quarta-feira, março 28, 2007

Ala dos Namorados canta Sam The kid

Para quem não viu no passado Domingo o Gato fedorento aqui fica o momento musical em forma de desafio que foi lançado à Ala dos Namorados. Cantar uma letra do Sam The Kid, vestindo-a com outra roupagem musical, por sinal de muito bom gosto.
A letra é um bocado escabrosa (guarras), mas como o Samuel não se coíbe de dar a sua opinião em forma de verso aqui fica esta curiosidade, quase objecto de colecção para alguns seguidores do Samuel.

Escrito por pulanito @ março 28, 2007   2 comentários

terça-feira, março 27, 2007

Ritz Club




Tinha-me mirado e remirado vezes sem conta ao espelho, na expectativa de ver reflectida a imagem que há muito interiorizara.
A franja caída sobre os olhos, a tês franzida, a gola do casaco levantada mais o cigarro estrategicamente colocado ao canto da boca conferiam-me um ar suficientemente adulto de modo a ludibriar o porteiro do Ritz Club, e finalmente subir aquele lance de escada que me havia de catapultar para um mundo de fadistas, chulos e putas no que se refere ao género humano, e chouriço assado, bacalhau à brás e whisky marado no respeitante aos comes e bebes.
Apesar da notória decadência o Ritz era um ex-libris de Lisboa. Quando se galgava aquela escadaria, encontrávamos à direita o barbeiro que zelava pelo aspecto dos proxenetas que faziam bicha pró penteado, e à direita o restaurante e casa de fados, onde coabitavam as piores vozes de Lisboa e o melhor bacalhau à Brás da cidade branca.
Mais um lance de escadas e abriam-se as portas do paraíso. Para quem até ali só ouvira descrições verbais daquele espaço, estar ali e apreciar ao vivo e a cores aquela inebriante atmosfera de músicos, garçons, otários e prostitutas era qualquer coisa de alucinante.
Os 10$00 da entrada davam direito a duas cervejas Sagres de meio litro - rara embalagem para a época - que o empregado depositava na mesa de uma só vez.

O velho ritz- foto "surripiada" de ritzclube.spaces.live.com

Sentados estrategicamente a um canto esperávamos pelo espectáculo de palco, já que o outro que desenrolava na sala, era por nós consumido avidamente sem que dele perdêssemos pitada.
O fabuloso Conjunto "Mitra"foto "surripiada" de ritzclube.spaces.live.com

Na pista de baile entre boleros e tangos tocados pela orquestra residente, logo baptizada por nós de “Conjunto Mitra” devido à avançada idade dos seus componentes , evoluíam mulheres de mau porte dançando com embriagados provincianos de patilha, que dali a pouco num qualquer cubículo de pensão manhosa com águas correntes quentes e frias, haveriam de largar nota da grossa, a troco de céleres prazeres carnais.
Depois de terminada a série dançante e segundo o amarelecido cardápio do espectáculo, haveríamos de assistir ainda ao casal de velhotes (cujos nomes se me varreram da memória), mas que fizeram rir gerações com rápidos números de teatro revisteiro na linha dos sketches do Zéquinha e da Lélé a anteceder o momento da noite, de que vezes sem conta, ouvíramos falar e que, finalmente iríamos presenciar: o strip tease de Miss Kelly!
Quando Miss Kelly pisava as tábuas do velho Ritz, todos os olhos se dirigiam para o foco de luz branca que insidia sobre as adivinhadas formas roliças que se escondiam por debaixo do longo vestido de lantejoulas cintilantes.
O pianista do “ Conjunto Mitra” acompanhado pelo contrabaixista, ilustravam o momento com acordes a propósito, enquanto Miss Kelly dirigia lânguidos olhares à assistência, ao mesmo tempo que puxava lentamente com os dentes, um a um, os dedos da luva que lhe chegava ao antebraço e que simulava atirar para a assistência.
A tensão crescia à medida que esta se desfazia dos adereços com movimentos estudados e mil vezes repetidos.
Quando Miss Kelly se voltava de costas e fazia correr lentamente o fecho último, qual porta que se escancarava para a paisagem corporal pressentida. Havia na sala um instante em que a respiração ficava suspensa à espera daquele momento único, e para nós primeiro, em que um atónito olhar juvenil percorria a geografia física de uma mulher adulta, que iria marcar a passagem da idade da penugem, para o clube dos fala grossa.
Depois de franqueadas as portas do Ritz, havíamos de ali passar muitas das nossas jovens vidas. Tantas, que quase nos tornámos mobília. Tantas, que assistimos ao desaparecimento do velhote comediante e ainda ao de dois músicos do “ Conjunto Mitra”. Tantas, que assistimos à ascensão e queda do mito Miss Kelly, cujo corpo sulcado pelo álcool e pelo tempo, haveria de arrastar até à exaustão pelo tabuado do velho Ritz.


Publicado no Jornal O Campo 2002

Escrito por pulanito @ março 27, 2007   3 comentários

sexta-feira, março 23, 2007

Cine Texas

O barulho ensurdecedor que jorrava do altifalante da velha Bedford anunciando as películas para o fim-de-semana, não deixava ninguém descansar depois das nove da manhã obrigando-nos a absorver a informação emanada pelos altíssimos decibéis.

“ Hoje, sábado não perca o espectacular filme de acção, que fez carreira no S. Jorge durante 14 semanas a fio. Com os extraordinários actores Richarde Burtão e Elizabete Táilór. Suáré às 22.00 e amanhã domingo mátiné pelas 16.00 . Não perca…” e lá se perdia no voltar de uma curva apertada, informando e atordoando ao mesmo tempo os habitantes dessas zonas, que não raras vezes, apareciam à janela praguejando contra quem quer que fosse que dirigia aquela curiosa e maldita viatura, já de si, motivo de admiração por onde passasse, não só pelo ruído que produzia, mas também pelos cartazes nela expostos.
O certo é que, quer fosse ao Sábado ou ao Domingo, o cinema estava sempre repleto.
O cinema de que vos falo, chamava-se Cine Texas e foi na minha adolescência o meu cinema paraíso.
Situado numa zona periférica de Lisboa (Galinheiras), este barracão de chapa zincada marcou a minha cinéfilomania. Não raras vezes dou comigo a relembrar os filmes que passavam na tela, muitas das vezes, menos importantes que aqueles que passavam na sala.
Ir ao cinema e a fita parar a meio porque a lâmpada se fundia, porque a fita se cortava, ou ainda porque era necessário acender as luzes para aquietar a pancadaria que por norma começava na geral, atravessava a plateia continuava pelo balcão e só terminava com a intervenção da polícia ou com a ameaça do dono em não continuar a projecção caso a zaragata não terminasse, era o pão nosso de cada sessão.
Os bilhetes custavam quatro, cinco e seis escudos, exactamente pela mesma ordem com que a bordoada começava.
Quando o dinheiro era “ justo”, lá tinha que alinhar na geral. Umas tábuas corridas mesmo por baixo do ecrã, que fazia com víssemos o filme de um ângulo disforme e que, saíssemos de lá com um torcicolo no pescoço devido à quase perpendicular posição em que ficávamos sentados.
Invariavelmente, quando tal acontecia tocava-me ficar sentado perto ou ao lado do Chico Seis Dedos, engraxador de profissão e mentiroso por vocação. Era tão intrujão que ninguém acreditava nele, mesmo quando simplesmente dizia: “Bom Dia”., toda a gente olhava para o céu para se certificar.
Da inúmera família só o Chico é que sabia ler. Quando ia ao cinema com os irmãos, tinha por hábito ler as legendas em voz alta para que melhor pudessem acompanhar a película, ao mesmo tempo que azucrinava a cabeça de toda a assistência com tal ladainha, sendo este um dos motivos porque começava o espalhafato habitual, de que eu não perdia pitada.
“ Lá em casa a Maria é que paga” ouvia-se do balcão, aquando duma cena mais ousada ou mesmo durante um beijo arrebatado, que na época era o mais arrojado a que podíamos assistir.
Foi aqui, no Cine Texas, que me apaixonei por Romy Schnneider. Jamais faltei a uma fita em que participasse. Foi o filme “ A Piscina “ que fez despertar em mim esse terramoto de emoções que atormentava a minha juvenil existência, em simultâneo com a batalha contra o acne e a dos os pêlos da cara que teimam em não romper a derme, e para compor o ramalhete, as crises de ciúme do Alain Delon, foram ao tempo, as minhas maiores preocupações.
Romeu e Julieta passou no Cine Texas mais vezes que o próprio Trinitã – O Cowboy Insolente; tantas vezes, que um espectador assíduo conhecedor duma cena de suspense em que na sala e na tela o silêncio imperava; quando Romeu fazia menção de se voltar , costumava na altura em que tal devia acontecer, gritar o nome do protagonista, a que este respondia com um movimento que parecia olhar a plateia, procurando descortinar de onde vinha aquele chamamento, o que provocava na assistência um ataque geral de riso.
Nos dias de invernia, quando a chuva caía desamparada dos céus, batia nas chapas de zinco provocando tal barulheira que não deixava ouvir o que se passava na tela, o que era para mim um prazer redobrado.
De Inverno ou noutra qualquer estação, os espectáculos no Cine Texas tinham sempre dois intervalos. Um, depois das notícias censuradas e requentadas, comentadas umas vezes por Fernando Pessa outras por Pedro Moutinho, sempre trazidas até nós pelos aviões da TAP, conforme faziam gala em anunciar; o outro a meio do filme, propriamente dito.
Quando chegavam os intervalos, entre esticas e “nógás”, disputavam-se grandes partidas de matrecos na barraca de jogos da Ti Xaxa, que só terminavam quando a ensurdecedora corneta nos avisava que era tempo de voltar a sonhar.
Nesta tradicional barraca de feira, as paredes eram revestidas de frases apelando à educação e ética desportiva. Uma delas tem-me acompanhado uma vida inteira.
“O verdadeiro vencedor, jamais se ri do vencido”.
Até podia ser nome de filme, cujo protagonista fosse a Romy Schnneider.
Até podia!!!

Publicado no jornal O Campo em 2002

Escrito por pulanito @ março 23, 2007   2 comentários

domingo, março 18, 2007

Os Bailes da Garagem do Tonito


Os episódios da minha juventude, não têm frondosos ulmeiros, choupos ou jacarandás. Não têm avós que nos sentam ao colo e nos contam intermináveis histórias cinzeladas pela patine do tempo, e que, transmitidas sabiamente, têm aquele não sei quê de magia secular, que indelevelmente nos marcam para a nossa existência.
Não têm menina de saia plissada, filha de merceeiro de bairro, que nos rouba beijos apressados, enquanto nos enche os bolsos de rebuçados de coco, na esperança de nos melar o coração.
Não têm, mas gostava que tivessem!
A minha juventude suburbana, semi-clandestina, para além de desinteressante, era feia, ranhosa e nojenta. O único pedaço de felicidade a que tínhamos acesso era consumido aos Domingos tarde dentro, nos famosos bailes da garagem do Tonito.
Era neste espaço desprovido do Opel Capitain , que decorriam as nossas aventuras dançantes de Domingo à tarde. A seguir ao almoço, o núcleo duro – eu, o Tonito, o Alfredo e o Luís – inventávamos a decoração do espaço.
Com panos, mantas, posters e o que demais houvesse ilustrávamos da melhor maneira que podíamos e sabíamos, o lugar onde mais pela tardinha haveríamos de passar o melhor pedaço da semana.
Haviam dois momentos importantes nestas matinés dançantes: a chegada do gado fémeo e a montagem do gira-discos.
O gira-discos era uma daquelas pastas de executivo – marca Colt – de onde saíam duas pequenas colunas de som, que haveriam de alimentar o vespertino ambiente sonoro com vozes que ao tempo faziam furor. O cardápio musical era amplo e democrático. Desde Beatles, Stones ou Credence Clearwater Revival, passando pelos ídolos brasileiros de então, Nelson Ned, Nilton César e o insuperável Roberto Carlos. Mas a música tocada e repetida vezes sem conta era mesmo o “Je t’aime, moi non plus” na “voz de cama” da Jane Birkin, disco que havia sido proibido, só que: depois de toda a gente o já ter adquirido.
Com a chegada do género contrário, criava-se outro momento, ora de júbilo ou de tristeza, conforme fossem as expectativas criadas em relação à presença ou não, da pessoa desejada.
Pessoalmente, passei um bocado ao lado destas expectações. Não sei se pelos meus 48 Quilos, se pelo que sempre fiquei a dever à beleza ou pela minha timidez natural. Um facto é certo. A mim, tocava-me sempre o papel de discjokey, se é que me faço entender.
Enquanto os meus companheiros se entretinham em estrafegos dançantes, onde hormonas e testosterona tinham um papel mais que importante, eu, entretinha-me a mudar os discos e a observar comportamentos.
Quando a coisa ganhava proporções que o pai do Tonito não haveria de gostar – qual Diácono Remédios – eu, mudava a música para uma coisa mais dançante e menos bafejo-rastejante.
Invariavelmente, escolhia o grupo chamado The Archies, que tinham um sucesso chamado - Sugar, Sugar - que para além de convidar à dança, servia para me divertir com um dos cromos femininos que por lá aparecia e que todos conhecíamos por “ funfenhanha” devido à deficiência profundamente anasalada da sua fala.
Quando se tocava esta música, a nossa amiga insistia em cantá-la a plenos pulmões, o que resultava muito engraçado. Era para mim o momento mais alto da tarde, exceptuando os Domingos em que a Luísa aparecia por lá para se pavonear e propositadamente não me prestar atenção.
A Luísa armava-se em importante por ter um emprego numa “boutique” do Apolo 70 - um dos primeiros centros comerciais de Lisboa – e como conseguia desviar umas roupinhas aparecia sempre muito produzida, logo muito cobiçada.
Esta minha paixão impossível, fez-me seguir-lhe o percurso até aos dias de hoje. Soube que tem 4 filhos de 3 maridos diferentes, mas que agora vive só.
Quando a noite já era entrada e os nossos pais começavam a bradaria em nossa procura, terminava o único momento da semana avidamente vivido.
E num até Domingo anunciado, recuperávamo-nos para a nossa realidade suburbana, semi-clandestina que todos sonhávamos um dia abandonar.

publicado no Jornal " O Campo" em 2002

Escrito por pulanito @ março 18, 2007   2 comentários

quinta-feira, março 15, 2007

Esta Lisboa que eu Amo!

Pátio árabe - Casa do Alentejo

Como sempre e desde sempre, quando vou a Lisboa tenho que cumprir um solitário ritual. Ir à Baixa, meter pela Ruas das Portas de Santo Antão, beber um Eduardino no minúsculo estabelecimento a este licor dedicado e onde não cabem mais que meia dúzia de pessoas em pé, olhar o Rossio com olhos de ver, aspirar o perfume das castanhas assadas e sentir o pulsar daquela amalgama multicor que vai da negritude deambulante ao turista passageiro. Tudo isto enquanto engraxo os sapatos e escuto a opinião avalizada deste profissional do lustro que me deixa os sapatos como se fossem um espelho.
Esta operação é regra geral rematada com uma ginja (com elas) antes de me dirigir (quer eu queira ou não) à “ Casa do Alentejo”.
Existem lugares nesta cidade que exercem sobre mim um fascínio desconcertante e a “ Casa do Alentejo” é disso exemplo perfeito.
Aí entrar, é como para um muçulmano entrar na melhor das mesquitas, até porque, os traços árabes desta magnifica representante da pátria alentejana está cheia de referências que casam na perfeição com o exemplo encontrado.
Escrevo à mesa do restaurante cuja decoração é densamente povoada por azulejaria que preenche na totalidade as paredes até ao tecto. O motivo decorativo é a vida rural nos seus variados momentos, passando também por várias regiões. Um regalo para a vista enquanto não nos servem o repasto que se quer agora e sempre alentejano.
“ Facinhas de Porco com migas de batata” ou “Cação no Pote” são as sugestões do solícito empregado de mesa. Decido-me pelas “Facinhas” sabendo que estou a pecar, mas tudo o que sabe bem, ou engorda ou é pecado, por isso venha o diabo e escolha.
Já aqui vim outras vezes, diria mesmo dezenas senão centenas delas, mas foi em 1982 que aqui passei um bom bocado.
Aqui, neste espaço, decorreram parte das filmagens de uma obra ( que haveria de resultar num enorme fiasco de bilheteira) de seu nome “ To Catch a King” com Robert Wagner e Terry Gar como protagonistas e onde tive uma pequena participação como figurante no excitante mundo do cinema e logo numa produção com actores deste gabarito.
Nunca vi o filme, até que, graças á Internet o consegui localizar e adquirir, 25 anos depois de nele ter participado. Tudo isto me vem à memória enquanto petisco as entradas e passo cinematograficamente os olhos pelos convivas das outras mesas.
À minha frente um casal cinquentão de notória ascendência anglo-saxónica consulta o insubstituível guia das cidades da American Express. Com a ajuda deste, podem aqui degustar verdadeiras surpresas para o seu palato sem terem de partir á aventura do desconhecido. Quando viajo para cidades que não domino levo-o sempre comigo.
Mais á esquerda três holandesas encalhadas, mergulham nos prazeres da cozinha alentejana, ao mesmo tempo que (primeiro o branco e depois o tinto) as fazem gargalhar cada vez mais alto. Olham para mim como se adivinhassem que escrevo sobre elas, mas a minha preocupação neste momento vai inteirinha para o meu queijo curado que acompanho com um tinto bastante aceitável que me deixa de olhos fixados neste minúsculo bloco onde escrevinho estas baboseiras.
Ao meu lado sentam-se agora dois tipos com pinta de apaniguados do regime, seja ele qual for.Há gajos assim, jogam sempre a meio campo, nada de ataque nem defesa excessiva.
Discutem o menu e a seguir discutirão as doenças, penso eu!
Engano-me redondamente. São dois velhos amigos. Um vive na cidade mas é oriundo da mesma aldeia que o outro sentado á sua frente e que ainda lá vive.
O eterno desbloqueador de conversa “ pois é!” é repetido quatro ou cinco vezes, mas esta faísca que deveria fazer arrancar o motor da "palheta" não resulta porque o aldeão da aldeia continua mudo e quedo mas não desinteressado, até porque os seus olhos também vagueiam pela beleza deste singular espaço o que lhe provoca o seu quê de admiração.
A conversa finalmente arranca e os dois lá continuaram a desbobinar memórias que só a eles dizem respeito.
Quando saio do espaço do restaurante gosto sempre de dar uma volta pelo resto deste palácio que está aberto a quem o quiser visitar e dele usufruir nas múltiplas actividades que aqui se organizam e que seria fastidioso enumerar.
Ao descer a majestosa escadaria lembro-me do saudoso Manuel Geraldo, prestigiado jornalista alentejano que conheci nesta casa e que soube haver desaparecido recentemente.
O ar fresco da rua, devolve-me de novo a Lisboa, a esta Lisboa que eu amo.

Escrito por pulanito @ março 15, 2007   4 comentários

terça-feira, março 06, 2007

Absolutamente Fabuloso


Passei no Mokuna para ver as novidades e encontrei este magnifico video. Bem sei que são 8 minutos, mas são 8 extraordinários minutos que recomendo a todos que por aqui passarem.
É fundamental que vejam até ao fim e depois digam qualquer coisa.

Escrito por pulanito @ março 06, 2007   6 comentários

segunda-feira, março 05, 2007

Ponto de Encontro no Pulanito

Aleksandra Parkaceva
Pronto, a minha teoria da coincidência caiu por terra, mas não deixa de ser interessante que aqui o Pulanito tenha servido de Ponto de Encontro para esta família desencontrada.
A história conta-ma a Aleksandra Parkaceva desde Scópia na Macedónia. Como terão reparado parte da história já vo.la contei aqui no post abaixo, como agora tenho mais detalhes, aqui ficam eles na pessoa de quem despoletou este extraordinário acontecimento.

Nem sei como contar-vos esta interessante história. Eu e a minha família procuramos a minha tia Jelena vai para 5 anos. Quando a minha tia chegou a Portugal enviou-nos um bilhete-postal com a sua nova morada, mas infelizmente esse postal desapareceu. Primeiro ligámos à embaixada portuguesa em Belgrado ao que nos responderam que deveríamos contactar a embaixada servia em Portugal, o que fizemos, mas mais uma vez não fomos felizes na nossa tentativa, visto não nos poderem ajudar. Ficámos deveras desiludidos, mas nunca perdemos a esperança de a voltar a encontrar. Por fim, na semana passada, eu e o meu pai descobrimos o seu blog e de repente fez-se luz. Não tenho palavras para lhe agradecer, o resto já você sabe.
Quando pus a mensagem aconteceu uma coisa surpreendente, ela respondeu de imediato, quase ao mesmo tempo, o que nos deixou ainda mais surpresos.
Finalmente encontrei a minha tia…muito obrigado

Bem, afinal a mancha na parede nada teve a ver com este feliz reencontro, mas resta-me dizer que a mancha estava afinal coberta com um quadro que há muito “namorara” em casa da Jelena Dorosev e que ela fez o favor de me oferecer. Mal sabia ela que a referência a esse quadro que fiz na Internet lhe haveria de trazer a família de volta.
Fico particularmente feliz por afinal ter sido a ponta de um novelo que estava difícil de desenrolar.
Que sejam muito felizes!
A família Parkacev

Escrito por pulanito @ março 05, 2007   3 comentários

Teoria da Coincidência

No passado Sábado – 3 de Março – assim pelas 18.15 resolvi dar uma vista de olhos no e-mail, reparei de imediato que tinha uma mensagem que acabara de chegar via gmail.
Pus-me a ler a mensagem e pensei que era uma brincadeira, liguei para a pessoa a quem esta era dirigida e esta confirmou o teor da mensagem de que faço copy- paste para que possam seguir o meu raciocínio.

Hi, I am from Macedonia and I want to help me to find my aunt Jelena Dorosev. My father is despair, because he is looking for my aunt almost 5 years. I know that she is living in Portugal and that she is a painter.If you have some information for my aunt Jelena Dorosev please write me to sandrickap@gmail.com.Best regards from Macedónia.
Traduzindo: Olá, sou da Macedónia e gostaria que me ajudasses a encontrar a minha tia Jelena Dorosev. O meu pai está desesperado porque anda à procura dela há quase 5 anos. Sei que ela vive em Portugal e que é pintora. Se tiveres alguma informação por favor deixa-me mensagem no seguinte endereço.
É claro que conheço a Jelena Dorosev há muitos anos, sendo que esta artista é amiga da casa desde que chegou a Portugal. O curioso desta história (de que ainda não sei todos os pormenores porque a Sandra sua sobrinha ainda não me respondeu) é que ela envia para este único blog um pedido de ajuda.
Recebi este mail às 18.07 e ás 18.20 já a Jelena sabia desta busca por parte de familiares seus, se atentarmos que alguém na Macedónia envia uma mensagem para um blog à procura de alguém que tem procurado por outros meios e não tem conseguido, convenhamos que é uma coincidência e peras, assim ao nível de prémio chorudo na lotaria.
Para alimentar esta questão surgiram entretanto uns quantos factos curiosos que passo a partilhar, mas a que o meu cepticismo chama de pura e feliz casualidade.
O pedido que a Sandra envia da Macedónia não está nos últimos posts publicados mas sim noutro publicado em Novembro que dá pelo nome de “ Solução da Foto Surreal” que alguns dos leitores do Pulanito bem se lembrarão, até porque se tratava de um desafio aqui lançado na tentativa de descobrir o que aquela imagem sugeria.
Pensei para com os meus botões, porque raio havia aquela pessoa que não compreende português de escolher aquele post para colocar a mensagem de que obteve tão rápida e feliz resposta. A verdade é que para além do famoso tiro no escuro, não vislumbrava qualquer outra teoria.
No Domingo (04-03) fui com a Natália e a Celeste (os outro borregaram todos) fazer uma caminhada e a dado momento conto-lhe o que aconteceu. Resposta de Celeste: tenho andado para te dizer, mas aquela mancha na parede que tinhas lá no Alentejo quando ganha a forma de cara humana o nome que me vinha á cabeça era o da Jelena Dorosev, não sei se pelas feições ou pelas formas terem algo a ver com o seu trabalho.
Bem, aqui temos mais umas achas para esta fogueira que pensei já estivesse extinta, mas eis senão, quando de repente, qual fénix renascendo das cinzas lá vem a tal “ foto surreal” arranjar-nos motivo para mais esta teoria da coincidência que requer resposta e foto da Sandra de modo a que possamos acrescentar, deslindar ou simplesmente terminar de vez com este lado esotérico aqui pelas bandas do Pulanito.
Uma coisa é certa: Sandra e família já concerteza falaram com a Jelena e esse reencontro telefónico de que ainda não tenho eco, foi uma realidade, vamos lá a ver se a “ Nossa Senhora da Parede” teve alguma intervenção divina neste processo.
É só aguardar os próximos desenvolvimentos.

Escrito por pulanito @ março 05, 2007   3 comentários

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