Dia 5 - Lar Doce Lar
Escrevo já a partir de casa e uma semana fora dela, fico com aquela sensação de lar, doce lar de que já tinha verdadeiras saudades.
Não quero com isto dizer que não pudéssemos continuar por aí ao deus dará, como ciclistas errantes em busca de um nirvana qualquer de que alguém ouviu falar e que também não sabe bem onde o encontrar. Tal como os tesouros escondidos de que toda a gente ouviu falar, todos têm um palpite em relação à sua localização, mas nunca ninguém descobriu e, todos, lá no fundo sabemos que estes tesouros são frutos da imaginação do povo, atravessaram gerações e transformaram-se em mitos rurais ou urbanos consoante a localização do leitor. Isto para dizer que a vontade de prosseguir é notória, mas valores mais altos se levantam e noutro tempo, noutra oportunidade, voltaremos a percorrer o silêncio das estradas, galgando quilómetros, “comendo” alcatrão, ou mesmo terra batida à procura de uma satisfação, um gozo, uma dor boa ou mesmo um cansaço mais que merecido.
Hoje saímos de Sagres ainda não eram sete horas da manhã depois de uma noite dormida numa residencial que era uma verdadeira espelunca. Percorremos os primeiros quilómetros animados com a contagem decrescente para o final da nossa viagem que tinha como destino a Praia do Carvoeiro.
À passagem do Burgau, deixámos para trás a estrada nacional 125 e dirigimo-nos para junto das praias só parando na Praia da luz para uma curta visita.
O dia afigurava-se fácil e daí até Lagos foi um pulo, altura em que regressámos à 125 para uma nova tirada passando por Odiáxere e Figueira até Portimão.
Apanhámos a ciclovia a caminho de Ferragudo e num pulo estávamos em Lagoa, o que quer dizer que este dia não teve nenhuma incidência de relevo, daí ter enchido uns chouriços no inicio desta crónica para compor o ramalhete.
Os meus companheiros ficaram instalados condigna e merecidamente no Hotel Tivoli Carvoeiro, depois de termos “batido” uma sardinhada de se lhe tirar o chapéu.
Esta noite jantaremos juntos para celebrar mais uma viagem e amanhã demandarão terras de Divor à procura do mesmo conforto de que eu já desfruto enquanto escrevo.
Os meus agradecimentos aos meus companheiros, pela prazenteira jornada com que me brindaram e para que conste aqui ficam os seus nomes.
Joaquim Piteira
António Piteira
Luis Piteira
António Querido Serrano
do
PS: O inevitável e sempre disponível Carrajeta, juntou-se a nós na Zambujeira do Mar e deu-nos um excelente apoio motorizado durante o resto da viagem.
2 Comments:
Caro Amigo
chegou ao fim mais uns dias de sã camaradagem, tudo correu bem e isso é que importa, venha pois a próxima.
Um abraço
jmatos
É perigoso dar vinho ao Kim. Começa logo a trepar paredes e palmeiras.
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