Um salto ao Monte do Salto
Dos céus não vêm novidades. Os campos despojados de pastagens não pressagiam um futuro imediato muito risonho. O pessoal começa a levantar a boina e a coçar cada vez com mais insistência a cabeça, especialmente na zona de onde se presume que as ideias surjam.
Já não ia para o campo há algum tempo. Como tinha o meu amigo João Domingues de fim-de-semana resolvi com ele dar por lá uma volta.
Lá nos aventuramos pela terra poeirenta em direcção à Ribeira de Cobres na zona do Malagão. Abalámos de Entradas em direcção aos olivais do Barrinho e ao subir um cabeço tivemos a primeira surpresa do dia. À nossa frente um bando de abetardas a uma distância de não mais de 10 metros. Nunca as tinha visto tão perto!
Fiquei extasiado a ver as rainhas da planura levantarem o seu pesaroso voo em direcção ao outro lado da colina onde não sejam incomodadas por tão inoportunas visitas.
Este acontecimento foi tema de conversa até à ribeira, que como era de prever, era apenas o leito seco e adormecido dum gigante que volta não volta galga as margens para nos dizer que quem manda por aquelas paragens é ele.
Faz hoje precisamente um ano que este rio nos surpreendeu com a sua fúria, provocando o pânico em muitas famílias que convivem paredes-meias com este gigante adormecido. (5 de Novembro de 2007)
Já não ia para o campo há algum tempo. Como tinha o meu amigo João Domingues de fim-de-semana resolvi com ele dar por lá uma volta.
Lá nos aventuramos pela terra poeirenta em direcção à Ribeira de Cobres na zona do Malagão. Abalámos de Entradas em direcção aos olivais do Barrinho e ao subir um cabeço tivemos a primeira surpresa do dia. À nossa frente um bando de abetardas a uma distância de não mais de 10 metros. Nunca as tinha visto tão perto!
Fiquei extasiado a ver as rainhas da planura levantarem o seu pesaroso voo em direcção ao outro lado da colina onde não sejam incomodadas por tão inoportunas visitas.
Este acontecimento foi tema de conversa até à ribeira, que como era de prever, era apenas o leito seco e adormecido dum gigante que volta não volta galga as margens para nos dizer que quem manda por aquelas paragens é ele.
Faz hoje precisamente um ano que este rio nos surpreendeu com a sua fúria, provocando o pânico em muitas famílias que convivem paredes-meias com este gigante adormecido. (5 de Novembro de 2007)
À conversa com Ti Chico
Passada a ribeira lá nos dirigimos ao Salto, pequena povoação que conta com umas dezenas de habitantes, de entre os quais o Senhor Chico da Taberna, cujo estabelecimento está imortalizado com o seu nome.Este minúsculo estabelecimento conta apenas com uns escassos 10 m2 de área pública onde cabem apenas duas mesas – que chegam muito bem -, segundo a experiência de Mestre Chico.
Aqui o viajante faz uma paragem estratégica para dar dois dedos de conversa a este amável taberneiro, podendo mesmo agarrar na sua mini e vir bebê-la para a rua onde ranchos de mulheres sentadas ao sol de Outono,modelam filigranas de Arraiolos em forma de tapetes.
Aspecto da Entrada da taberna
Este simpático Monte Alentejano fica no sopé do monte da Senhora de Ara-Célis, um lindíssimo santuário de onde se desfrutam as mais amplas vistas da terra plana.
Senhora de Ara-Célis - Altar dos Céus alentejanos.
Por lá nos demorámos um pedaço enquanto o meu amigo João com a mão sobre a testa em forma de pala à moda dos Índios, olhava pasmado a imensidão de terra plana que se estendia até onde os seus olhos alcançavam e ao mesmo tempo exclamava – Que grande que o Alentejo é!
4 Comments:
sempre por veredas do imaginário...
Mais uma pequena grande maravilha nesse grande Alentejo,que continua a nos supreender.
Ah o gerente da Seat anda metido lá pelos alentejos....não admira que os carros estejam pela hora da morte...
É tão grande o Alentejo, ainda podia ser mais...segundo a moda dos ganhões.É verdade, mas são estas pequenas maravilhas que nos fazem ser grandes, nós os alentejanos somos "muito grandes", temos uma "alma grande", um coração ainda maior, somos verdadeiramente grandes.É ou não é?
Lucília
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