A Subtileza do Jogo
Já deverão de ter reparado que não tenho estado para aqui virado. Ah porque tenho tido muito que fazer! Ah porque hoje não me apetece! Ah porque isto e mais aquilo!
A verdade, verdadinha é que me ponho aqui diante desta virtual folha branca e da torneira da imaginação não sai porra nenhuma, ou pelo menos que se aproveite.
Assim sendo, terei de continuar calado, ou debitar aqui umas quantas baboseiras só para encher espaço.
Enquanto escrevia isto, lembrei-me dum episódio que sem me trazer preocupado me tem feito refletir nesta coisa das relações humanas.
Tenho por hábito e educação falar a toda a gente. A uns dispenso mais do meu tempo a outros apenas saúdo; com uns identifico-me mais, com outros menos, mas essa é a ordem natural das coisas; quanto mais química mais próximos.
Existe um cavalheiro lá na minha terra que sempre me falou e a partir de um determinado momento simplesmente me passou a ignorar, mesmo quando o saúdo ou me aproximo de roda de amigos onde este está presente.
Este episódio não teria qualquer consequência, se eu não fosse um gajo preocupado com os outros e, de certo modo, aflige-me este tipo de postura.
Tenho dado voltas à cabeça na esperança de encontrar a ponta deste novelo de desavença, mas não lhe encontro motivo nem razão, o que me faz desaguar no temível mar do mal entendido, e aqui, já é território que não consigo dominar.
Bem sei que esta é uma particularidade de alguns elementos da minha raça, mas que no meu entender roça as barbas da cobardia, até porque se pode estar a perder uma bela amizade por via duma possível errónea avaliação. Para além disso somos do mesmo chão, da mesma tribo, partilhamos o mesmo ar e muitas vezes o mesmo teto.
Desatei a escrever isto, porque foi o que me veio à cabeça e, quem sabe, se este meu concidadão (que não identifico de propósito), não acabará por ler estas linhas e sem necessidade alguma de fazer mea culpa, me volta a saudar quando por mim passar.
Dirão os meus leitores! Mas porque não o abordas e lhe perguntas pela razão da sua atitude.
Resposta simples: adoro a subtileza do jogo.
1 Comments:
Ora viva bom dia ! É assim que gosto de cumprimentar os meus amigos e ou vizinhos pela manhã quando os vejo pela primeira vez e se os encontro mais vezes pelo dia fora não consigo passar sem pelo menos pronunciar um olá,ou ( um )hoje está um dia bonito ou um dia sacana. Não é a mesma coisa da tua crónica mas fez-me lembrar alguem com quem tantas vezes conversei à noite partilhei murmurios e às vezes até confiçõis ! E no dia seguinte encontrei sem lhe ouvir
pronunciar um bom dia... (ele há gente assim )o melhor é ignorá-los e fingir que não os vimos porque se não eles ficam contentes com o nosso incomodo.-Afinal quem sou eu para te quer ensinar alguma coisa ah secalhar tambem é desabafo
Um Abraço
Nascimento
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