Não tenho passado por cá!
Se este fosse um blogue de actualidades, onde levado pela espuma dos acontecimentos fosse debitando faladura, palpites e comentários, teria matéria diária para postar até várias vezes ao dia.
Acontece que este é um blogue pessoal, de impulsos e sem obrigações, logo tanto posso escrever duas vezes por dia, como ter períodos como o que vem acontecendo onde penso que o que tenha a compartilhar não tem nada de interessante.
Tenho andado arredado das postagens por inadiáveis afazeres profissionais que me têm consumido muitas das minhas energias, mas como estamos no inicio do dia vou aqui resumir os acontecimentos da minha ausência.
Desde a última postagem em que dava conta da viagem a Santiago de Compostela que iniciei um plano alimentar de modo a retirar alguns dos muitos quilos que vinham arredondando as minhas formas.
Já lá vão 7 desses excedentes quilos o que fez com que tivesse que renovar algum do meu guarda-roupa, já que até agora perdi 2 números no que diz respeito ás calças.
Neste interlúdio estive alguns dias na Áustria em trabalho com o meu eterno amigo Carlos Zabala que se fez acompanhar da sua directora de produto Cecília Barbieri, uma Argentina simpatiquíssima.
Carlos Zabala - Cecilia Barbieri e Pulanito em Salzburgo - Austria
Em relação a treinos para a grande viagem e por motivo desta viagem, a semana passada não treinei, mas na anterior fiz 260 Km de treino com um furo pelo meio, que é sempre uma chatice do camandro.
Este fim-de-semana estarei seguramente pedalando afincadamente pelas estradas do Alentejo quer faça vento ou faça frio, contando fazer uma média de quilómetros interessante de modo a meter nas pernas o andamento necessário para as estiradas que aí vêm.
De facto tenho sempre viajado só. Esta será a minha primeira experiência acompanhado, o que me dá a ideia de que a coisa é mais amenizada. Menos pensamentos circulares, mais entreajuda, menos jogos mentais com o conta-quilómetros e também muito menos peso na bicicleta. Contudo, estou ansioso que passem estas pouco mais de mil horas que faltam para de novo me fazer à estrada e usufruir desse prazer único que é pedalar em direcção ao infinito sabendo que não tenho de regressar ao mesmo local de partida, que é para mim das coisas mais chatas no desporto que abracei.
Gosto do desafio de vencer a montanha à força de músculo e de ranger dente. Gosto de chegar lá acima e saborear o vento na face e depois descer vertiginosamente a montanha que acabei de conquistar.
Tenho apreço pelo silêncio das estradas esquecidas que vão dar a aldeias distantes, muitas delas localizadas noutra latitude temporal que admiro.
Gosto de beber a água cristalina das fontes plantadas à beira das estradas, como se fossem benesses divinas a sequiosos viajantes.
Arrepia-me a sinceridade do gesto de quem passa pedalando em sentido contrário assinalando o nosso cruzamento com um sorriso e os dedos em V.
Anseio por esse encontro com o eu que sou, e o tempo que disponibilizo a pensar nos meus enquanto galgo quilómetros, uns atrás de outros.
O Joaquim Miguel e o Joaquim Pinheiro (do grupo de Évora) têm-me feito chegar mensagens de alento e companheirismo. Aqui vos deixo uma foto desses indefectíveis das biclas, pedalando em direcção a Santiago de Compostela em anterior tirada.
Grupo de Évora pedalando afincadamente
3 Comments:
Tu disseste, ou antes, escreveste "água cristalina das fontes??!!!" mas isso ainda existe?! ou é devaneio de blogista?!
Com que ent�o estiveste na cidade natal do genial Wolfang Amadeus Mozart?1 E estvas t�o calado com isso?!
Então amigo Napoleão ! Acabaste de vez com os comentários?!Espero que nada de grave tenha acontecido mas apenas um mero esquecimento pois no post de hoje (21 de Abril) não dá para deixar qualquer comentário
Um abraço
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