Fotos da Feira de Castro 2009
Vir à feira montado numa carrinha é hoje objecto de reparo e curiosidade. Há pouquíssimas décadas, eram mais as carrinhas que os automóveis e há homens de outros tempos que ainda são vivos e que se lembram da feira em que os automóveis é que eram objectos de admiração, conta-me o orgulhoso condutor do reluzente carro de besta.
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades!
Cabeçudos, bombos e gaiteiros são obrigatórios na abertura da feira. A maralha olha-os com estupefacção. São a alegria da miudagem que os seguem em cortejo rua abaixo.
Quando venho à feira, visto-me de grave e trago o meu bordão domingueiro.
E não é que fica bem no retrato!
Os vendedores de castanha assada são um dos ex-libris da Feira de Castro. Apesar do tempo (pelo calor que se fazia sentir) não convidar a comer castanhas, é impreterível gastar dois eurozitos numa dúzia delas.
Nem só olhando para os lados a feira nos surpreende. Quando o Pedro ergueu os olhos ao céu, ficou admirado por tão inédita construção em plena rua da Feira de Castro.
Ao descer a Rua Fialho de Almeida deparo-me com duas das “Ceifeiras de Entradas”, tinham vindo cantar no encontro de grupos corais, o mesmo que é dizer: tinham vindo prestigiar Entradas e o seu cante agora em versão feminina.
A minha Natália começou logo a feirar no principio da rua. Os sapatos foram a sua perdição. Estes custaram o "disparate" de 3,50 euros.
O espaço United Colors of Benneton é sempre um regalo para a vista e dá sempre um boneco onde a amalgama de cores enche o olho do fotógrafo amador.
Para o que der vier. Estou preparada para o frio, sol chuva ou calor. Da feira é que ninguém me tira. Parece dizer esta alentejana !
Facas! Desde pequeno que tenho uma fixação por elas. A cada ano que passa não posso deixar de as fotografar, mesmo que todos os anos elas sejam absolutamente iguais. Só nós é que não; estamos todos um ano mais velhos.
- Oh pra esta categoria de alhos. Isto não é espanhol, é produto nacional. Foram semeados em Novembro em noite de Lua Nova. Isto nunca mais apodrece, e se apodrecessem você no ano que vem diz-me que eu dou-lhe outra resma sem ter de pagar mais nada por isso.
Nem com tanto e tão bom argumento o "alheiro" conseguiu convencer o cliente da boina.
Pela perseverança merece estar aqui nesta galeria.
Este ciclista fez-me lembrar um outro ali das bandas de Divor, que me dizem ter por profissão ganhar a vida onde os outros se divertem. Coisas da vida!
A malta da Confraria de São Pedro, dignissimos representantes da arte de cavalgar toda a sela por terras de Castro Verde, vestiram-se a rigor para prestigiar a sua feira e venderem cabeças de porco e borrego assadas, que segundo os que as provaram estavam de comer e chorar por mais.
Nós bebemos um par de minis neste espaço que só veio enriquecer a feira.
O vendedor de cajados não tinha mão a medir. -Tudo de madeira de Zambujeiro, a melhor para cajadar- conforme fazia questão de frisar.
Uma feira sem penicos não é feira. Aqui-los-heis!
Ele há manias piores!Há três anos que fotográfo o homem da "verdadeira pomada da giboia". Este ano tinha diversificado o seu negócio; para além da "milagrosa" pomada, também vendia chás para todas as maleitas.
Tenho esta coisa. Gosto de ciganos. E dizer-se isso nos dias que correm é uma afirmação de risco elevado, mas que hei-de fazer, não consigo resistir a fotografar os olhos de lume da raça calé.
A solenidade do cante não podia deixar de estar presente numa feira que dele também é feita.
No caso presente os Ganhões de Castro Verde cantam para o mundo através da emissão em directo com que a RTP1 brindou este ano a feira.
4 Comments:
Amigo Napoleão
estas imagens e comentários sobre a Feira de Castro valem por mil programas de televisão
Um abraço Jmatos
NAP,
os meus cumprimentos à Natália e um abraço para ti.
naturalmente com uma uma bicla dessas só poderia ser um dos da Graça do Divor.
Eh pá vê lá se dás um "empurrãozinho" ao nosso Xiclista que o gajo está apagado.
Tomara que o Benfica empate um jogo,de preferência com um golo irregular(à moda do Porto).
Quanto ao ganha pão....pois!o pior é o cheiro.....de resto tudo bem!
Haja saúde!
jm
A eterna feira de castro.
Para o ano há mais.
Pulanito, obrigado por nos brindares com o teu olhar de mercador de sonhos.
Parabens ao Pulanito faz um enorme prazer ver-mos e lermos tudo o que escreves e publicas neste teu espaço ,ver uma reportagem do Chico Italiano,publicada por um conteranio meu e um enorme prazer,um abraço desde Moura da familia Pica,para saber melhor, ou seja a Maria Catarina,filho do senhor Manuel Marques,um abraço do Pica.
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