quarta-feira, janeiro 31, 2007

Por terras de Alcoutim


A propósito de caminhadas, diz o Alberto David: (http://www.omokuna.blogspot.com/) esta coisa das caminhadas ambientais ou p’ra malta se ambientar, está a dar os seus frutos.
Segundo o seu relato, estes trajectos são organizados pelas juntas de freguesia cá do Algarve que em autocarros transportam as pessoas até ao local da partida para o respectivo passeio.
Diz o Alberto, que são passeios que rondam os 10 Km e que para os menos preparados a coisa fica pelos 5 ou 6 Km.
A foto que ilustra este post foi tirada numa dessas caminhadas em Alcoutim e que contou com cerca de 500 pessoas. Oh homem; isso não é uma caminhada, é mas é, uma manifestação!
Seja lá a distância que for, só o facto das pessoas poderem respirar o ar puro, caminharem ou socializarem, já valerá certamente a pena.
Esta coisa das caminhadas está a ganhar adeptos fervorosos. Durante aquela a que fui há pouco mais de uma semana, encontrei uma dessas profissionais, que nos seus 74 anos, sim 74 anos, quando não acompanhava o passo dos mais apressados, corria como há muito tempo eu não via correr uma pessoa daquela idade. Esta senhora segredou-me que não perde uma passeata. Diz que desde que as faz ganhou mobilidade e anos de vida.
O meu amigo Pardal contou-me que na primeira caminhada que fez havia um conterrâneo nosso de seu nome Evaristo que com a provecta idade de 87 anos fez um percurso de 14 Km. Dá gosto ver esta gente renascer!
Agora ando um bocado ocupado para me dedicar ao blog, mas sempre que tiver noticias aqui as colocarei.
Como tenho uma fotógrafa “profissional” lá em casa, já pedi à minha filha Catarina para me fazer uma selecção de recantos de Entradas e arredores, para publicarmos aqui no Pulanito, para os leitores poderem apreciar como é encantador este “meu pequeno mundo”. Como tem talento para a coisa, julgo que sairá obra. É só esperar e ir aparecendo.

Escrito por pulanito @ janeiro 31, 2007   2 comentários

terça-feira, janeiro 23, 2007

Minha terra é todo o mundo


Minha terra é todo o mundo
Todo o mundo me pertence

Aqui me encontro e confundo
Com gente de todo o mundo

Que a todo o mundo pertence


Já aqui não debitava faladura há algum tempo, o que fez com que alguns visitantes mais assíduos tivessem pedido o livro de reclamações.
Em jeito de promoção da minha terra natal, vou aqui deixar o relato possível de um fim-de-semana repleto de actividades.
Alguns dos “ urbanos” com quem falo, afirmam não compreender este meu entusiasmo pela vida aldeã, que na sua perspectiva, não passa de um enorme bocejo, onde nada acontece e a palavra pasmaceira rima com canseira.
Devemos viver em planetas distintos, porque os meus dias aldeões são repletos e com um programa lúdico, gastronómico, desportivo ou cultural verdadeiramente alucinante, tendo mesmo que recusar algumas destas actividades.
Mas pronto: aqui fica um relato sintético dum fim-de-semana passado na aldeia.

Sexta-feira 19-01-07

Escapulo-me do trabalho um bocado mais cedo (vantagem de ser patrão) e disparo direitinho ao Alentejo. Como o dia convidava, agarro na bicicleta e ala que se faz tarde.
Pela estrada fora, sem destino; vou para onde a vontade me leva. Pedalo ao sabor do pensamento e à cadência da música debitada pelo IPOD. Passo Aljustrel, vou em direcção à Mimosa, de repente decido voltar para a Messejana, localidade onde chego pouco depois mas que contorno sem entrar.
Apanho a estrada que me leva a Alçarias e a Conceição planeando um regresso a Entradas, via Casével e Castro Verde. Quando a sede aperta noto que não tenho líquidos e é necessário abastecer. Ao passar por Ourique Gare dou com uma taberna com um ar deliciosamente decadente. Três homens discutem a qualidade do bagaço; tema que me enternece e que penso ser discutido no local certo. Passeio os olhos pelas paredes onde os inevitáveis calendários de “ gajas nuas” fazem concorrência ás miniaturas de arados, cangas e molins, mais os colares de bolotas que decoram a berrante parede de onde sobressai um chupão que reparo ainda ter as cinzas do fogo da véspera.
Os três homens continuam a enrolar conversa acerca da qualidade do bagaço. Quando o mais pequeno se volta reparo que afinal era uma mulher que tinha a particularidade de estar vestida de homem com boina e tudo e que divergiu a conversa para o tema da caça começando por dizer “ no tempo em que eu era caçadora”, o que fez com que de repente se fizesse luz na minha cabeça.
Estava afinal na famosa taberna da Mariana, uma espécie de Calamity Jane da planura transtagana.
Esta mulher que já há muito deixou para trás os 70 deve agora rondar os 80 e ainda discute qualidade da aguardente e emite avalizada opinião acerca de temas que são ancestralmente assuntos de índole machista.
Enquanto me monto na bicicleta combino comigo mesmo nova visita a este singular estabelecimento.
Regresso a Entradas com a memória fotográfica desta encantadora “ venda” e enquanto rebobino o sucedido faz-se a viagem em menos de um fósforo.

Sábado 20-01-07
Acordo cedo e vou andar de novo de bicicleta, faço apenas 30 Km já que pela tardinha havia combinado ir a uma caminhada ambiental com início no Monte do Salto com passagem pela Senhora de Aracelis e regresso ao mesmo Monte.
Chego a casa ainda a tempo de ir à Feira do Pau Roxo que tem lugar em Castro Verde neste mesmo dia e onde é tradição comprar esta espécie de cenoura que nós alentejanos conhecemos como pau roxo.

O famoso pau roxo
Almoço com o Pardal em Castro Verde e a conversa resvala para a política, tema central da vida deste meu amigo, que tem da vida em geral uma perspectiva surpreendente, quase sempre obliqua mas ao mesmo tempo deliciosamente ingénua.
Depois de almoço lá avançamos para o Salto e para além do Pardal, junta-se-nos o Páscoa e António José Brito.
Páscoa, Pardal, A.J.Brito, Napoleão

A caminhada é organizada pela Liga Para a Protecção da Natureza (LPN) e para além da inauguração deste novo percurso, inclui ainda o lançamento do livro acerca dos percursos pedestres da região – que recomendo vivamente aos apreciadores desta actividade – e que já são seis distintos trajectos.
Estas caminhadas ambientais para além de serem excelentes tónicos retemperadores, são ainda percursos que casam na perfeição com a natureza e com a paisagem docemente ondulante da terra plana; e se a isto juntarmos a observação das aves existentes nesta região, então teremos a garantia de um dia bem passado, que afinal, foi o que nos aconteceu.
Caminheiros do ambiente
Domingo 22-01-07

Esta coisa de um gajo já ter dobrado os cinquenta, faz com que, a cama empurre o corpo desta para fora, dando comigo a passear na rua às 8.00 da manhã, ainda por cima com um frio de rachar.
Decido ir fazer quilómetros de bicicleta. Desta vez vou em direcção a Ourique, depois estrada deOdemira na direcção de Garvão. Sou surpreendido pelas varas de porcos pretos que por aqui existem, e quando paro para os fotografar, correm todos no meu encalço, não sei se para ficarem todos no retrato, ou porque me confundiram com o tratador.
Porcos pretos em Garvão
Antes de Garvão volto para a Barragem da Rocha, cujo espelho de água misturado com a bruma matinal pintalgam a paisagem de tons cinza prata de que me julgo espectador privilegiado.
O sol reaparece para os lados da Messejana e apesar do Raul e a Celeste me haverem telefonado para almoçar à do Cabecinha em Aljustrel ( outro local que recomendo) já só quero chegar a casa, tomar um banho e descansar deste frenético fim-de-semana.
No total devo ter feito 220 Km de bicicleta, não está mal.

Escrito por pulanito @ janeiro 23, 2007   6 comentários

sábado, janeiro 13, 2007

Por Aí

Pulanito e Luís Coelho em Vale de Narizes

Do que mais gosto nesta coisa das bicicletas ( onde ainda sou um mero iniciado), é de partir sem destino, um pouco dentro do registo que me levou à escolha do nome do blogue; gosto mesmo de ir POR AÍ, à descoberta de novos percursos, cheiros, paisagens ou pessoas, o que faz com que também me descubra e surpreenda na cadência de cada pedalada. Mas, o que mais gosto é mesmo de partir sem ter de regressar naquele dia ao ponto de partida dessa jornada; como diz o amigo Carneiro é “ montar os alforges no suporte da bicicleta, abandonar mulher e filhos e partir em direcção ao poente com um palito no ao canto da boca” ( www.xiclista.blogspot.com).
Desta vez, fui alentejanar de bicicleta com o primo Luís Coelho que entretanto também aderiu às biclas que o ajudam a manter a forma e a garantir o peso que perdeu ( 20 Kg).
Como ele chegou de véspera fomos logo celebrar para a Cavalariça; renomado restaurante em Entradas que serve iguarias de fazer crescer água na boca, e que recomendo vivamente aos meus leitores ( tel. 286 915 491 falar com a Maria João).
Estragámo-nos logo com as entradas de torresmos do rissol, paio, azeitonas e queijo fresco de cabra que acompanhámos com uma Monte da Pesseguina Tinto de se lhe tirar o chapéu. Para prato principal escolhemos açorda de perdiz, uma dos pitéus que esta minha conterrânea confecciona de forma irrepreensível e que acompanhámos com uma segunda Monte da Pesseguina, o que fez com que soltássemos o paleio e puséssemos em dia uma conversa sempre atrasada.
Hoje, oito da manhã alvorada, a culpa dos excessos que praticámos na noite anterior fez com que combinássemos derreter as malditas calorias em excesso consumidas.
Abalámos de Entradas ( gosto muito, mas mesmo muito, de conjugar este verbo) e lá fomos direitos ao Carregueiro, depois Aljustrel e a caminho de Ervidel tirámos a foto que ilustra o Post junto à tabuleta que vai para a peculiar localidade que dá pelo nome de Vale de Narizes – ainda hei-de indagar a origem deste topónimo – lá continuámos até Ervidel, localidade onde fizemos agulha para Beja. Já tenho feito este percurso a solo, devo confessar que a dois é uma papa, até porque o meu primo é uma autêntica matraca faladora, e a coisa lá foi fluindo até à cidade a que os romanos chamaram Pax Júlia.
Reabastecemos sólidos e líquidos numa bomba de gasolina e pedalámos de seguida até Entradas. Tínhamos feito perto de 100 Km à média de 22,2 Km por hora, chegámos cansados mas felizes.
Quando cheguei, telefonou-me o amigo Pardal que me havia avistado, desafiando-me para uma caminhada ambiental de 10 Km que iria ocorrer dali a pouco. Respondi-lhe que não podia ir porque acabara de fazer 100 km de bicicleta. Como o Pardal ( meu amigo de infância) tem das melhores tiradas que conheço, despeço-me compartilhando convosco a resposta que me deu.
“ 100 Km mas a cavalo, isso custa alguma coisa, eu queria era ver-te fazer 10 Km a pé!!!!
Digam lá que não tenho amigos deliciosos?

Escrito por pulanito @ janeiro 13, 2007   6 comentários

quarta-feira, janeiro 10, 2007

Na praia ao entardecer

Como Alentejano de sequeiro e achaparrado com muito orgulho, confesso-me um bocado arreigado destas coisas do mar, tanto que nem sei nadar quase nada, e o que sei, dá perfeitamente para me afogar, caso me afoite fora de pé.
Das poucas vezes que à praia me obrigam a ir, enquanto leio a imprensa matinal ainda p´rali me ajeito, mas se a coisa começa a dar para a impertinência fico até com mau feitio. A melhor maneira de me convencerem é mesmo se o programa incluir almoçar na praia um bom peixe fresco, que sei ser apanhado naquelas águas e uma boa dose de conversa à sombra pela tarde adentro e com uma sangria gelada a alimentar o paleio.
De qualquer maneira, não passo ao lado deste privilégio que é morar junto ao mar, e dele, ocasionalmente tirar proveito, especialmente nestes invernis mas solarengos fins de tarde algarvios. Aqui há dias e por motivo da minha filhota Catarina ter adquirido uma máquina fotográfica nova, lá nos arrastou até à praia para fazer uma sessão familiar de fotos á beira mar de que vos deixo alguns exemplares, até porque me parece que tanto ela como a mãe têm jeito para esta coisa dos diafragmas e obturações que dá pelo nome de fotografia. A tarde estava convidativa e no céu brilhava um sol de que só o Algarve se pode orgulhar nesta altura do ano. A praia semidesértica convidava a tropelias várias sem que passássemos pela vergonha ou embaraço de termos espectadores inoportunos.
Chegados a casa, lá se agarrou ao computador e apareceu com o resultado de que vos deixo parca amostra.



Escrito por pulanito @ janeiro 10, 2007   7 comentários

segunda-feira, janeiro 08, 2007

Postais de Portugal !!

Pois é pessoal. Lá se foi mais um fim-de-semana que passou mais depressa que o Alfa Pendular.
No Sábado tinha na intenção de ir dar uma volta de bicicleta explorando a demarcada ciclovia do Algarve. Acontece que pouco depois de sair de casa dei um trambolhão da bicha abaixo que me deixou um bocado para o atordoado, e a volta que deveria ter entre 60/80Km, ficou-se pelos 30 Km porque o entusiasmo com que parti de casa, ficou também ele estatelado naquela maldita valeta.
Foi um fim-de-semana sem história, quando poderia ter sido de arromba, se pudesse ter ido até Albernôa a casa do primo Zé Manel Santiago que por esta altura mata sempre uma porrada de porcos. Pela tarde dentro há sempre cantoria regada com bom tinto e acompanhada com os preceitos do dia da matança, que entre outros são: a moleja, a cachola, os torresmos e as febras assadas e claro, os amigos.
De qualquer modo e para elevar um pouco a moral das tropas, aqui vos deixo estas excelentes imagens para animar as hostes e também para encher um bocado de chouriços, até porque não estou com muita paciência para escrever, e quando assim é ( frase preferida do Cristiano Ronaldo) não se pode insistir com o artista, até porque o que não tem remédio remediado está - lá estou eu a encher chouriços outra vez - se calhar com tanto enchimento deveria era ter ido à matança que certamente teria aqui alguma história para contar. O Zé Manel convida sempre gente interessante para a função e depois com o avançar da tarde e dos copos a coisa melhora exponecialmente, terminando sempre quando a memória é coisa vã.
Pronto. Como nada disto aconteceu, aqui fica o video....divirtam-se e comentem.

Vejam aqui estes Postais de Portugal em forma de video

Escrito por pulanito @ janeiro 08, 2007   2 comentários

terça-feira, janeiro 02, 2007

Ciclovia do Algarve - 210 Km sempre a pedalar

Costumo correr aqui perto da minha casa no Algarve, escolhendo invariavelmente percursos por caminhos de terra batida que por aqui abundam.
Antes do final do ano fiquei algo surpreendido por uns pilarecos redondos que tinham um símbolo dum bicicleta, o que me deixou algo intrigado.
No último dia do ano fui fazer uma caminhada intercalada com corrida e os ditos cilindros lá continuavam espetados na terra, só que desta vez me dei ao trabalho de medir a distância entre cada um deles o que perfazia mais ou menos 250 metros. Para minha grande surpresa ao 4º pilar agora aparecia um marco que determinava uma certa quilometragem, foi aí que se fez luz. Estava em plena ciclovia do Algarve de que já ouvira falar, só que não esperava que esta fosse delineada com tanta rapidez, já que estas preciosas indicações foram aí colocadas no último dia do ano, um Domingo!
Sem querer entrar em conjecturas que me levariam a calcular que o prazo limite para a concretização do projecto fosse o último dia do ano, fiquei de facto muito contente por este projecto estar em vias de conclusão o que me deixou de imediato o desejo de o explorar.
São 210 Km que ligam Sagres a Vila Real de Santo António atravessando 12 dos 16 concelhos algarvios, tendo posteriormente do outro lado da fronteira ligação à rede de ciclovias europeia, o que nos deixa muito terreno para investigar ciclisticamente.
Do que pude verificar aqui no concelho de Lagoa, o trajecto é interessante até porque é feito por estradas secundárias ou caminhos rurais e do que consegui verificar, só entra na estrada principal perto de Armação de Pêra, o que é garante de um passeio sem grandes percalços.
Creio que ainda falta alguma sinalização, quer vertical, quer horizontal, mas já dá para fazer umas belas passeatas e até treinar distâncias mais longas tendo em vista a grande viagem de 2007.
Quero naturalmente percorrer esta via em toda a sua extensão. Logo que tenha mais novidades acerca deste equipamento fundamental aqui vos deixarei noticias.

Escrito por pulanito @ janeiro 02, 2007   14 comentários

Último sonho de 2006 - à falta de melhor titulo

Terminei o ano com um sonho algo perturbante. Sonhei que me havia mudado em definitivo para Entradas (à custa de muito sonhar vai um homem materializando os seus sonhos) e que tinha optado ter como actividade uma espécie de 3 em 1.
Sonhei que andava pelos Montes das redondezas - neste devaneio fantasioso, eram habitados e prenhes de uma vida repleta de pujança - onde oferecia os meus serviços de: cuidados médicos primários, amola tesouras, facas e outros artefactos cortantes e ainda, retocador de fotos de Cavaco Silva (sic)!!.
Fazia-me transportar numa bicicleta especialmente equipada para o efeito. Quando chegava aos locais era logo rodeado pela criançada que emprestava a este meu sonho a paisagem sonora perfeita. Vestia a minha bata branca e lá ia fazer ou mudar pensos, dar uns pontos na carne crua dalgum gaiato, medir tensões, temperaturas, glicemia, colesterol e ainda recolhia algumas análises mais urgentes. Enfim, fazia uma medicina preventiva a pedal, num misto de aprendiz de João Semana, misturado com amola tesouras, que era outro dos serviços que tinha para oferecer. Já aqui (noutro post) descrevi o quanto me entusiasmam estes verdadeiros globetrotters, com a sua gaita peculiar, que ao anunciarem a sua presença através do som característico deste instrumento, atraíam os adultos que necessitavam dos seus serviços, mas sobretudo, a maralha de ranho no nariz que deixava voar os sonhos nas fagulhas do esmeril.
É sempre um espectáculo peculiar o destes profissionais, tanto mais que a capacidade de metamorfosear o transporte em oficina ambulante ainda hoje me impressiona, agora imaginem só, eu ser o próprio amolador.
Estas duas actividades, apesar de serem em sonhos, poder-se-ão encaixar no éter das minhas fantasias mas, retocar fotos de Cavaco Silva é que não vislumbro ligação!
Depois de suturados, medidos e medicados, entregava-me à nobre arte de amolar, arranjar ou recuperar ferramentas e artefactos, mas depois destas actividades ainda tinha outra, que curiosamente neste sonho estava muito em voga, retocar fotos de Cavaco Silva, que eu fazia através do meu computador portátil, em programa especifico, mas com uma particularidade; os retoques eram dados no ecrã do computador com uma lixa de água muito fina, que lhe alisava a pele, conferindo-lhe um ar mais cinematográfico, mas o que as pessoas queriam mesmo era que lhe retirasse os “ gafanhotos” brancos que lhe colonizavam os cantos da boca, e que eu (de novo com a minha bata branca vestida) procurava muito profissionalmente cumprir.
Devo de ter acordado aquando de algum destes retoques no presidente, porque não me lembro de mais nada.
Bem, para primeiro post do ano, já deu para reparar que a minha saúde mental não anda lá muito recomendável, nem sei mesmo porque é que estou a escrever isto, e pior ainda, porque é que o vou compartilhar convosco. Posso mesmo travar este impulso de publicar esta verborreia, mas há qualquer coisa que me diz que não, que devo passar por esta provação humilhante mas que mesmo assim vou tentar salvar com um escrito da juventude e que de algum modo tem a ver com o que aqui foi debitado.

Eu não acreditava em sonhos
Mas ontem eu sonhei

Que era uma ave cruzando os mares da liberdade
Que pousava neste e naquele ramo
Das árvores da felicidade

Hoje eu acordei
Agora já não sei
Se sou um homem sonhando que é ave
Ou uma ave
Encarnando o eterno pesadelo de ser homem!


V.V. 79

Escrito por pulanito @ janeiro 02, 2007   10 comentários

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