O Alentejano Optimista
Desde o último mandato de Cavaco Silva como primeiro-ministro, que Portugal atravessa uma crónica crise económica. O país, tem desde então, vindo a fazer um exercício de auto flagelação havendo perdido competitividade em vários sectores, tendo sido mesmo ultrapassado por outros países do campeonato intra europeu e até por alguns dos recentemente promovidos à categoria de membros de direito da Comunidade Europeia.
Se isto se reflecte no país real – vulgo litoral, imagine-se agora o que acontece aqui no país virtual – vulgo interior, onde as assimetrias são amplamente sulcadas por essa linha imaginária que divide estes dois Portugais. No entanto, parece que finalmente alguma luz se começa a fazer ao fundo do túnel e alguns investimentos de monta começam a aportar a estas bandas, o que não sendo um garante definitivo, alimenta de algum modo a esperança de muitos que aqui nasceram, não terem que daqui partir para ganhar o pão de cada dia.
Finalmente as minas de Aljustrel recomeçaram a laborar, tendo no imediato criados umas centenas de postos de trabalho. As minas de Neves Corvo contratam mais pessoal para aproveitar a alta de mercado que os metais daí extraídos estão a sofrer.
No nosso e nos outros concelhos limítrofes, estão a ser lançados projectos turísticos de pequena, média e grande envergadura, o que será num futuro, já ali ao virar da esquina, uma lufada de ar fresco e a chegada de uma alternativa real à moribunda agricultura, que já foi a mola fulcral desta região, mas com o finar dos subsídios comunitários terá muita dificuldade em se manter, pelo menos nos moldes em que hoje a conhecemos, sendo que um dos caminhos a ponderar será o da criação de gado bovino, ovino e suíno com marca de qualidade e proveniência.
A indústria de transformação dos produtos emblemáticos da região, também começa a dar passos e frutos que são uma garantia futura. Os vinhos da região são uma riqueza inigualável tanto no que se refere à sua indesmentível qualidade do ponto de vista da comercialização, como de outras vertentes que a esta actividade estão ligadas, como sejam o enoturismo e a vinoterapia, actividade esta, que consiste numa prática termal onde através de produtos, extractos e derivados da uva se pretende uma antioxidação, tonificação e rejuvenescimento da pele e que está muito em voga em regiões vinícolas e não só , logo agora que os SPA’s estão de moda por todo o lado.
A abertura do aeroporto de Beja é irreversível, com ela chegarão as facilidades de transporte de pessoas e bens de e para esta e outras regiões. Sendo que um aeroporto é um importante factor de desenvolvimento das regiões, estou certo de que os alentejanos e os que aqui desenvolvem, ou passarem a desenvolver actividades terão nesta infra-estrutura um excelente parceiro expansionista.
Esta é uma pincelada positivista naquilo que o futuro nos pode reservar, assim nós o saibamos aproveitar. As oportunidades são um bem precioso que não se podem esbanjar e ou muito me engano, ou estão aí à porta uma boa mão cheia delas, quer para empresários, quer para empregados, o que pode ser uma excelente alavanca para um desenvolvimento que se quer sustentado com respeito pelas pessoas e pelo meio envolvente.
PS: Sou irremediavelmente como aquele rapaz a quem pelo seu aniversário lhe foi oferecido dentro duma bonita embalagem duas bostas de cavalo. Quando lhe perguntaram o que tinha ganho, este respondeu sorridente e esfusiante: - ganhei um cavalo, só que não sei onde ele está!
Se isto se reflecte no país real – vulgo litoral, imagine-se agora o que acontece aqui no país virtual – vulgo interior, onde as assimetrias são amplamente sulcadas por essa linha imaginária que divide estes dois Portugais. No entanto, parece que finalmente alguma luz se começa a fazer ao fundo do túnel e alguns investimentos de monta começam a aportar a estas bandas, o que não sendo um garante definitivo, alimenta de algum modo a esperança de muitos que aqui nasceram, não terem que daqui partir para ganhar o pão de cada dia.
Finalmente as minas de Aljustrel recomeçaram a laborar, tendo no imediato criados umas centenas de postos de trabalho. As minas de Neves Corvo contratam mais pessoal para aproveitar a alta de mercado que os metais daí extraídos estão a sofrer.
No nosso e nos outros concelhos limítrofes, estão a ser lançados projectos turísticos de pequena, média e grande envergadura, o que será num futuro, já ali ao virar da esquina, uma lufada de ar fresco e a chegada de uma alternativa real à moribunda agricultura, que já foi a mola fulcral desta região, mas com o finar dos subsídios comunitários terá muita dificuldade em se manter, pelo menos nos moldes em que hoje a conhecemos, sendo que um dos caminhos a ponderar será o da criação de gado bovino, ovino e suíno com marca de qualidade e proveniência.
A indústria de transformação dos produtos emblemáticos da região, também começa a dar passos e frutos que são uma garantia futura. Os vinhos da região são uma riqueza inigualável tanto no que se refere à sua indesmentível qualidade do ponto de vista da comercialização, como de outras vertentes que a esta actividade estão ligadas, como sejam o enoturismo e a vinoterapia, actividade esta, que consiste numa prática termal onde através de produtos, extractos e derivados da uva se pretende uma antioxidação, tonificação e rejuvenescimento da pele e que está muito em voga em regiões vinícolas e não só , logo agora que os SPA’s estão de moda por todo o lado.
A abertura do aeroporto de Beja é irreversível, com ela chegarão as facilidades de transporte de pessoas e bens de e para esta e outras regiões. Sendo que um aeroporto é um importante factor de desenvolvimento das regiões, estou certo de que os alentejanos e os que aqui desenvolvem, ou passarem a desenvolver actividades terão nesta infra-estrutura um excelente parceiro expansionista.
Esta é uma pincelada positivista naquilo que o futuro nos pode reservar, assim nós o saibamos aproveitar. As oportunidades são um bem precioso que não se podem esbanjar e ou muito me engano, ou estão aí à porta uma boa mão cheia delas, quer para empresários, quer para empregados, o que pode ser uma excelente alavanca para um desenvolvimento que se quer sustentado com respeito pelas pessoas e pelo meio envolvente.
PS: Sou irremediavelmente como aquele rapaz a quem pelo seu aniversário lhe foi oferecido dentro duma bonita embalagem duas bostas de cavalo. Quando lhe perguntaram o que tinha ganho, este respondeu sorridente e esfusiante: - ganhei um cavalo, só que não sei onde ele está!
Sou na verdade um ingénuo e incorrigivel optimista.
3 Comments:
Eu também penso que o nosso futuro irá ser risonho para a nossa região e até já pedi à rapaziada do engenheiro Carmona Rodrigues no tempo em que ele era ministro das obras públicas, que duplicasse o IP2 de Beja (Terminal Civil do Aéroporto de Beja) até à A2 em Castro Verde. Confesso que não gostava de morrer sem ver esse trabalho efectuado e com grande movimento de pessoas e mercadorias a caminho dos vários destinos.Por incrível que pareça este meu desejo não parece ser considerado prioridade para os pseudo poderosos cá da região.Até nem percebo porquê ?!
Eu também sou um optimista, ingenuamente optimista, mas gostava mais de ser pessimista.O pessimismo é mais realista e não se sofre tanto se houver uma desilução.Um optimista se as coisas correrem bem tudo bem!mas se correrem mal que desalento! Ao contrário o pessimista já não tem este "problema".Se as coisas lhe correrem bem,tudo bem,óptimo e se correrem mal não era nada que não estivesse já à espera.
Apesar tudo tenhamos esperança nofuturo.
Que os deuses nos sejam propícios.
Uma abraço
P.S.- Acabo de ver entrar o teu cunhado, a tua irmã(que acabou de falar comigo)e a tua mulher
Por falar em optimismo, pessimismo, realismo e outros ismos, podem dar uma vista de olhos num pequeno livro do sociologo Francisco Alberoni, intitulado " O optimismo".
Cumprimentos de uma realista, ceptica e pragmática.
Maria Lucilia
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