos o escritor, numa conversa informal. Samuel Mira que, para quem não sabe, é o conhecido artista Sam The Kid, e que lidera o projeto musical «Orelha Negra».

Entrevista completa na Revista Algarve Mais de Julho de 2012
 Se não a encontrar à venda, torne-se assinante

Escrito por pulanito @ junho 07, 2012   1 comentários

terça-feira, junho 05, 2012

Do(y)na de Si Mesma.

 Doyna

 Gosto de pequenos portugais, como aquele criado por mestre José Franco na localidade de Sobreiro perto de Mafra. Gosto do Portugal dos Pequeninos em Coimbra e de outras miniaturas que me remetem para um tempo de brincadeiras sem brinquedos senão os criados pelas mãos da inocência que existe dentro de cada petiz. Provavelmente e por via desse tempo, continuei a cultivar o gosto por locais exíguos como a Ginginha do Rossio, a Tendinha na mesma praça, a Baiúca em Alfama e outras tantas minúsculas tascas duma Lisboa distante.

 Há cerca de dois anos descobri mais um destes aconchegantes estabelecimentos que parecem feitos à minha medida. Chama-se Papa Migas e fica em Beja, na Praceta da Calçada, ali para os lados do hospital. Tem apenas quatro mesas e uma lotação sentada para doze pessoas. Bem mais pequeno que a minha sala de jantar! Atrás do balcão está uma mulher de olhar penetrante e sorriso franco que nos recebe com um perfeito sotaque alentejano só que, temperado com uma pronúncia vinda de longe... de muito longe, mais precisamente de Krasnoylsk, uma pequena cidade ucraniana junto à fronteira com a Moldávia.

Procurei desde logo junto dos companheiros que aí me levaram encontrar a ponta do novelo duma história que desde logo pressenti vir a interessar-me. Entabulei conversa com ela. Diz-me chamar-se Doyna e ter vindo inicialmente para Portugal em gozo de férias. Como estas eram longas resolveu trabalhar umas semanas; ganhou-lhe o gosto e por cá ficou. Nisto passaram mais de dez anos!

 Não começou logo por ter o seu próprio espaço. Trabalhou noutros estabelecimentos onde aprendeu a arte de caldear sonho com futuro, a rimar beijo com poejo e a misturar pão com coração. Desta alquimia e com o dedo natural que tem para o tempêro da vida, nasceu uma cozinheira de corpo inteiro; uma mulher que faz da profecia dos sabores um património que sabe também lhe pertencer por direito próprio. As iguarias da cozinha transtagana não têm para si qualquer segredo.

 Das vezes que aí tenho ido, mais delas tenho comido bem, nas outras, divinalmente. O verão passado mandou vir para junto de si os seus três rebentos, Helena de 22 anos, Svetlana de 15 e Elias de 13. Agora, com a sua prole reunida, ainda mais vontade tem de se atirar à labuta, ainda por cima, agora que multiplicou por três os braços de trabalho.

 Com o passar dos tempos, Doyna foi-me confidenciando sonhos e desejos. Um deles quase... quase materializado, era o de construir uma casa no seu quinhão natal (onde é que eu já ouvi isto!) Já não falta muito para que esta mãe coragem possa meter chave à porta do seu concretizado sonho que lhe custou tempo e suor, e assim dar por bem empregues os anos a fio que passou sem descansar. Sim, porque este Papa Migas só não está aberto quando Doyna está a dormir, de resto tem as portas escancaradas todos os dias do ano incluindo Natal e Ano Novo.

 No outro dia dei com ela meio pesarosa. Não nos atirava a sua mortífera mirada cravando no nosso o seu olhar e, dos habituais gracejos, nem sinal! Dizia-se triste, arrastava-se por ali como quem carregava um fardo que só a si dissesse respeito . À pergunta se algo se passava com os seus filhos, respondeu negativamente, mas não tardou em deixar cair a máscara deixando rolar na face um par de teimosas lágrimas. — Foi a minha mãe que morreu há menos de uma hora — confidenciou-nos a proprietária do Papa Migas enquanto levantava as mesas entretanto desocupadas, carregando dor, pratos e pranto num exercício de coragem que me impressionou e que me levaram a escrever esta crónica. Até porque fechar a porta e ir para casa chorar o seu pesar, era algo que estava fora de questão.

PS: No entretanto que mediou a publicação desta crónica, a Doyna abriu um outro espaço em Beja. O restaurante Alcoforado, onde por sinal começou a trabalhar quando chegou a Portugal.

Escrito por pulanito @ junho 05, 2012   0 comentários

segunda-feira, junho 04, 2012

FADO em Almodôvar.

Biblioteca Municipal de Almodôvar

Na próxima segunda-feira dia 11 de Junho pelas 21.30 horas, estarei aqui na Biblioteca Municipal de Almodôvar para mais uma apresentação do FADO. Se correr como as anteriores vamos ter uma audiência simpática. Esta é a minha segunda vez neste local e esta é a forma de gerar públicos. Se me convidarem para a apresentação do livro que ainda não escrevi, então já espero casa cheia.

Escrito por pulanito @ junho 04, 2012   2 comentários

sábado, junho 02, 2012

Excerto do Capitulo III do FADO...para aguçar o apetite


 Esta era a vista que Joaquim Cabreira tinha lá do fundo poço que cavara na sofreguidão do seu sofrimento.


 Este é provavelmente o capítulo que mais gozo me deu escrever, demorou uma noite inteira do inverno passado. A água que nascia neste poço caía em cima do meu telhado de forma assustadora. Ouvi Rodrigo Leão a noite inteira, quando a manhã chegou tinha cavado em forma de escrita um dos capítulos mais emblemáticos deste FADO.

"Aquela força estranha que o invadia impelia-o a cavar cada vez mais fundo. Já mal conseguia deitar fora com a pá a terra que ia soltando, ora com a enxada, ora com a picareta.
Já sem forças, quase sem luz, tentou sair do poço que esburacara até à exaustão. Firmando um pé em cada uma das paredes, reparou que não as podia galgar porque o espaço era demasiado largo. Como só encontrara terra nos mais de dois metros que escavara, não tinha qualquer apoio para se poder catapultar para o gargalo do mesmo. Puxou pela cabeça. Tentou, sem êxito, utilizar as ferramentas que tinha no fundo do poço. Talvez o seu desígnio estivesse a acontecer. Talvez ele tivesse mesmo cavado a própria sepultura. Talvez o mundo tivesse desabado sobre si naquela manhã de agosto. Talvez não fosse justo que a ele sobrevivesse.
Sentou-se no fundo do poço e fechou os olhos. Pensou que assim adormeceria e, adormecendo, morreria. Não sabia que havia coisas que escapavam à vontade do comum dos mortais e que esta coisa de morrer é mais complicada do que se julga. Afinal, Joaquim Cabreira só percebia da morte dos outros.
Com a luz solar a esvaecer-se, sem ninguém por perto que lhe pudesse acudir, decidiu em definitivo sentar-se no fundo do poço; alguém daria pela sua falta e o viria procurar.
De repente, um pequeno fio de água começou a brotar e, à medida que este ia correndo ia enchendo aquela espécie de cilindro escavado na terra. Joaquim nem queria acreditar. Se ninguém lhe viesse acudir antes da noite ser verdadeiramente noite, morreria afogado no poço que ele próprio cavara. A força da nascente era tanta, que a água, em três tempos, já lhe chegara aos joelhos.
Tentou em desespero uma última vez escapar a este destino fatal e a forma que encontrou foi clamando: «AJUDA! SOCORRO! AJUDA! SOCORRO!» Gritou a plenos pulmões vezes sem conta. De cada vez que parava de bradar via a água subir mais uns centímetros. Feitas as contas, morrer naquele dia não lhe vinha a calhar, mas agora nada podia fazer."

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Escrito por pulanito @ junho 02, 2012   1 comentários

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