ùltimos Treinos Antes da Partida Para Santiago.

Os bravos do pelotão

Neste passado fim-de-semana efectuei os últimos treinos antes da grande viagem anual que terá o seu epílogo ao quilómetro zero da Plaza del Obradoiro, praça esta, circundada pela magnífica catedral de Santiago.
Entre sair de minha casa ou de Faro, decidi este ano partir do Largo da Praia em Carvoeiro, local que penso fazer todo o sentido, afinal é o local que escolhi para viver há mais de 25 anos e que me recebeu como se um filho da terra se tratasse, por isso aqui fica a minha homenagem á minha terra de acolhimento.
No Sábado passado fui treinar com o João Matos. Apareceu em Entradas por volta das oito e meia num dia de brasa alentejana, daquela que deixa nas costas do ciclista a sua marca, recordando que isto ainda é o principio desse inferno chamado verão alentejano.
Decidimos ir dar a volta da barragem do Monte da Rocha, coisa para pouco mais de 90 km.
O João Matos está em forma e pedala forte o que faz com que eu tenha de me aplicar para o tentar acompanhar, o que só me faz bem, até porque as médias que temos feito juntos têm sido muito interessantes.
A coisa correu bem até havermos passado a barragem que faz referencia a esta volta e onde bebemos uma água de forma a recolocar no corpo os níveis hidratantes que esta actividade requer.
Passados uns quilómetros e já na estrada que liga este espelho de água a Ourique ouço um estalido, como se de um tiro se tratasse. Tinha-me rebentado o pneu traseiro. Recolocada nova câmara-de-ar esperámos que esta aguentasse até Entradas, mas não pedalei mais de 500 metros e zás...novo furo e nada mais havia a fazer.
O Matos prontificou-se a ir buscar o carro a Castro Verde e o meu treino por ali se ficou.
Fui andando a pé até Ourique e fui aí que fui apanhado pelo meu companheiro de viagem, que fez o favor de me levar até Entradas.
Reparei a bicicleta durante a tarde, até porque no Domingo havia passeata programada com a malta de Divor.
Levantei o cadáver da cama bastante cedo, até porque de carro de Entradas a Divor ainda é hora e meia de viagem.
Ainda não eram 8,30 da manhã e já aportava á porta do Bezica, lugar onde se reúne esta tropa ciclofandanga.
Reunidos os cadáveres, lá desatámos a pedalar direitos ao Vimieiro, depois, Aldeia do Cano, Sousel e umas dezenas de quilómetros à frente o nosso destino final; Cabeço de Vide. Foram uns 80 Km rolantes, com uma ou outra subida a puxar pelo cabedal.

António Piteira no seu estilo inconfundivel, desbastando alcatrão sabe-se lá a que velocidade!

Este foi o treino de combinação para Santiago. Joaquim Miguel durante o almoço fez o breffing e deu as coordenadas para o grande dia que se aproxima.
Maurício, mestre-de-cerimónias fúnebres e assuntos afins, chegou um pouco atrasado, mas mal chegou, pôs a mesa em polvorosa com o seu humor brejeiro.

A homenagem que o Mauricio presta ao seu falecido irmão e a todos os que suam as estopinhas em cima do selim duma bicicleta.

Soube no entrementes que a novíssima instalação artística em forma de bicicletas estilizadas colocada na rotunda do Manel da Gaita (de que o Maurício era irmão) tinha sido uma homenagem feita e custeada por este nosso amigo de forma a homenagear o seu irmão em particular e os ciclistas em geral, desporto este de que o Maurício é particular amante.

Curiosa maneira de indicar a casa de banho na Tasca do Piolho em Cabeço de Vide

Lá comemos um belíssimo bacalhau na Tasca do Piolho em Cabeço de Vide, combinando novo reencontro para Domingo dia 7 de Junho, altura da nossa abalada para Santiago de Compostela.