segunda-feira, outubro 19, 2009

Fotos da Feira de Castro 2009

Vir à feira montado numa carrinha é hoje objecto de reparo e curiosidade. Há pouquíssimas décadas, eram mais as carrinhas que os automóveis e há homens de outros tempos que ainda são vivos e que se lembram da feira em que os automóveis é que eram objectos de admiração, conta-me o orgulhoso condutor do reluzente carro de besta.
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades!

Cabeçudos, bombos e gaiteiros são obrigatórios na abertura da feira. A maralha olha-os com estupefacção. São a alegria da miudagem que os seguem em cortejo rua abaixo.


Quando venho à feira, visto-me de grave e trago o meu bordão domingueiro.

E não é que fica bem no retrato!

Os vendedores de castanha assada são um dos ex-libris da Feira de Castro. Apesar do tempo (pelo calor que se fazia sentir) não convidar a comer castanhas, é impreterível gastar dois eurozitos numa dúzia delas.


Nem só olhando para os lados a feira nos surpreende. Quando o Pedro ergueu os olhos ao céu, ficou admirado por tão inédita construção em plena rua da Feira de Castro.


Ao descer a Rua Fialho de Almeida deparo-me com duas das “Ceifeiras de Entradas”, tinham vindo cantar no encontro de grupos corais, o mesmo que é dizer: tinham vindo prestigiar Entradas e o seu cante agora em versão feminina.


A minha Natália começou logo a feirar no principio da rua. Os sapatos foram a sua perdição. Estes custaram o "disparate" de 3,50 euros.

O espaço United Colors of Benneton é sempre um regalo para a vista e dá sempre um boneco onde a amalgama de cores enche o olho do fotógrafo amador.


Para o que der vier. Estou preparada para o frio, sol chuva ou calor. Da feira é que ninguém me tira. Parece dizer esta alentejana !


Facas! Desde pequeno que tenho uma fixação por elas. A cada ano que passa não posso deixar de as fotografar, mesmo que todos os anos elas sejam absolutamente iguais. Só nós é que não; estamos todos um ano mais velhos.

- Oh pra esta categoria de alhos. Isto não é espanhol, é produto nacional. Foram semeados em Novembro em noite de Lua Nova. Isto nunca mais apodrece, e se apodrecessem você no ano que vem diz-me que eu dou-lhe outra resma sem ter de pagar mais nada por isso.

Nem com tanto e tão bom argumento o "alheiro" conseguiu convencer o cliente da boina.

Pela perseverança merece estar aqui nesta galeria.


Este ciclista fez-me lembrar um outro ali das bandas de Divor, que me dizem ter por profissão ganhar a vida onde os outros se divertem. Coisas da vida!



A malta da Confraria de São Pedro, dignissimos representantes da arte de cavalgar toda a sela por terras de Castro Verde, vestiram-se a rigor para prestigiar a sua feira e venderem cabeças de porco e borrego assadas, que segundo os que as provaram estavam de comer e chorar por mais.

Nós bebemos um par de minis neste espaço que só veio enriquecer a feira.


A Fátima estava a condizer na Confraria dos Cavaleiros.


O vendedor de cajados não tinha mão a medir. -Tudo de madeira de Zambujeiro, a melhor para cajadar- conforme fazia questão de frisar.

Uma feira sem penicos não é feira. Aqui-los-heis!

Ele há manias piores!Há três anos que fotográfo o homem da "verdadeira pomada da giboia". Este ano tinha diversificado o seu negócio; para além da "milagrosa" pomada, também vendia chás para todas as maleitas.


Tenho esta coisa. Gosto de ciganos. E dizer-se isso nos dias que correm é uma afirmação de risco elevado, mas que hei-de fazer, não consigo resistir a fotografar os olhos de lume da raça calé.

A solenidade do cante não podia deixar de estar presente numa feira que dele também é feita.

No caso presente os Ganhões de Castro Verde cantam para o mundo através da emissão em directo com que a RTP1 brindou este ano a feira.

Escrito por pulanito @ outubro 19, 2009   4 comentários

4 Comments:

At 8:45 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Amigo Napoleão

estas imagens e comentários sobre a Feira de Castro valem por mil programas de televisão

Um abraço Jmatos

 
At 9:03 da manhã, Anonymous Anónimo said...

NAP,
os meus cumprimentos à Natália e um abraço para ti.

naturalmente com uma uma bicla dessas só poderia ser um dos da Graça do Divor.

Eh pá vê lá se dás um "empurrãozinho" ao nosso Xiclista que o gajo está apagado.
Tomara que o Benfica empate um jogo,de preferência com um golo irregular(à moda do Porto).


Quanto ao ganha pão....pois!o pior é o cheiro.....de resto tudo bem!


Haja saúde!

jm

 
At 10:16 da manhã, Anonymous Anónimo said...

A eterna feira de castro.
Para o ano há mais.
Pulanito, obrigado por nos brindares com o teu olhar de mercador de sonhos.

 
At 11:21 da tarde, Anonymous Maria Catarina Pica said...

Parabens ao Pulanito faz um enorme prazer ver-mos e lermos tudo o que escreves e publicas neste teu espaço ,ver uma reportagem do Chico Italiano,publicada por um conteranio meu e um enorme prazer,um abraço desde Moura da familia Pica,para saber melhor, ou seja a Maria Catarina,filho do senhor Manuel Marques,um abraço do Pica.

 

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