Slides- Retratos da Cidade Branca
A pedido de vários leitores, aqui fica um outro pequeno video contendo o poema Slides- retratos da Cidade Branca, dito no Music Box durante o festival Silêncio. Este poema já existe aqui no Pulanito mas no suporte audio. Agora poderão apreciar a intensidade do mesmo ao mesmo tempo que o lêm. Durante a apresentação cometi uma falha, não disse o verso " Ai a imperial da Munique". Espero que me possam desculpar, por tão óbvio lapso.
Slides – Retratos da Cidade Branca
Onde estão os meus amigos?
Remotas memórias
Saltitam
Pululam
Cheiros / odores / miragens
O café
O sorriso
Olá como está!
E outras encenações
A novidade
A vizinha do 3º fugiu, amanhã vem no jornal
Ai..a imperial da Munique
Os destemidos tremoços
Moços, maçons
Canalha / navalha
Pensa coração
Amigos onde estais?
A sueca com minis à mistura
O relato da bola
A malha / copo de 3
A feira do relógio
O relógio da feira
Sandes de couratos / vinhos de Torres
Jogging de Marvila
Domingo
Especialmente domingo
Barbeados / dentes lavados
E martinis no plástico labrego
Alumínio / moderno / kitch / mau gosto
12 cordas / mãozinhas
Salteadores da razão perdida
Perdidos / enjaulados
Correio da manhã
O cú da vizinha do 9ºB
Regalo para a vista
Suplemento a cores com salários em atraso
E a Lisnave / petroquímica
Cancros do meu Tejo
Apodrecendo lentamente o azul das águas
E eu impotente / cinemascope / 35 milímetros de mim
A raiva afogada entre cubaslibres e pernas de mulheres
Que não são putas nem são falsas nem são nada
São pernas de mulheres e cubaslibres simplesmente
Paga-se a saudade com cartão de crédito
Táxi
Leva-me para onde está o meu amor
Táxi
Leva-me para lá de mim
Táxi
Atropela-me os sentidos e a alma para não deixar vestígios
3 Comments:
Adoro este poema. abordas a minha cidade por um ângulo humano e muito bairrista.
Gosto da densidade do final do poema..enfim, sou a maior divulgadora desta pérola da tua poesia.
Lizete - Lx
Agora o som chega-nos com mais "fidelidade".
E a força do poema faz-se sentir...
Ganda NAP,
como foi possível esquecer o verso"Ai..a imperial da Munique".Cá para mim foi o complexo de culpa dos tais "ciclos viciosos" que são ao fim e cabo o início de um novo "ciclo de virtude"...Eheheheh,não percas a forma,que em breve há mais.
Quando o nosso amigo"tio Coelho" ouvir,não vai acreditar.
Haja Saúde!
jm
Bruto! foi a expressão que um amigo meu disse quando ouvimos pela primeira vez o poema no pratica(mente)! tou à espera do novo trabalho do sam, mas não me importo de esperar, pois as coisas boas constroem-se com o tempo! parabens pelo seu poema!
um abraço de um norte alentejano que está pela sua zona Castro Verde
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