O Mais Lúcido Discurso

Discurso de um soldado americano, (vejam antes que o vídeo seja banido da net.) O soldado apareceu morto 2 dias depois do discurso, a autópsia revelou ter sido um ataque cardíaco ( depois de um discurso destes, é difícil acreditar em ataque cardíaco. A menos que tenha sido provocado... não seria de estranhar!

Vale a pena...

MC Snake - Para que Não Seja Esquecido

Volto hoje aqui a um tema, que aquando do seu nefasto desenlace, resultou na morte de um jovem que por acaso era meu amigo e que à altura da sua morte, para além do irremediável acto, ainda foi “apedrejado” na praça pública, nesses fóruns da Internet, onde a coberto do anonimato, a cobardia ganha protagonismo e se vomitam alarvidades, ódios, opiniões, considerações e demais escarros, sempre ao abrigo do “corajoso” anonimato.
Na altura da sua morte, Nuno Rodrigues (Snake) foi acusado de não ter parado numa operação STOP, e por tal haver sido perseguido e morto, não sem que, logo ali se levantassem muitas suspeitas em relação ao irracional acto praticado pelas forças policiais.
Por essa altura nos fóruns dos jornais e outros, nove de cada dez comentários diziam que o Nuno tinha tido o que merecia. Se não tinha parado na operação era porque tinha algo a esconder. Que a policia só tinha feito e bem o seu trabalho. Que esses pretos deviam era ir todos para a terra deles, como se o Nuno não tivesse sido nado e criado por cá!
Isto tudo com o conforto da distância e da certeza, que tais barbaridades só acontecem aos outros. Nunca aos nossos filhos, pais, irmãos ou mesmo amigos ou simplesmente conhecidos.
Enfim, foram dias de verborreia em que se destilaram ódios, que para um país de brandos costumes, o que me era dado a ler, era tudo menos brando, era antes pelo contrário o sentimento de um país egoísta, inculto, xenófobo e acima de tudo…cobarde.
Escrevo estas linhas hoje, porque li no Correio da Manhã que afinal, o Nuno não foi mandado parar em nenhuma operação Stop, fez uma inversão de marcha a pelo menos cem metros da dita, o que me parece não ser proibido (e mesmo se fosse, a multa nunca seria paga com a própria vida), tinha a carta de condução em dia, não tinha álcool nem drogas tanto no carro como no corpo.
Quando vi o carro e local que a bala perfurou, o trajecto que esta percorreu notava-se a olho nu que a bala tinha feito uma trajectória ascendente, nunca podendo ter sido feita em perseguição conforme foi avançado na altura.
Soube-se agora que afinal, o policia mentiu à PJ dizendo que a arma se havia disparado acidentalmente quando ia em corrida atrás do Lancia Y10 que o Nuno conduzia, e que apenas o primeiro tiro vários segundos antes havia sido intencional.
A versão do sistema de gravação do 112 com dois tiros seguidos, ou seja revelando uma nítida e clara intenção de parar a qualquer preço o condutor daquele veículo.
Está mais que provado, que o Nuno não devia de ter morrido naquela noite, mas mesmo assim, ao ser confrontado com os comentários a esta noticia na Internet, a mesma “grunhagem” anónima, continua a dar razão à policia, como se de um lado da barricada só houvessem demónios e do outro apenas anjinhos.
Com as irrefutáveis provas de que a força besta foi usada pelo agente de serviço e que terá o julgamento que merece, preocupa-me a outra “bestialidade” comentária de um significativo número de energúmenos que verborreiam ódios sem apelo nem agravo, mas sempre a coberto do quentinho do anonimato.
Se houver justiça, o nome do Nuno será reabilitado apesar de todos os pesares!

O Segredo de Miguel Zuzarte

Entradas foi um dos locais escolhidos pela “HOP! – Henrique Oliveira Produções” – para as filmagens de “O Segredo de Miguel Zuzarte”, uma mini-série histórica, com o formato de dois episódios de 50 minutos cada, a ser exibida durante o quarto trimestre de 2010, em horário nobre, na RTP, no âmbito das Comemorações do Centenário da Implantação da República.

As gravações vão decorrer entre os dias 6 e 27 de Julho, em Entradas, local que o realizador, Henrique Oliveira, considerou ideal para a realização das filmagens, não só pela “beleza natural de uma típica vila alentejana ainda com traça antiga, como também pela paisagem circundante e geografia da própria vila, paisagisticamente marcada pela perspectiva elevada da Igreja Matriz.”

A maior parte das filmagens será, por isso, captada em Entradas, à excepção de uma ou outra que terá lugar na Taberna do João das Cabeças, em Castro Verde.

Silva O Sentinela

Ouvi este magnífico poeta o ano passado no concurso de Poetry Slam, levado a cabo pelo Music Box no âmbito do primeiro Festival Silêncio. Estava com o meu filho Samuel e ficámos de imediato com a sensação que estávamos na presença de um poeta de alto calibre. Passados uns tempos reparei que o Silva já tinha este vídeo ( por sinal excelentemente realizado), depois soube que fazia parte do colectivo Social Smokers, uma banda que entorna, esbanja, derrama génio em cada uma das suas apresentações.
Tive a felicidade de nas duas últimas apresentações ter sido por eles convidado a participar no seu espectáculo, coisa que fiz com especial agrado.
Alex Cortez, músico, arquitecto, empresário é o mentor deste inovador projecto que reúne para além destes dois nomes o saxofonista José Lencastre e os poetas performers Biru e ainda Jorge Vaz Nande.
Sei que depois do Verão estará aí o disco de estreia e depois seguir-se-á a inevitável digressão pelo país levando a poesia, a música e o vídeo interligados em perfeita simbiose, que será, para aqueles que nunca assistiram a um espectáculo dentro deste conceito, uma verdadeira pedrada no charco.
Pela minha parte, e caso volte por eles a ser convidado, terei todo o gosto em com eles participar.
No espectáculo de ontem, que foi também o dia da morte de José Saramago esse vulto maior da literatura portuguesa, actuaram todos os mencionados e ainda a poeta Ana Reis que interpretou dois temas absolutamente arrebatadores.

Começa Hoje o Festival Silêncio 2010

Começa hoje em Lisboa a segunda edição do Festival Silêncio com a participação de reconhecidas figuras nacionais e internacionais que fazem da palavra escrita ou dita o seu ganha-pão.

Espectáculos, workshops, debates e masterclasses são o grosso do programa do Festival Silêncio! 2010, que decorre em Lisboa, a partir desta quarta-feira até dia 26. Lisboa «volta a ser a capital da palavra», promete a organização, que anunciou «nomes incontornáveis da literatura e spoken word, nacional e internacional», convidados como Saul Williams, Ursula Rucker, João Peste, J.p. Simões, Mathias Enard, Alberto Manguel, Pedro Tamen e José Luís Peixoto.

O objectivo é o de dar a conhecer «novas criações artísticas e novas tendências urbanas em torno da palavra dita», sob a forma de concertos, leituras encenadas, conferências, lançamentos de livros e de audiolivros, poetry slam, spoken word e «espectáculos transversais, que cruzam música, vídeo e poesia».

O Musicbox Lisboa, o Instituto Franco-Português (IFP), o Goethe-Institut Portugal, o Teatro Maria Matos e o Cinema Nimas acolherão músicos, actores, jornalistas, realizadores e escritores portugueses e estrangeiros.

Entre as novidades conta-se a rubrica «Conversas do Silêncio», no IFP, encontro em palco entre grandes escritores num ambiente intimista e informal que pretende dar a conhecer a obra destes autores. Outra novidade é a mostra de filmes em torno da palavra, em parceria com o «Zebra», festival internacional de Poetry Film de Berlim. Vão regressar rubricas como o «Jardim dos Sons» (Goethe-Institut), com o lançamento de audiolivros, acompanhado de leituras encenadas e apresentações de peças radiofónicas e espectáculos de poesia sonora.

Saul Williams vai proferir uma masterclass na Faculdade de Letras sobre spoken Word e a escritora e contadora de histórias francesa Muriel Bloch debruçar-se-á sobre storytelling.
Finalmente, a nova rubrica «Silêncio Off» ocupará espaços alternativos com iniciativas lúdicas e de divulgação de novos projectos transversais de música, vídeo e poesia.

Pela minha parte, fui convidado pelos Social Smokers para com eles fazer uma performance de spoken word na próxima sexta-feira dia 18 de Junho. O evento terá lugar no Music Box em Lisboa pelas 23.30 horas.
Gostaria de ver entre a audiência algumas caras conhecidas, para tanto basta dirigirem-se a Lisboa e ao Cais do Sodré, e nesse nobilíssimo espaço, outrora poiso de marujos, proxenetas e prostitutas que dava pelo nome de Texas Bar.

Os Dias da Raiva e Algumas Clareiras de Felicidade

Não tenho aqui vindo com a assiduidade com que normalmente o faço. Motivo: muito trabalho e pouco (issímo) dinheiro. Para dizer a verdade estou mais do que farto daquilo que me dá de comer, mas tenho de gramar a pastilha.
Se fosse mais novo e com menos compromissos e preocupações, cagava-me nisto na hora e começava outra coisa, onde o entusiasmo fosse o carburante principal desse novo desiderato. Mas não! Agora tenho de medir as coisas e aguentar a “jarda” até ao dia em que o copo esteja completamente cheio e onde uma simples gota a mais na capacidade do dito, faça derramar todo o liquido de paciência que fui acumulando ao longo dos anos.
Na verdade estou completamente farto desta merda toda. Não consigo mais aturar políticos da treta que a única solução que encontram para debelar défices e outras asneiras, patranhas e demais artimanhas é assaltar o Zé pagante sempre com cândido discurso da justiça social e a distribuição igualitária dos recursos e porque não dos esforços.
Para além dos discursos bem palrantes dessa fauna enfarpelada que têm o deles assegurado até ao tutano, sinto-me também frustrado com muito do que me rodeia e, acima de tudo, estou aborrecido comigo por não conseguir dar um pontapé nisto tudo e recomeçar fresquinho noutro lado qualquer.


Bem! Não era nada disto que eu tinha em mente escrever, mas como foi assim de rajada, assim ficará. Isto para vos dizer; e agora falando de coisas que me dão prazer (e pouco ou nenhum dinheiro) vou estar esta noite – terça-feira, 15 de Junho de 2010, pelas 21,30 horas, na Biblioteca Municipal de Almodôvar apresentando o livro AO SUL, aos meus conterrâneos deste concelho vizinho.
Estarei acompanhado do Constantino Piçarra, director da biblioteca e esperamos que alguns almodovarenses se dignem aparecer a esta apresentação, que bem sei, ser mais das vezes uma seca, comparativamente à oferta ao dispor.
De qualquer maneira, aqui fica o convite para quem quiser aparecer , que goste de livros e ainda não tenha descoberto este AO SUL.

Já que estou com a mão na massa, também estarei na próxima sexta-feira no Music Box a convite dos Social Smokers e integrado no Festival Silêncio pelas 23,30 horas na actuação destes performers de poesia urbana e não só.
O convite é extensivo a quem quiser aparecer, já que o Festival Silêncio, vai na segunda edição e penso mesmo que veio para ficar, tendo mesmo dado azo a que no Music Box houvesse lugar à poesia dita pelo menos uma vez por mês.

Outra novidade. O Livro AO SUL vai estar disponível nas lojas FNAC de Lisboa e Algarve e ainda na FNAC On Line. Penso que algumas apresentações serão agendadas e a seu tempo aqui trarei noticias desses futuros eventos.

Pronto. Já descarreguei alguma da minha raiva e já vos dei a conhecer a minha agenda para os próximos dias, já ajudei uma velhinha a atravessar a passadeira, já parei na passagem para peões, já bebi o café e o sorriso da Valentina da bomba de gasolina, já me abstraí o quanto baste da minha diária amargura, já actualizei o blogue, já fiz a cagada matinal, portanto, já estou pronto para ver derramar em jogadas geniais muito do nosso orgulho num encharcado relvado da África do Sul.

Brutal Foto de Mariana Maria - A Marianita da Estação

No passado dia 28 de Maio aquando da apresentação do Ao Sul em Ourique, passei antes com a minha filha pela Estação de Ourique para que ela efectuasse uma entrevista à célebre Marianita da Estação, essa fabulosa mulher que tem um percurso de vida verdadeiramente peculiar e que foi objecto de duas crónicas no livro que por aí ando a divulgar. http://pulanito.blogspot.com/2007/09/mariana-da-estao-nossa-calamity-jane.html
Para ilustrar a sua reportagem, a minha filha Catarina fez umas quantas fotos tanto do espaço como da anfitriã e o resultado é este foto brutal que não resisto a partilhar com os leitores cá do Pulanito.

Zé Do Pedal Chegou a Joanesburbo.

Depois de 3049 horas a pedalar, chegou finalmente a Joanesburgo o nosso amigo Zé do Pedal.
Foram meses e meses de solidão, atravessando países e continentes, ultrapassando agruras e doenças, para no final ter a recompensa do dever cumprido.
Para fazer o que o Zé do Pedal alcançou é necessário mais do que sonhar. É precisa uma coragem e uma determinação que nunca encontrei em nenhum homem com que me tenha cruzado.
Fico feliz por num dia de Julho (ou Agosto) do ano passado, ter compartilhado com ele um dia da sua vida. Bebi avidamente do seu saber e recordo-me com grande nitidez as suas palavras e em especial a sua frase de despedida: “O Sol que derrete na estrada o alcatrão, é o mesmo Sol que nos aquece o coração”
Fico feliz por ele ter chegado são e salvo, e assim, ter cumprido mais uma gloriosa epopeia deste grande maluco do pedal.
Aqui voltarei um destes dias com post mais dedicado a este admirável brasileiro que guardo no coração como exemplo de tenacidade, e quando por vezes esmoreço por essas estradas de solidão, é a ele que vou buscar o exemplo de coragem para continuar.
Que sejas muito feliz por terras Sul-africanas e que o teu Brasil traga de lá o caneco e to dedique que tu bem mereces.

Apresentação do AO SUL em Ourique

Na passada sexta-feira (28-05) lá estive me Ourique apresentando o Ao Sul na nova biblioteca municipal Jorge Sampaio.
Os colaboradores da nova biblioteca bem como o meu amigo Vítor Encarnação foram inexcedíveis na divulgação do evento, que resultou, segundo a minha óptica, num bom momento de vivo interesse pela obra apresentada.
O Vítor, tinha algumas surpresas preparadas e, quando eu pensava, que a coisa seria assim um bocado para o seco, fui surpreendido com a leitura de uma das minhas crónicas pelo jovem Miguel, e ainda por uma animação musical em dois momentos distintos a cargo de três jovens Ouriquenses cujos nomes se me varreram.
Tivemos uma conversa interessante com os presentes, que não sendo muitos, eram os que chegavam para este tipo de divulgação.
O Vítor Encarnação para além de anfitrião, é um poeta e escritor de créditos firmados e que tem pelo Alentejo a mesma paixão que em mim reside.
É claro que estas coisas foram depois mastigadas ao som de uma excelente açorda de perdiz e à roda de uns jarros de vinho, combustível indispensável para quem quer soltar palavra atrás de palavra, assim como quem repovoa territórios de silêncio.
O meu obrigado aos presentes pela excelente tarde noite que me proporcionaram.
Entretanto a apresentação em Serpa foi adiada para data a anunciar.