Gosto de Gostar!
Finalmente chegou a chuva, não tarda nada estará aí o frio, os dias pequenos e noites longas, mas que não me julguem mal os que por aqui deitarem os olhos, eu gosto mesmo do Inverno.
Como sou cada vez mais caseiro, gosto de sentir o vento e a chuva a zunir lá fora e eu sentado à lareira em entretengas de passar horas de solidão onde brinco com o fogo e com as labaredas de palavras que da mente vou escorrendo.
Gosto de comida de panela e de vinho tinto alentejano. Gosto de ter amigos ao meu redor. Gosto de cozinhar e de experimentar novas receitas. Gosto da matança do porco e dos antiquíssimos rituais que a mesma encerra. Gosto de politica, mas estou zangado com ela. Gosto dos homens, mas já acredito em muito poucos. Gosto do Alentejo e de Entradas especialmente. Gosto de entardeceres e de meter o nariz pelo postigo das vizinhas para cheirar o que cozinham. Gosto dos meus cães e da amizade canina que compartimos. Gosto do meu irmão, mas estou chateado com ele já nem sei bem porquê. Gosto de minis e de tremoços. Gosto de andar de bicicleta, especialmente com a malta de Divor. Gosto de gostar de coisas que os outros não gostam. Gosto dos "prosemas" do Vitor Encarnação. Gosto de Bliss, Buika e Cante Alentejano e de mais uma porrada de sons que não cabem aqui nesta mensagem telegráfica. Gosto de tabernas antigas com sorrisos, minúsculos copos de tinto e rifas de facas. Gosto do cheiro a lavado que minha mãe deixa na casa sempre que por lá passa.
Gosto do amor visceral que reparto com minha irmã. Gosto genuinamente dos meus amigos, embora pareça que por vezes estou distante. Gosto de abalar e de chegar, para depois voltar a abalar para de novo chegar.....e mais uma vez abalar. Gosto do caminho e do aperto no coração sempre que vejo a torre sineira da minha terra. Por falar em terra. Gosto de ter terra e orgulho na nobreza lavada das gentes que nela habita. Gosto de costas de gila com café de chocolateira. Gosto dos campos e da solidão da terra. Gosto do Chaparro do Pernas, qual virtual fronteira que distingue o longe do perto. Gosto do labiríntico desenho das pedras da calçada da minha rua. Gosto de Amália até morrer e não sei se até mesmo depois de. Gosto do Natal à volta do lume e à volta da familia. Gosto muito mais de dar do que receber, mas gosto sobretudo dos meus, de estar vivo e de sonhar sonhosde sonhar acordado que um dia realizarei à custa de muito brigar com eles.
Como sou cada vez mais caseiro, gosto de sentir o vento e a chuva a zunir lá fora e eu sentado à lareira em entretengas de passar horas de solidão onde brinco com o fogo e com as labaredas de palavras que da mente vou escorrendo.
Gosto de comida de panela e de vinho tinto alentejano. Gosto de ter amigos ao meu redor. Gosto de cozinhar e de experimentar novas receitas. Gosto da matança do porco e dos antiquíssimos rituais que a mesma encerra. Gosto de politica, mas estou zangado com ela. Gosto dos homens, mas já acredito em muito poucos. Gosto do Alentejo e de Entradas especialmente. Gosto de entardeceres e de meter o nariz pelo postigo das vizinhas para cheirar o que cozinham. Gosto dos meus cães e da amizade canina que compartimos. Gosto do meu irmão, mas estou chateado com ele já nem sei bem porquê. Gosto de minis e de tremoços. Gosto de andar de bicicleta, especialmente com a malta de Divor. Gosto de gostar de coisas que os outros não gostam. Gosto dos "prosemas" do Vitor Encarnação. Gosto de Bliss, Buika e Cante Alentejano e de mais uma porrada de sons que não cabem aqui nesta mensagem telegráfica. Gosto de tabernas antigas com sorrisos, minúsculos copos de tinto e rifas de facas. Gosto do cheiro a lavado que minha mãe deixa na casa sempre que por lá passa.
Gosto do amor visceral que reparto com minha irmã. Gosto genuinamente dos meus amigos, embora pareça que por vezes estou distante. Gosto de abalar e de chegar, para depois voltar a abalar para de novo chegar.....e mais uma vez abalar. Gosto do caminho e do aperto no coração sempre que vejo a torre sineira da minha terra. Por falar em terra. Gosto de ter terra e orgulho na nobreza lavada das gentes que nela habita. Gosto de costas de gila com café de chocolateira. Gosto dos campos e da solidão da terra. Gosto do Chaparro do Pernas, qual virtual fronteira que distingue o longe do perto. Gosto do labiríntico desenho das pedras da calçada da minha rua. Gosto de Amália até morrer e não sei se até mesmo depois de. Gosto do Natal à volta do lume e à volta da familia. Gosto muito mais de dar do que receber, mas gosto sobretudo dos meus, de estar vivo e de sonhar sonhosde sonhar acordado que um dia realizarei à custa de muito brigar com eles.
8 Comments:
não sei como consegue viver assim...
Nap,
Gostas de tudo,menos do que não gostas,claro.
E nós gostamos do que escreves de rajada,à bolina do imaginário dos tempos vividos apaixonadamente e sem freios ,com o sabor de quem gosta de viver,apenas por gostar de viver...
Sei que vou ser mal entendido,mas sei que gostas de açorda de fraca com sabor a Águia Imperial...nós também gostamos.O Carneiro é que não gosta.Tem aquele feitio e está quase "moribundo",mas nós gostamos dele.
Achas que ele não vai gostar?Oxalá,digo eu que não sou de intrigas.
Haja saúde
jm
É parente, isso é que é gostar de gostar.
Gosto que sejas assim e para dizer a verdade já sentia falta desse teu versejar prosado a que nos habituaste.
Talvez seja mesmo o Inverno a estação em que estás mais disponivel para nos surpreender.
Fico á espera de mais!
Sofia - Lisboa
E da "nossa" feira de Castro?
Não me diga que não gosta!...
Eu gosto de passar por aqui e do que o sr. escreve.
maria.
Para a Maria e para o JM,
Ora bolas, então não havera de gostar da Fêra de Castro com ciganos e tudo. Ainda bem que me lembrou que vou já esgalhar um migalha de texto a lembrar os meus leitores que esse marco no calendário mais a sul, está aí ao virar de mais um fim de semana.
JM, claro que gosto de açorda de fraca e gosto também do xiclista, é pena que este ano tenha de engolir o dragão em chamas pelas goelas abaixo, esse lancelot do asfalto que encontrei em Agosto de 2006 em Marvão, sitio onde de resto estivemos os 3 o ano passado, eu como se estivesse no céu, vocês, mais de guarda de honra deste lunático.
Gosto de gostar de ti meu amigo..
Caro Napoleão
mais um texto que enche a gente.gostei.
um abraço
jmatos
Os cinquenta e poucos fazem sair coisas cá para fora... como;
" Gosto genuinamente dos meus amigos, embora pareça que por vezes estou distante. "
Eu também sou assim!
Bueno este español gusta de las mismas cosas, claro a la misma edad, pero sobre todo hoy "gosto muito" de leer a quien escribe y que tanto añoraba
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