Ilha do Pessegueiro
Passei neste fim-de-semana prolongado pela famosa Ilha do Pessegueiro em Porto Covo, nesse paraíso que é o Alentejo Litoral.
Este minúsculo pedaço de terra rodeado de água por todos os lados, musicado e imortalizado pelo grande Rui Veloso sobre um poema do Carlos Tê, que ao que consta nunca esteve naquelas paragens antes do escrever; o que prova que os poetas vivem numa dimensão acima do comum dos mortais.
Mas voltando aqui à ilha e à sua toponímia, dou comigo a pensar que nela nunca poderá ter existido qualquer pessegueiro, visto que as condições climatéricas e a exiguidade do ilhéu jamais permitirem que uma árvore de fruto ali vingasse, inclinando-me mais que o nome derivasse de “ ilha do pesqueiro” ou qualquer coisa parecida que com o passar doa anos adquirisse o seu actual nome.
Só mesmo o Carlos Tê poderia ter tido a liberdade poética de inventar que um tal de Vizir de Odemira o havia ali plantado pouco antes de por amor haver posto termos à vida.
Curiosamente, este Vizir de Odemira, sempre me soou a “vizinho de Odemira”, só mesmo há pouco tempo me deparei com a famosa letra e haver então reparado que o vizinho de Odemira, afinal não era um Zé-ninguém; era apenas e tão só, o Vizir da bela vila que tem no seu nome, o nome do rio que a bordeja.
Este minúsculo pedaço de terra rodeado de água por todos os lados, musicado e imortalizado pelo grande Rui Veloso sobre um poema do Carlos Tê, que ao que consta nunca esteve naquelas paragens antes do escrever; o que prova que os poetas vivem numa dimensão acima do comum dos mortais.
Mas voltando aqui à ilha e à sua toponímia, dou comigo a pensar que nela nunca poderá ter existido qualquer pessegueiro, visto que as condições climatéricas e a exiguidade do ilhéu jamais permitirem que uma árvore de fruto ali vingasse, inclinando-me mais que o nome derivasse de “ ilha do pesqueiro” ou qualquer coisa parecida que com o passar doa anos adquirisse o seu actual nome.
Só mesmo o Carlos Tê poderia ter tido a liberdade poética de inventar que um tal de Vizir de Odemira o havia ali plantado pouco antes de por amor haver posto termos à vida.
Curiosamente, este Vizir de Odemira, sempre me soou a “vizinho de Odemira”, só mesmo há pouco tempo me deparei com a famosa letra e haver então reparado que o vizinho de Odemira, afinal não era um Zé-ninguém; era apenas e tão só, o Vizir da bela vila que tem no seu nome, o nome do rio que a bordeja.
3 Comments:
".....enquanto o sargo assa no brazeiro..."
Estás no restaurante que em tempo servia peixe encomendado de manhã,apanhado à hora e saboreado ao almoço.
Andas por boas paragens.
Saudades da rica vida que já tive.
Haja saúde.
jm
Por acaso não viste o Rui Veloso "comendo uma laranja na falésia"?
Pessegueiro foi porque aquela ilha era um sequeiro de peixe, peixe de sequeiro...que no sotaque dos nativos passa por pesseqiero... É essa a história... Lamento estragar a componente romântica do Vizir :(
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