terça-feira, outubro 30, 2007

O Alentejano Optimista


Desde o último mandato de Cavaco Silva como primeiro-ministro, que Portugal atravessa uma crónica crise económica. O país, tem desde então, vindo a fazer um exercício de auto flagelação havendo perdido competitividade em vários sectores, tendo sido mesmo ultrapassado por outros países do campeonato intra europeu e até por alguns dos recentemente promovidos à categoria de membros de direito da Comunidade Europeia.

Se isto se reflecte no país real – vulgo litoral, imagine-se agora o que acontece aqui no país virtual – vulgo interior, onde as assimetrias são amplamente sulcadas por essa linha imaginária que divide estes dois Portugais. No entanto, parece que finalmente alguma luz se começa a fazer ao fundo do túnel e alguns investimentos de monta começam a aportar a estas bandas, o que não sendo um garante definitivo, alimenta de algum modo a esperança de muitos que aqui nasceram, não terem que daqui partir para ganhar o pão de cada dia.

Finalmente as minas de Aljustrel recomeçaram a laborar, tendo no imediato criados umas centenas de postos de trabalho. As minas de Neves Corvo contratam mais pessoal para aproveitar a alta de mercado que os metais daí extraídos estão a sofrer.
No nosso e nos outros concelhos limítrofes, estão a ser lançados projectos turísticos de pequena, média e grande envergadura, o que será num futuro, já ali ao virar da esquina, uma lufada de ar fresco e a chegada de uma alternativa real à moribunda agricultura, que já foi a mola fulcral desta região, mas com o finar dos subsídios comunitários terá muita dificuldade em se manter, pelo menos nos moldes em que hoje a conhecemos, sendo que um dos caminhos a ponderar será o da criação de gado bovino, ovino e suíno com marca de qualidade e proveniência.

A indústria de transformação dos produtos emblemáticos da região, também começa a dar passos e frutos que são uma garantia futura. Os vinhos da região são uma riqueza inigualável tanto no que se refere à sua indesmentível qualidade do ponto de vista da comercialização, como de outras vertentes que a esta actividade estão ligadas, como sejam o enoturismo e a vinoterapia, actividade esta, que consiste numa prática termal onde através de produtos, extractos e derivados da uva se pretende uma antioxidação, tonificação e rejuvenescimento da pele e que está muito em voga em regiões vinícolas e não só , logo agora que os SPA’s estão de moda por todo o lado.

A abertura do aeroporto de Beja é irreversível, com ela chegarão as facilidades de transporte de pessoas e bens de e para esta e outras regiões. Sendo que um aeroporto é um importante factor de desenvolvimento das regiões, estou certo de que os alentejanos e os que aqui desenvolvem, ou passarem a desenvolver actividades terão nesta infra-estrutura um excelente parceiro expansionista.

Esta é uma pincelada positivista naquilo que o futuro nos pode reservar, assim nós o saibamos aproveitar. As oportunidades são um bem precioso que não se podem esbanjar e ou muito me engano, ou estão aí à porta uma boa mão cheia delas, quer para empresários, quer para empregados, o que pode ser uma excelente alavanca para um desenvolvimento que se quer sustentado com respeito pelas pessoas e pelo meio envolvente.

PS: Sou irremediavelmente como aquele rapaz a quem pelo seu aniversário lhe foi oferecido dentro duma bonita embalagem duas bostas de cavalo. Quando lhe perguntaram o que tinha ganho, este respondeu sorridente e esfusiante: - ganhei um cavalo, só que não sei onde ele está!
Sou na verdade um ingénuo e incorrigivel optimista.

Escrito por pulanito @ outubro 30, 2007   3 comentários

quinta-feira, outubro 25, 2007

Turismo Residencial - Olhando o futuro nos olhos

Herdade da Cavandela. Local onde está projectado o primeiro empreendimento vocacionado para o turismo residencial no concelho de Castro Verde.



O turismo, com todas as suas contrariedades, parece ser a alternativa mais viável para a recuperação de algum património humano e económico Baixo Alentejano a curto e médio prazo.
Sendo uma industria que gera mais consensos que objecções, começa agora a dar os seus primeiros passos tendo em vista o seu desenvolvimento numa região mais que carenciada de alternativas à agricultura, actividade esta, que há muito deixou de ser atraente, especialmente para aqueles que trabalham por conta de outrem.

O turismo residencial, em complemento com o tradicional, pode ser uma excelente alternativa a ter em conta pelos responsáveis das administrações central e autárquicas, até porque, pode estar aqui uma admirável mais valia para a solidificação das populações, para a profissionalização e especialização nas vastas áreas deste sector, e ainda geradora de receitas importantes para a economia local, visto que os futuros locatários ou proprietários farão sempre estadias de longa duração, quando não optam pela residência definitiva.

A oferta da nossa região para este tipo de actividade é deveras atractiva para exigentes cadernos de encargos dos investidores.
Em primeiro lugar temos um clima de fazer inveja a qualquer europeu que viva para lá dos Pirinéus.
O custo dos terrenos e os apoios camarários, são também eles um factor primordial.
A segurança que a região oferece a par de uma gastronomia sem igual, são outros pontos a favor. Se a isto juntarmos a deslumbrante paisagem, os queijos, vinhos, azeites, doces e enchidos entre outras iguarias e ainda a genuinidade das nossas gentes, mais o cante e o encanto de certos recantos.
Se caiarmos tudo isto de branco e lhe juntarmos o rumor deste impagável silêncio, mais o sol que à tardinha mergulha a pique no verde das searas, não vislumbro razão para que não se incentive esta alternativa de actividade, que estando dentro do âmbito turístico, tem uma componente residencial, que é altamente explorada noutras regiões do sul da Europa, nomeadamente na Espanha continental e insular, na Itália e ilhas mediterrânicas e até nalguns países do norte de África com enorme sucesso.

Para dar um exemplo, em Espanha constroem-se e vendem-se 90.000 casas por ano para alimentar este crescente mercado.

É claro que não almejamos tão assustadora cifra, mas se conseguirmos manter o nosso equilíbrio ambiental, fomentando uma prática voltada para as pessoas em detrimento da betonização vertical dos nossos campos. Se conseguirmos que a harmonia e a envolvente sejam afectadas ao mínimo - o que é perfeitamente possível - não vejo razão nenhuma para que não se incentive esta actividade, que para além humanizar a paisagem, é geradora de postos de trabalho permanente, quer para especialistas, quer para indiferenciados, nos mais diversos sectores a esta industria associados.

PS: Algumas pessoas têm pedido a minha opinião acerca desta nova realidade. Como é uma matéria da minha jurisdição profissional, aqui deixo a minha opinião acompanhada do forte desejo que tal se venha a concretizar, já que com ela a nossa paisagem fisica e humana só teriam a ganhar.

Não me pronuncio sobre o projecto Cavandela porque o desconheço, mas estou em crer que por "muito más" que sejam as intenções dos promotores do projecto será sempre uma mais valia para Castro Verde e aldeias limitrofes. Agora imaginem que as intenções são boas?

Escrito por pulanito @ outubro 25, 2007   5 comentários

segunda-feira, outubro 22, 2007

Fotos da Feira de Castro 2007

O prometido é devido!

Aqui ficam as impressões que quero convosco compartir, vistas pelo obturador da minha máquina .
Se por acaso não estiveste lá, aqui fica uma impressão daquilo que perdeste. Se por outro lado foste um dos visitantes, revive aqui muitos dos cromos que povoam este espaço centenário.

Os blogues vivem da interacção de quem escreve com quem lê, sendo o comentário uma forma de ajudar o "bloguista" a assiduamente actualizar os conteúdos. Não te esqueças de comentar aqui os textos e fotos que vão enriquecendo o espólio deste espaço que se quer cada vez com mais leitores visitantes.

Tentando agarrar o porquinho sem ninguém ver..

Gelados Nicolau, são de chupar até ao pau...

Se acrescentamos um "i" no café, porque não acrescentá-lo ao Bagladesh


Jovem acordeonista cigano com o seu cãozinho amestrado....este ano só havia um.



Panorâmica da feira -Rua principal





Este ano, os "marafados" vieram animar o alentejo que veio à feira.





Um encontro emocionado...uma das razões para vir á feira


O estilo brokeback mountain era o look do ano na feira de castro


Pomadas e unguentos para todos os males...feira sem eles não é feira!


O Borda D'agua - seguramente a publicação mais antiga nesta e noutras feiras.


Botas de Almodôvar...a tradição dos melhores sapateiros do Baixo Alentejo


Comprando um chapéu novo ...eu sou mais facas e colheres de pau!!!


Cestos, alcofas e gorpelhas....para terminar de vez com os sacos de plástico..

De pequenino se torce o destino!!


Os frutos secos do Algarve....produtos incontornáveis desta feira secular


Encontrei a Guida Sobral - Saudosa namoradinha dos ouvintes da Rádio Castrense.

Matrix de soutiens


O Guerreiro este ano deixou-me fotografá-lo com os seus rábanos e gamboas


A mulher da banha da cobra- por acaso não reconhecem a mala ao canto direito?


Sapatinho dourado - faz parte da indumentária de qualquer cigana que se preze.


Nataniel e Miguel Ângelo - os ciganitos mais bonitos da feira


Luis Fernando e Alexandre Mira (meu pai) antes da mini matinal.

Enquanto não lhe surgem propostas de outras agências, há que contentar-se com a " passerelle" do taipal do camião da venda dos cobertores e outros artefactos.


Dia -361 da contagem decrescente para a Feira de Castro 2008

Escrito por pulanito @ outubro 22, 2007   7 comentários

No Rescaldo da Feira de Castro 2007

Panorâmica da feira

São famosas as moscas da Feira de Castro. Este ano vieram as habituais, outras tantas e muitas mais, o que fez com que este ano a mosca em demasia fosse um dos temas de conversa mais ouvidos.
A Feira de Castro é como sempre, desde sempre, um feira molhada, sofrida, de ponta de pau gasto e borda do cu ardendo, mas este ano, ao contrário de todos os outros, estava um calor de rachar, o que fez com que a rapaziada não lustrasse a sua bota de feirar, já que o tempo estava mais para chinelar que outra coisa.
Mesmo sem a presença da fatídica ASAE (pelo menos no sábado) notava-se em cada feirante um ar vigilante, pesaroso, amedrontado pela possível carga leofilizante em que nos quer embrulhar esta nova brigada dos costumes.
Voltei a encontrar as caras do costume embora um ano mais maduras, e outras na lotaria dos encontros em que esta feira é fértil, que não via há mais de dez, vinte e até trinta anos, sendo esta é uma das atracções deste encontro de alentejanos.
Rua acima, rua abaixo, continuavam-se a mercar os produtos que fizeram desta feira um dos maiores acontecimentos da marca Alentejo a cada terceiro fim-de-semana do mês de Outubro de cada ano.
Lá estavam os figos secos ou com amêndoa, outros ainda esculpidos em forma de galinha em cestinho a condizer, não faltando as pirâmides de nozes, amêndoa ou a bela castanha de Mochique ou até de Marvão.
Não podiam faltar os famosos enchidos alentejanos, os queijos ou o toucinho com mais de quatro dedos de altura.
Os famosos doces folhados de Castro Verde aquando do meu regresso do recinto da feira, já tinham desaparecido, o que me deu a entender que as boleiras de Castro terão um longo trabalho noite adentro.
Cadeiras, mochos e bancos, cestaria de vime ou de palha, vassouras, bengalas e cajados lá estavam a marcar a sua ancestral posição. Numa destas barracas namorei uma gorpelha, talvez lá volte amanhã a resgatá-la.
Na tenda das árvores sou aconselhado a não adquirir uma romãzeira neste tempo, já que o calor que se faz sentir não vaticina um bom augúrio.
Um pouco mais acima uma feirante de microfone preso ao pescoço e coberto com um lenço, debitava as maravilhas da verdadeira pomada da gibóia que curava tudo, desde diabetes a reumatismos, males de coluna e enxaquecas passando pela falta de apetite e até problemas de próstata e seus derivados, enfim um verdadeiro a milagre por apenas 5 euros.
No regresso comprei rábanos, gamboas e pêros; feirei ainda amêndoas em forma de estrela e castanhas. Desta vez não comprei facas nem barros, mas amanhã ainda é dia de me perder.
Decerto resgatarei a minha gorpelha (embora não saiba o que com ela fazer) mas ficará muito bem num sítio qualquer da minha imaginação.

As fotos vêm mais logo....

Escrito por pulanito @ outubro 22, 2007   2 comentários

segunda-feira, outubro 08, 2007

Feira de Castro no Inicio do Século XX

Um rio de maralha que se encaminha para a feira.

A 19,20 e 21 de Outubro terá lugar mais uma Feira de Castro.

Já escrevi e fotografei de tanto ângulo este evento anual que corro o risco de me repetir.

A contagem decrescente começa-se logo a fazer assim que a época balnear termina, não sendo difícil de encontrar alentejanos a marcarem novos encontros que tenham por pano de fundo esta multisecular tradição que dá pelo nome de Feira de Castro.

Agora que a feira se engalanou, onde o espaço em que esta decorre ganhou outra dignidade sem perder pinga da anárquica compostura a que nos habituou ao longo dos anos, faz deste fim-de-semana de Outubro um dos mais desejados do ano.

Podia aqui falar-vos do que aqui se pode encontrar. Dos produtos que permaneceram ao longo dos tempos como os figos, nozes e pêros do Algarve, ou dos novos feirantes de várias raças e credos que trazem até nós os produtos das suas longínquas proveniências.

Podia falar-vos das atracções que foram desaparecendo; umas com o tempo, outras por via de disposições legais, mas hoje prefiro deixar-vos com um texto do início do século XX, para que possam verificar, que nós mudámos muito mais que a própria feira.

Uma velhota, dobrada pelos annos e de cabellos alvos, rosto comprido e enrugado, saia e casaco cós de pinhão, já no fio, e chapéu sobre o lenço, uma dessas velhinhas que só o Alemtejo ainda conserva como relíquias, apreça uma arca de ferrolho batido, talvez para guardar um bragal de linho grosseiro – único bem que legará aos seus.

Um casal da região, typos do sul, deixando transparecer meia abastança, conduz pela arreata o macho – de ceirões de esparto, retesados pela carga, jaez á alentejana e colcha de Santa Clara, azul ferrête, a cobrir lhe a garupa – que das bandas d’ Almodôvar, os trouxe a feira.

Sob um toldo de grossaria usado, que duas ripas de pinho só por milagre mantêem de pé, instalou-se com o fito de atrair mais farta concorrência, a loja improvisada dum barbeiro local.

Dois caixotes cobertos de toalhas, em ar de mesas, e duas cadeiras de tábua, já carunchosas, constituem todo o mobiliário do estabelecimento, junto do qual larga clientela, por escanhoar, aguarda pacientemente vez.

Mais além junto ao gado, um moiral tem em respeito uma manada de novilhos inquietos – o corpo curvado sobre o boeiro de azinho, a tez queimada pelos soes ardentes dos estios, calça de burel, samarra e safões de pelle de ovelha, polainas de coiro, estamenha ao hombro e enorme chapelão preto, de abas reviradas, desbotado pelo tempo.

À feira de Castro nos só concorrem os produtos regionaes mass egualmente os de todo o Alemtejo e do Algarve:

São chocalhos das Alcáçovas de todos os tamanhos, cujo som quebra o slencio dos valles de pastagem; trempes; grelhas; tenazes; ferrolhos; aldavras e toda a sorte de ferragens forjadas, ainda em voga, de mistura com relhas, sacholas, roçadorias e outros instrumentos de lavoira.

Á sombra da lona das barracas arreios à alemtejana , enfeitados com cores berrantes; xaireis de pelle de cabra ou de raposa; estribos de nogueira, chapeados de latão; loiçaria de cobre e de arame, com seus tachos enormes, para as migas dos ganhões, cafeteiras estanhadas, brazieiras e candieiros de três bicos.

Mais além, o mobiliário de Évora, affirmando a arte espontânea dos pintores cadeireiros e o de Monchique, de bom castanho, com uma infinidade de arcas, mesas, portas, cantareiras, taboleiros e taboas de tender.

A um canto da feira, a loiça, a loiça de barro vermelho de Beringel, mostrando as formas airosas das quartas, infusas, tigellas e cangiroes, e os potes e tarefas pèsgadas, de Reguengos, em que se curtem azeitonas e se guarda o porco de salmoira.

Alinhadas nas ruelas mais movimentadas, as tecedeiras procuram compradores ás mantas – estamenhas, de riscas brancas que usam os moiraes e os ajudas, e os alforges rebordados de baeta vermelha ou carmezim.

Aqui e alli cestões enormes de vime, carregados de romãs, nozes, castanhas de Portalegre, peros e maçãs de espelho.

Em alegre mostruário regional, o Algarve exhibe também os seus productos: cordoaria de esparto, esteiras e alcofas de pama, ceirinhas pintadas e bordadas, figo, amêndoa e alfarroba.

Um violeiro de Beja dá os últimos retoques numa viola em forma de 8, do typo baixo-alemtejano , feita para acompanhar tristes canções do sul, enquanto uma velhota curvada sobre o sacco de estopa, verde cardo para coalho, ainda com o cheiro intenso a mato.

Abafados pela vozearia, mal se ouvem os pregões das vendedeiras ambulantes e o grito estridente d’um rapazito:

Oh freguez, merca pão!

Quem merca pão?!

Já de volta, campina fora breve se apagam os últimos vestígios da feira. Na charneca, ao cair dessa tarde de outumno, tudo é quietação e recolhimento…

D. Sebastião Pessanha

Novembro de 1914

PS: Tentarei fazer uma reportagem fotográfica da feira, abusando da imagem e poupando nas palavras, para contrariar o meu estilo habitual.

Escrito por pulanito @ outubro 08, 2007   6 comentários

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