Cavalos Selvagens
Passei pelo Facebook e mano Pedro tinha colocado para gáudio de quem ali passasse, este Wild Horses acústico dos velhinhos Rolling Stones.
Vêm-me de repente, assim em turbilhão, uma série de memórias de juventude que revejo sofregamente e que têm a ver com esses mesmos “Cavalos Selvagens”.
Era no tempo do frenesim. Era no tempo em que nos julgávamos imortais e viver o mais que se pudesse e o mais rapidamente possível, fazia parte dos cânones duma certa juventude onde militei.
Mas, o cavalo, foi sempre um excelente substantivo para nomear canções e, assim a primeira de que me lembro, é o Cavalo à Solta de Fernando Tordo e Ary dos Santos. Provavelmente uma das mais belas canções que já se fizeram em Portugal.
Num estilo mais ligeiro, mais marialva, mais popularucho, também temos o famoso Cavalo Ruço, que não sendo da mesma lavra que aquele que Ary “soltou à desfilada p’lo meu peito” é também um tema imortal e que faz parte do repertório de qualquer fadista de qualquer geração, sendo que o seu progenitor é o monárquico Nuno da Câmara Pereira.
Deixando as fadistices, outros cavalos houve que marcaram a minha existência.
Horses – de Patty Smith, por exemplo, ainda hoje roda no meu Ipod e, quando ando por aí a deambular de bicicleta, logo que este tema aparece nos meus ouvidos, a vontade de pedalar aumenta exponencialmente e, não raras vezes, dou comigo a repetir este tema vezes sem conta, fazendo com que me transporte (de bicicleta e mentalmente!) para um tempo em que vivi nas margens da felicidade.
Lembro-me agora que, “ Horse Latitudes” dos Doors era também uma das minhas canções favoritas, apesar de ser uma das menos conhecidas desta mítica banda.
Não sei porque comecei a escrevinhar estas parvoíces em forma de “ bosta cavalar”, mas quando esta manhã vim de Portimão, dois cavalos passeavam-se livremente pela V6 correndo de crina ao vento, como que a dizer-nos: ser livre é galopar a vida na forma que esta se nos oferecer.
7 Comments:
E o Lela,com os seus cavalos empinados às arvores, lembras-te ou será que eras muito pequenino?
Bj da prima Catarina
Caro Napoleão,
esta música dos Stones está metida nos ossos deste seu amigo.
E de forma alguma me quero ver livre dela.
Abraço
Vítor Encarnação
Fernando Cruz
Não te terás esquecido por acaso dos (Cavalos de corrida) dos UHF. Um abraço
Grande Fernando,
Então não é que me esqueci mesmo. Ainda bem que me lembraste.
Abraço
Caro Napoleão
Sendo o cavalo um animal tão nobre e enraizado na origem e poder dos povos é natural que sobre ele se pinte lindos e belos quadros, imponentes esculturas, se escreva os mais belos poemas e as mais lindas canções.
Um abraço
jmatos
Das musicas também gosto, principalmente porque não sei cantar, mas em matéria de cavalos em Entradas talvez haja novidades...até breve!
primo Luis Fernando
Ganda Nap,
deu-te mais um "Waip" e cá está mais um belo texto,recordando os verdes anos e as grandes músicas da época.
"Sim eu sei que tudo são recordações".
Vamos por aí...
Entretanto o Carneiro lembrou-se das fintas do Di Maria e lá postou um belo poema,alusivo ao grande momento que estamos vivendo...(mas não lhe digas nada que o gajo anda de papo cheio).
O Audax(Loures-Évora),o primeiro realizado em Portugal, é já no domingo dia 21.Vamos apanhá-lo à estrada?
Estás convocado!
Haja Saude!
jm
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