terça-feira, março 09, 2010

Cavalos Selvagens



Passei pelo Facebook e mano Pedro tinha colocado para gáudio de quem ali passasse, este Wild Horses acústico dos velhinhos Rolling Stones.
Vêm-me de repente, assim em turbilhão, uma série de memórias de juventude que revejo sofregamente e que têm a ver com esses mesmos “Cavalos Selvagens”.
Era no tempo do frenesim. Era no tempo em que nos julgávamos imortais e viver o mais que se pudesse e o mais rapidamente possível, fazia parte dos cânones duma certa juventude onde militei.


Mas, o cavalo, foi sempre um excelente substantivo para nomear canções e, assim a primeira de que me lembro, é o Cavalo à Solta de Fernando Tordo e Ary dos Santos. Provavelmente uma das mais belas canções que já se fizeram em Portugal.

Num estilo mais ligeiro, mais marialva, mais popularucho, também temos o famoso Cavalo Ruço, que não sendo da mesma lavra que aquele que Ary “soltou à desfilada p’lo meu peito” é também um tema imortal e que faz parte do repertório de qualquer fadista de qualquer geração, sendo que o seu progenitor é o monárquico Nuno da Câmara Pereira.


Deixando as fadistices, outros cavalos houve que marcaram a minha existência.
Horses – de Patty Smith, por exemplo, ainda hoje roda no meu Ipod e, quando ando por aí a deambular de bicicleta, logo que este tema aparece nos meus ouvidos, a vontade de pedalar aumenta exponencialmente e, não raras vezes, dou comigo a repetir este tema vezes sem conta, fazendo com que me transporte (de bicicleta e mentalmente!) para um tempo em que vivi nas margens da felicidade.
Lembro-me agora que, “ Horse Latitudes” dos Doors era também uma das minhas canções favoritas, apesar de ser uma das menos conhecidas desta mítica banda.


Não sei porque comecei a escrevinhar estas parvoíces em forma de “ bosta cavalar”, mas quando esta manhã vim de Portimão, dois cavalos passeavam-se livremente pela V6 correndo de crina ao vento, como que a dizer-nos: ser livre é galopar a vida na forma que esta se nos oferecer.

Escrito por pulanito @ março 09, 2010   7 comentários

7 Comments:

At 2:00 da tarde, Anonymous Anónimo said...

E o Lela,com os seus cavalos empinados às arvores, lembras-te ou será que eras muito pequenino?
Bj da prima Catarina

 
At 5:51 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Caro Napoleão,
esta música dos Stones está metida nos ossos deste seu amigo.
E de forma alguma me quero ver livre dela.
Abraço

Vítor Encarnação

 
At 9:22 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Fernando Cruz
Não te terás esquecido por acaso dos (Cavalos de corrida) dos UHF. Um abraço

 
At 9:53 da tarde, Blogger pulanito said...

Grande Fernando,
Então não é que me esqueci mesmo. Ainda bem que me lembraste.
Abraço

 
At 8:26 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Caro Napoleão
Sendo o cavalo um animal tão nobre e enraizado na origem e poder dos povos é natural que sobre ele se pinte lindos e belos quadros, imponentes esculturas, se escreva os mais belos poemas e as mais lindas canções.
Um abraço
jmatos

 
At 9:47 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Das musicas também gosto, principalmente porque não sei cantar, mas em matéria de cavalos em Entradas talvez haja novidades...até breve!
primo Luis Fernando

 
At 10:34 da manhã, Blogger ups said...

Ganda Nap,

deu-te mais um "Waip" e cá está mais um belo texto,recordando os verdes anos e as grandes músicas da época.
"Sim eu sei que tudo são recordações".

Vamos por aí...

Entretanto o Carneiro lembrou-se das fintas do Di Maria e lá postou um belo poema,alusivo ao grande momento que estamos vivendo...(mas não lhe digas nada que o gajo anda de papo cheio).

O Audax(Loures-Évora),o primeiro realizado em Portugal, é já no domingo dia 21.Vamos apanhá-lo à estrada?
Estás convocado!

Haja Saude!

jm

 

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