Um Alentejano Por Terras De Sua Majestade
Definitivamente não gosto de grandes cidades. Não gosto do estilo de vida apressado. Não gosto da comida. Não gosto das regras da urbanidade, enfim, não posso lutar por uma coisa que me é contra-natura.
Digo isto porque acabei de regressar de Inglaterra (1º mundo) e jamais trocaria a minha aldeia onde quase nada acontece, exceptuando naturalmente os melhores nasceres e pôr de sóis, a segurança de vivermos de portas escancaradas, a felicidade de saborearmos as melhores iguarias, provarmos vinhos de inequívoca qualidade etc.., por um cosmopolitismo Londrino onde tudo acontece, mas nada me parece preencher ( minha opinião claro).
O melhor de dois mundos!!
Meu amigo Carlos Zabala chamava-me à atenção para a dificuldade de encontrar um inglês na pátria deles, onde deviam existir aos magotes, mas francamente era preciso em média ver passar dois negros, quatro paquistaneses, três latinos e dois chineses e não sei quantos árabes para encontrar um nativo das ilhas britânicas.
O sol não o cheguei a ver e parece que frio e chuva é o que eles têm com mais fartura.
A psicose em relação á segurança, faz com que este cinzento país, tome determinadas medidas paranóicas, outras necessárias, que complicam e de que maneira a vida dos cidadãos.
O custo de vida é absurdo, o que faz com que as pessoas mesmo usufruindo de bons salários lhes seja vedada uma coisa que para nós é corriqueira como comer fora.
Meu amigo de mais de duas décadas - o Cubano Carlos Zabala
Bem sei que têm a fleuma britânica, o porte imperialista, a madame Tussaud, os inúmeros teatros, o palácio de Bukingham, o museu de história natural, o Harrords, Oxfort street, a Catedral de S. Paulo, os inúmeros teatros, o Chelsea e mais um sem número de atracções que faz um magote de gente acorrer à cidade banhada pelo Tamisa, mas para mim é, "peditório para onde muito já dei".
Nuno Arez e Mirco Balisevic em Oxford Street - Provavelmente apreciando a garinagem!!
Os meus amigos e companheiros de viagem, Nuno Arez e Mirco Balisevic faziam as inevitáveis comparações com o que acontece aqui no “jardim à beira-mar plantado” – Se fosse em Portugal já estavam a pedir o livro de reclamações, aqui não dizem nada – referindo-se a situações que do ponto de vista profissional já tinham sentido na pele.
Já só muito de longe a longe vou a uma grande cidade. A minha vida é:
Mais campestre, mais espaço e no fundo mais mundo.
Mais aves, mais flores, mais primavera.
Mais silêncio, mais sol-posto, mais riachos.
Mais regresso, mais lareira, mais sorrisos.
Mais Natal, mais reencontro e mais abraços.
Prefiro mil vezes uma açorda de pataca (que vou hoje comer) numa tasca do Alentejo ou doutra região, que um faustoso repasto no mais conceituado dos restaurantes duma grande cidade.
Elejo mais depressa uma volta de bicicleta como a do post abaixo, do que umas férias nas Caraíbas.
Perco mais tempo a desbravar a cabeça dum ancião da minha aldeia, do que a visitar mais um museu de história de não sei quê.
Penso que será uma questão de opção, mas enquanto o puder fazer, a minha está feita, e não a desejo mudar.
2 Comments:
na foto do galheteiro estás com um ar de felicidade...
Não sabes aquela do macaco com a girafa ?
Nap,
Andas muito bem acompanhado. tens que me levar contigo nessas viagens.
Enviar um comentário
<< Home