Gripe A , Iraquianos e Outras Palermices Que me Lembrei de Escrever Só Para VoCês Não Pensarem Que Eu Tinha Abandonado o Blogue!
Primeiro chamou-se gripe suína, mas vai daí, ó da guarda, que o nome que deram ao vírus fez decrescer alarmantemente o consumo da carne de barrasco, prevendo-se mesmo uma crise económica de proporções incalculáveis, com resultados tão ou mais imprevisíveis que aqueles resultantes da epidemia que vai inevitavelmente chegar sem que nós tenhamos por onde escapar.
Mas para amenizar a coisa mudou-se o nome à doença que todos esperamos para gripe A; uma espécie de primeira letra de um sem números de extirpes em que o vírus se há-de multiplicar (e a isto eu chamo capacidade de prever o futuro), esperando eu e os meus leitores que quando cheguemos à letra Z, não continuemos depois pela gripe A1 e acabemos com códigos de extirpes que mais fazem lembrar matriculas de automóvel que outra coisa. Bem, isto já sou eu a delirar à força toda!
Curiosamente mudou-se o nome da epidemia, mas lá pelas Américas (e provavelmente noutras latitudes) continua a chamar-se gripe suína. Curioso, só aqui pelas bandas da Europa é que houve necessidade de mudar o nome ao bicho!
Mas é assim: a coisa é séria e os governos de todo o mundo já estão a tomar medidas no sentido de inflectir o número de baixas que esta guerra irá causar e que os analistas prevêem ser aos milhares.
Em vez de armas e munições, agora contam-se vacinas e estabelecem-se prioridades.
Em primeiro lugar aqueles que vão dar o corpo ao bicho entrincheirados na linha da frente de bata branca, máscara e seringa em punho, equipamento necessário para fazer frente a este invisível inimigo.
Com a contagem das primeiras “espingardas” levantaram-se de imediato as vozes da discordância dizendo que a cura era pior do que o mal. Que se recusavam a tomar um produto para o qual se desconheciam os efeitos secundários, e assim nasceram os primeiros objectores de consciência vacinica.
Há ainda outra “extirpe humana” apologista da teoria da conspiração, que para além de acharem que o Michael Jackson e o Elvis estão vivos, também acham que isto é tudo uma invenção da industria farmacêutica em que algum vice-presidente ou mesmo presidente dos E.U.A. está envolvido até ao tutano com todas as provas escarrapachadas na Internet e a circular de mail em mail á velocidade da luz.
Lá por casa, já experimentámos a sensação de ser um dos primeiros a passar por essa experiência que é ser um dos afectados pela febre do momento.
Quando a minha filha Catarina lhe foi detectado o vírus, resolvemos não dizer nada a ninguém por razões várias, mas a principal talvez fosse mesmo o receio da segregação, tal a paranóia existente acerca dum vírus que afinal parece mais inofensivo e menos letal de que a extirpe da gripe sazonal a que todos estamos mais que habituados e que causa mais baixas que a gripe da moda.
Eu e a Natália (mais a Natália que eu!) tentámos que a nossa filha nos transmitisse o maldito vírus, fazendo assim uma espécie de contra-fogo no ataque à inevitabilidade que a largos passos se aproxima.
Rejeitámos tomar o famoso Tamiflu e demos muitos abraçinhos e beijinhos à doente lá de casa na esperança de que o vírus nos atacasse. Resultado: nem mesmo assim conseguimos que ela nos pegasse a famosa gripe, e aqui estamos todos desgostosos à espera que ela agora chegue com o frio, quando já podíamos estar livres desse pesadelo que mata muita gente em todo o mundo, mas certamente em menor número e a uma velocidade menor com que os Iraquianos se aniquilam uns aos outros.
Estes sim. Aquilo é que é capacidade destruidora, estou mesmo em crer que se o vírus tivesse consciência não se envolvia com esta gente, já que enquanto nós atacamos o vírus com paninhos quentes, infusões, vacinas e muita televisão, por terras de Bagdad estou seguro de que no mínimo o que farão é atacá-lo à bazucada quando não à bomba!
Mas para amenizar a coisa mudou-se o nome à doença que todos esperamos para gripe A; uma espécie de primeira letra de um sem números de extirpes em que o vírus se há-de multiplicar (e a isto eu chamo capacidade de prever o futuro), esperando eu e os meus leitores que quando cheguemos à letra Z, não continuemos depois pela gripe A1 e acabemos com códigos de extirpes que mais fazem lembrar matriculas de automóvel que outra coisa. Bem, isto já sou eu a delirar à força toda!
Curiosamente mudou-se o nome da epidemia, mas lá pelas Américas (e provavelmente noutras latitudes) continua a chamar-se gripe suína. Curioso, só aqui pelas bandas da Europa é que houve necessidade de mudar o nome ao bicho!
Mas é assim: a coisa é séria e os governos de todo o mundo já estão a tomar medidas no sentido de inflectir o número de baixas que esta guerra irá causar e que os analistas prevêem ser aos milhares.
Em vez de armas e munições, agora contam-se vacinas e estabelecem-se prioridades.
Em primeiro lugar aqueles que vão dar o corpo ao bicho entrincheirados na linha da frente de bata branca, máscara e seringa em punho, equipamento necessário para fazer frente a este invisível inimigo.
Com a contagem das primeiras “espingardas” levantaram-se de imediato as vozes da discordância dizendo que a cura era pior do que o mal. Que se recusavam a tomar um produto para o qual se desconheciam os efeitos secundários, e assim nasceram os primeiros objectores de consciência vacinica.
Há ainda outra “extirpe humana” apologista da teoria da conspiração, que para além de acharem que o Michael Jackson e o Elvis estão vivos, também acham que isto é tudo uma invenção da industria farmacêutica em que algum vice-presidente ou mesmo presidente dos E.U.A. está envolvido até ao tutano com todas as provas escarrapachadas na Internet e a circular de mail em mail á velocidade da luz.
Lá por casa, já experimentámos a sensação de ser um dos primeiros a passar por essa experiência que é ser um dos afectados pela febre do momento.
Quando a minha filha Catarina lhe foi detectado o vírus, resolvemos não dizer nada a ninguém por razões várias, mas a principal talvez fosse mesmo o receio da segregação, tal a paranóia existente acerca dum vírus que afinal parece mais inofensivo e menos letal de que a extirpe da gripe sazonal a que todos estamos mais que habituados e que causa mais baixas que a gripe da moda.
Eu e a Natália (mais a Natália que eu!) tentámos que a nossa filha nos transmitisse o maldito vírus, fazendo assim uma espécie de contra-fogo no ataque à inevitabilidade que a largos passos se aproxima.
Rejeitámos tomar o famoso Tamiflu e demos muitos abraçinhos e beijinhos à doente lá de casa na esperança de que o vírus nos atacasse. Resultado: nem mesmo assim conseguimos que ela nos pegasse a famosa gripe, e aqui estamos todos desgostosos à espera que ela agora chegue com o frio, quando já podíamos estar livres desse pesadelo que mata muita gente em todo o mundo, mas certamente em menor número e a uma velocidade menor com que os Iraquianos se aniquilam uns aos outros.
Estes sim. Aquilo é que é capacidade destruidora, estou mesmo em crer que se o vírus tivesse consciência não se envolvia com esta gente, já que enquanto nós atacamos o vírus com paninhos quentes, infusões, vacinas e muita televisão, por terras de Bagdad estou seguro de que no mínimo o que farão é atacá-lo à bazucada quando não à bomba!
2 Comments:
Também a mim essa magana da gripe não pega...
Andou a rondar-me, meteu-se com muitos amigos meus durante todo o Verão. Vim para Itália meteu-se com a minha orientadora de estágio... E comigo... Niente!
Beijinhos e espero que esteja tudo bem!
Também eu criei um novo blog para contar estas histórias Italo-Portuguesas =)
http://fare-il-portoghese.blogspot.com/
Creio que deste uma forte "machadada" no mito da gripe A. Ou será que o virus HN1 não quer nada contigo ou com a tua mulher?! Agora quando ouvimos algúem dizer que está com gripe devemos evitar exclamar simplesmente "Ah!" porque a pessoa que está a falar connosco pode pensar que estamos a insinuar ou perguntar se a pessoa em causa tem gripe A.
Espero que agora já esteja tudo bem.
Um abraço
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