Abstenção
Concordo em absoluto com este poema do Samuel, que apesar de escrito há uns bons anos, continua mais acutilante e actual que nunca. Pessoalmente revejo-me nele, porque depois de 35 anos a religiosamente cumprir o meu dever de cidadão; deixei de votar, e deixar de votar, é mais do que não colocar o papelinho na ranhura, é deixar de acreditar.
A politíca actual é um feudo de parasitas (excepto raras e honrosas excepções), que a praticam , não com o nobre espirito de missão e cidadania que lhe são adjacentes, mas sim, com a única intenção de se "orientarem" estando-se perfeitamente a borrifar para o cidadão votante.
Este poema "Abstenção", foi por mim escolhido para dizer a duo com o Samuel no Festival Silêncio, como forma de protesto pelo estado a que as coisas chegaram. E não falo da crise internacional, falo do desplante, da falta de vergonha´, do deboche a que chegou este país chamado Portugal.
Não necessito de citar nenhum exemplo, está lá tudo neste inspirado "Abstenção", da autoria do meu filho Samuel.
3 Comments:
Vocês são dois ricos primos, e têm muita razão, na forma de ver os nossos actuais politicos, mas eu sinceramente ainda não consigo deixar de votar...vou votando, do mal o menos...beijinhos
Catarina
“falo do desplante, da falta de vergonha´, do deboche a que chegou este país chamado Portugal."
Nap,
O som esteve mais próximo da beleza e força do vossa declamação.
Parabéns!.......
Eu,não me abstenho!
VOTO NULO!!!!
Excepto nas autárquicas.Aí voto na democracia de proximidade.
Haja saúde.
jm
E se quem quer mostrar o que lhe vai na alma, votar em branco? Ao menos lembra-se do escritor José Saramago.
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