terça-feira, setembro 28, 2010

Sueste - Um Santuário Gastronómico em Ferragudo.

Aspecto do Sueste com o seu Taxi -boat

À medida que muitos dos sentidos se vão com o tempo esmorecendo ou mesmo apagando, o palato melhora consideravelmente com a idade, o que faz com que as experiências gastronómicas façam cada vez mais parte das minhas actividades lúdicas, sendo também cada vez mais exigente com os locais onde tal alquimia se desenrola.
No passado Domingo, 26/09 (dia do 12º aniversário do meu casamento), eu e a Natália mais O João Domingues e a sua eternamente jovem mulher Isaura Mendes, fomos jantar ao Sueste em Ferragudo.
O Amadeu Henriques, mais do que um bom anfitrião é um amigo de longínqua data, logo, com um lugar especial no panteão onde albergo aqueles a quem mais quero. Amadeu é a alegria em pessoa. Tem sempre uma anedota de fino recorte na ponta da língua, ou mesmo um episódio verdadeiro que nos faz rir a bandeiras despregadas, que neste estabelecimento a boa disposição é pratica equivalente à qualidade gastronómica do repasto.
Foi com esta que nos brindou à chegada!
«Sabes aquela do casal casado há mais de 35 anos quando a mulher confronta o marido»
Diz a mulher. «Somos casados há tantos anos e tu nem uma jóia me compraste»
Resposta do marido. «Sabia lá eu que tu vendias desse material!»

Enquanto os meus leitores acham (ou não!) graça ao repentismo do meu amigo Amadeu, vou eu recuar no tempo e entrar numa noite fria de Inverno lá pelos inícios dos anos noventa, numa tasca (que outrora foi armazém de sal) em Ferragudo que tem à porta um azulejo com uma figura anafado-mitológica soprando o vento que lhe granjeou a fama: Sueste é nome de ventania, mas também nome de taberna e para que se lhe reconheçam as especialidades, por baixo do nome, assim em jeito de assinatura afirma: vinhos & petiscos.

Interior da tasca agora renovada

Lá dentro as paredes são de tosca pedra, o que confere ao lugar um certo ar cavernoso, frio, mas ao mesmo tempo aconchegante. Dadinha e Nuno são os braços direito e esquerdo do nosso anfitrião cuja fama começa a granjear-lhe o proveito de quem apostou no cavalo certo.
A fama que o precede é de que todo o peixe que vende é do dia, sendo que muito dele ainda chega vivo ao seu minúsculo estabelecimento, já que ao seu terreiro aportam homens com olhos de mar, sonhos de maresia e ondas de calos na palma de cada mão e que mercam com o Amadeu aquilo que o mar deixou que trouxessem.
O produto é de primeira qualidade, mas para o confeccionar também se necessita de artífice à altura e, Julieta, mulher com oceanos de tradição culinária na ponta dos dedos, remete-nos para a cozinha ribeirinha de primeira água, coisa que domina com a maestria de quem herdou conhecimentos, fórmulas e receitas que manipula com a habilidade dos pré-destinados. Ele são: as papas de milho com berbigão, aqui conhecidas por xarém, a extraordinária sopa de peixe, os mariscos, os bivalves os doces e tantas outras iguarias que só delas me lembrar me faz crescer água na boca.
No grelhador, o impagável Zé trata com desvelo as espécies que à mão lhe chegam e pelo perfume que paira no ar, cedo nos apercebemos que é homem que sabe do seu ofício, não entregando a ninguém o amanho ou a grelha dos suculentos bichos.
Com esta pequena equipa Amadeu lá vai levando a água ao seu moinho, que é como quem diz, lá vai granjeando fama e proveito sem nunca se afastar da fórmula que o tornou conhecido.

O tempo é um cavalo e em três tempos chegamos ao dia de hoje. A velha taberna lá está, mas agora ampliada com uma magnífica esplanada onde os clientes para além das comodidades de um excelente restaurante, têm sobre a barra vista privilegiada e, enquanto degustam um fresquíssimo exemplar recentemente pescado, passeiam os olhos pelo rio, vendo entrar e sair da barra aqueles em alegre algazarra buscam no mar o pão.
A fórmula mantém-se. Só vende produtos do mar, que agora chega essencialmente da lota de Sagres e, aos Domingos, os comensais fazem fila para arranjar poiso para degustar a famosa feijoada de buzinas que desde há muitos anos se tornou o ex-libris domingueiro do cardápio do Sueste.
Por via do preço do pescado e das outras iguarias ou da abastada e exigente clientela que hoje frequenta este santuário gastronómico algarvio, já ali não posso assentar arraiais com a frequência com que o fazia, mas que é o melhor sítio do mundo para comer peixe, disso não tenho qualquer dúvida.

Ferragudo ao anoitecer

No dia que lá estivemos o Amadeu fez questão de connosco repastar oferecendo-nos, para além da sua animada companhia, os excelentes vinhos que acompanharam aquela inesquecível refeição, convidando-me logo e ali a fazer parte da tripulação do veleiro que leva na proa o nome do seu estabelecimento de vinhos & petiscos, na regata anual a que não pude este ano comparecer e que terá lugar em Julho próximo.

Escrito por pulanito @ setembro 28, 2010   2 comentários

terça-feira, setembro 21, 2010

Slides - Retratos da Cidade Branca - Agora em Flash



Ao passar pela Net deparo com este rearranjo de um poema meu que um tal de SebasChilloutXyZ fez e de que gosto particularmente.
Nunca na vida pensei que um poema que terá seguramente mais de 30 anos ainda por aí andasse a inspirar outros criadores.
Para quem o quiser apreciar..pois aqui está, chama-se Slides- Retratos da Cidade Branca e está também nas catacumbas deste blogue noutros formatos.

Escrito por pulanito @ setembro 21, 2010   8 comentários

sábado, setembro 18, 2010

Tenho Fome de Inverno


Gosto dos dias quando começam a empequenecer. Daqueles que quando chego a casa e já só uma réstia de claridade sobra no horizonte a dizer-me que para lá do que vejo só existe o que posso imaginar.
Esta noite trovejou. Acordei com o ribombar dos trovões e com as primeiras notas de uma música sincopada a derramar a melodia da água bendita que anuncia o final do Verão.
Eram quatro da manhã. Uma hora insuspeita para quem irrompe pelo silêncio da madrugada, fazendo-se anunciar como se de irados deuses se tratassem, sem pedir favores nem licença.
Fiquei acordado experimentando o medo que sempre sinto quando a revolta da natureza nos resolve presentear com avisos deste calibre.
Penso nos dias frios que estão para chegar, no aconchego do lar e no crepitar da lenha que me há-de fazer companhia nos tempos que aí virão. Penso na sincopada dança das labaredas que de tanto as fixar me hipnotizam e transportam para mundos que nem ouso aqui relatar. E sinto, que mais um ciclo se encerra para outro de novo se nos escancarar, e assim, cumprirmos o ritual da vida que não é mais do que andarmos de estação em estação no Expresso da Existência, até que um dia nos apeemos na estação terminal desta viagem.
Tenho fome de Inverno e do cheiro a lenha queimada que perfuma o entardecer quando aos fins-de-semana aporto à minha aldeia.
Tenho fome de Inverno, com ribeiras a transbordar, mais o perigo de as atravessar.
Tenho fome de Inverno, com ventanias a zunir por buracos e frestas tentando entrar sem que para tal haverem sido convidadas.
Tenho fome de Inverno, altura em que a poesia da vida e aquela que se traduz em letra de forma me visita mais amiúde, e isso, é privilégio que todos os dias agradeço, mesmo naqueles em que esta parece definitivamente de mim afastada.
Tenho fome de Inverno, com comida de panela e camisolas de gola alta.
Tenho fome de Inverno, com bolotas assadas no fogo debaixo da trempe.
Tenho fome de Inverno, com natais de mesa farta e lengalengas de contar a petizes ao colo sentadas com a perna a fazer de cavalinho. Lá vai o Manel ceguinho, em cima dum burrinho, o burrinho é fraco, em cima dum macaco……
Tenho fome de Inverno para te amar ao anoitecer e em todas as noites de insónia em que desenho com a ponta dos dedos vezes sem conta a silhueta da tua nudez.
Tenho fome de Inverno para me poder sentar ao postigo e ver a vida que passa em tons de cinza prata.
Tenho fome de Inverno, para devorar o livro, LIVRO do José Luis Peixoto, que julgo melhor saboreado, se lido em terra de emigrantes.
Tenho fome de Inverno, para poder voltar a abraçar-te sejas lá tu quem fores.
Tenho fome de Inverno, porque… tenho fome de mim!

Escrito por pulanito @ setembro 18, 2010   16 comentários

quarta-feira, setembro 15, 2010

Vitor Mendonça - "O Nêspera" - Um Poço de Generosidade.

O inimitável Vitor " O Nêspera"

No passado fim-de-semana tive o grato prazer da visita dos meus amigos Vítor Mendonça “O Nêspera” e de sua mulher Maria de Jesus.
Isto de receber amigos e passar um bom pedaço à volta da mesa, para além de ser coisa do foro íntimo, também não devia ser motivo de reportagem blogueira.
Acontece que, este meu amigo de há mais de trinta anos é um gajo do caraças, e por ser um gajo do caraças, merece que os meus leitores conheçam um ser humano duma estirpe, senão em extinção, de certeza em desuso.

Vitor "O Nêspera", Pulanito e Jesus

O Vítor e a Jesus vieram de Alcanhões, lá para as bandas de Santarém onde vivem, para nos fazerem uma visita a Entradas. Visita esta que já não acontecia há alguns anos e, cada vez que acontece é uma permanente alegria, já que este meu amigo, não sei se caiu no caldeirão quando era pequenino, se está permanente ligado à corrente, se ingere fitas de cassete ao jantar ou se come mesmo agulhas de grafonola ao pequeno-almoço, o que sei é que ao seu lado temos permanente galhofa, de preferência sempre bem regada, que estas coisas das artes performativo-gastronómicas fazem cá uma sede.

Logo à chegada começou a descarregar o carro e para vos deixar com uma pequena ideia da generosidade deste meu amigo, vou tentar lembrar-me das comedias que trouxe para nos presentear.
Como o Vítor é caçador não podia faltar a inevitável lebre, mais dois coelhos bravos para compor o ramalhete; como também é pescador e sabe que gosto de enguias lá trouxe mais uma sacada delas; mas como a agricultura é o seu passatempo fomos presenteados com: batatas, cebolas, tomates, pimentos, melões, couves e 15 litros de azeite. Outro dos seus passatempos é fazer ginja e abafado de inegável qualidade. Então vá! Mais cinco litros de abafado e três de ginja, tudo assim em doses abastadas, que ao Vítor brilham-se-lhe os olhos quando com os demais reparte o que do lombo lhe sai, e é por isso que para além da irmandade que nos une, nutro por ele a admiração de quem ao longo dos anos permanece fiel aos seus princípios, e eu gosto de gente assim.

O Vítor é das pessoas que conheço, das mais genuínas, das mais puras e sobretudo das mais solidárias.
Lembro-me de quando nos conhecemos, tínhamos pouco mais de vinte anos. Desde logo simpatizei com este espalhafatoso Alcanhoense que estava sempre disposto a ajudar, tornando a vida daqueles com quem repartia pão e amizade muito mais fácil.
Recordo-me que meu pai vivia nas aforas desta vila Ribatejana e por alturas do Inverno, quando a chuva e a lama tornavam intransitável o caminho para casa de meu pai, o Vítor lá agarrava no seu UMM e ia ver se o velhote estava bem, levando-lhe os bens essenciais para o seu dia a dia de isolamento.

Por alturas do Verão, lá para as bandas do Calheiras (Nome do lugar onde meu pai vivia), sempre aparecia mais gente que ocupava as dispersas casas das redondezas. Numa delas vivia um amigo nosso já falecido (José Morgado) que tinha dificuldades de locomoção mais a sua mulher paraplégica e a sua prole de cinco filhas.
Atendendo ás dificuldades desta família, o Vítor fazia várias viagens por dia para lhes atender as necessidades, levando-lhes pela manhã o pão fresco que aí não chegava. Pela tarde levava-lhes o avio da mercearia e o que demais pedissem. Era assim uma espécie de moço de recados com um eterno sorriso no rosto.
É claro que se eu estivesse por lá, era certo que nos juntaríamos para uma das muitas patuscadas que fazíamos e que regra geral acabava em cantoria, desfilando este meu amigo um repertório de se lhe tirar o chapéu, sobretudo no que se refere ás cantigas vencedoras de praticamente todos os festivais da canção.

Por altura da matança do porco, era com o Vítor que contávamos para ajudar nas múltiplas tarefas que um ritual destes encerra.
Lembro-me de uma em particular, em que a porca pressentindo que se aproximavam os seus últimos momentos de vida, conseguiu fugir pelo terreno fora, que de tão enlameado que estava, mais parecia um imenso pantanal. O Vítor desata a correr atrás da porca que também não conseguia evoluir por aí além, e zás! Era vê-lo cair aqui, levantar-se mais à frente, voltar de novo a cair, repetindo esta operação até imobilizar o condenado bicho; aparecendo depois com a porca presa por uma corda, quase não se distinguindo um do outro, de tão "porcos" se assemelharem.

Embora as nossas vidas tenham seguido percursos distintos, existe na nossa relação um elo indestrutível que dá pelo nome de amizade pura, e não tendo necessidade de nos vermos amiúde, quando tal acontece, continuamos a conversa sempre inacabada do nosso último encontro. E não é que já estou com saudades deste sacana!

Escrito por pulanito @ setembro 15, 2010   3 comentários

quarta-feira, setembro 08, 2010

Pulseira do Equilibrio

A famosa pulseira que anda de pulso em pulso

Na verdade não tenho muito contacto com as famosas, resplandecentes e inovadoras braceletes do equilíbrio, que ao que parece, trazem aos seus utilizadores um novo bem-estar até aqui desconhecido. Penso mesmo que trazem ainda um melhor bem-estar ao esperto que desenvolveu o conceito e o comercializou, mas isso são contas de outro rosário.
Como trabalho em marketing, o aparecimento deste tipo de produtos, desperta-me sempre a curiosidade e até, quem sabe, o desejo de um dia ter a desfaçatez de introduzir no mercado um produto que não faça bem nem mal, não aqueça nem arrefeça, mas que me engorde rápida e sorrateiramente a conta bancária.
Um feirante durante a FATACIL no Algarve teve o desplante de procurar credibilizar o produto em questão via preço, dizendo-me ao ouvido, como se fosse uma dica que valesse ouro: «Se custarem menos de 70/80 euros não compre, são falsas!».

Portador da pulseira milagrosa usufruindo dos poderes da (des)dita.

Esta abordagem ao ouvido já a tive em diversas ocasiões. A que me lembro e que mais me marcou, foi a de um vendedor de terços na Praça de São Pedro no Vaticano, que me chamou de lado para me dizer que os terços da direita eram benzidos pelo Papa mas os restantes não. À pergunta como havia conseguido tão bendita benzedura, chamou-me ainda mais para o lado e para debaixo duma coluna e olhando para um lado e para outro dando ao momento a solenidade e confidencialidade que este exigia, apertou-me o braço e disse-me ao ouvido: «Sou amigo do Cardeal Saraiva, com quem almoço de vez em quando numa tratoria aqui nas traseiras, que me leva uns quantos para o Papa benzer…mas isto fica aqui entre nós!»
Na minha fraca memória tenho ideia de nos idos anos sessenta ter havido uma coisa do género, penso que eram umas braceletes de relógio aos quadradinhos que tinham uns poderes especiais, que já não me lembro quais, mas que suponho andarem pelo mesmo registo desta pseudo-sofisticada pulseira do equilíbrio, que cada vez vejo mais nos pulsos dos portugueses e portuguesas, pequenos e graúdos, novos e velhos, ricos e pobres e até em crentes e cépticos, sem que até agora tenha lido uma linha escrita ou falada da comunidade cientifica aprovando os poderes da tal pulseira da moda.
Não há-de tardar (se por acaso não existir já!) a mesmíssima pulseira, mas de uma griff qualquer, só que custando os olhos da cara, e quem sabe se outros, mas que hão-de marcar diferença em excelsos pulsos de uma certa elite parola, mas seguramente endinheirada, daquela que só frequenta os espaços VIP das summer sessions dos clubes da moda.

"Credivel" vendedor de pulseiras do Sala, ostentando um exemplar no pulso.

Esta coisa parece que é cíclica. Se lá pelos idos anos sessenta apareceu a tal pulseira de relógio com propriedades metabólicas, já pelos anos oitenta apareceram as famosas pulseiras do Sala, que ao que se me afigura, em vez do holograma quântico, dos iões de poderes quase sobrenaturais, tinham duas bolas nas pontas da tal metálica pulseira que bailava de pulso em pulso e que tinha o condão de aliviar (para além da carteira) a fadiga, o cansaço, dores de cabeça e sei lá mais quantas propriedades milagrosas que mudavam a vida a quem adquirisse tão prodigioso penduricalho, que, se bem me lembro, até tinha anuncio na televisão e tudo.
Existem ainda outras decorações pulsares como as famosas fitas brasileiras que as pessoas usam até apodrecer, na expectativa de que o desejo formulado se realize com o natural rompimento da dita fita, que curiosamente satisfizeram o desejo de quem as criou e que consistia em ficar rico sem mexer uma palha.
Enfim, modismos etéreos que permitem a uns quantos encherem os bolsos, enquanto outros se enchem de ridículo.


Escrito por pulanito @ setembro 08, 2010   2 comentários

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