De Porches a Entradas
Decidi este ano de oferecer a mim mesmo como presente de aniversário uma pequena viagem de bicicleta de casa a casa, ou seja: da minha casa no Algarve á minha casa em Entradas.
Inicialmente pensei fazer a coisa pela Serra do Caldeirão direito a Almodôvar, depois Castro Verde e depois Entradas.
Levantei-me de manhã, vim à rua e reparei de imediato que o vento ia ser o meu inimigo número um desta jornada.
Por esta altura ainda tinha em mente fazer o percurso inicial, via Serra do Caldeirão, mas chegado à N125, vi de imediato que a coisa não ia ser fácil.
Lá fui pedalando estrada fora. Quando cheguei a Pêra fiz agulha para Algoz, onde tomei a direcção de Messines Aí chegado ponderei continuar para Loulé e Serra do Caldeirão, mas se o vento aqui era forte, por essas paragens devia ser penoso, vai daí, decidi-me pelo IC1, que é uma estrada onde não se pode bicicletar, mas era arriscar ou voltar para trás, o que não era de todo aconselhável.
Lá me meti no IC1 sempre á espera que alguma patrulha da UMT me viesse avisar, multar ou no mínimo repreender, mas tal não aconteceu em dia de sexta-feira de paixão.
Ali antes de São Marcos da Serra, havia uma feira de antiguidades que pela sua dimensão me levou a efectuar uma paragem apenas para fotografar tão inusitado evento e de que aqui deixo foto a colorir a esta paisagem apenas feita de palavras e mais absurdas palavras.
Inicialmente pensei fazer a coisa pela Serra do Caldeirão direito a Almodôvar, depois Castro Verde e depois Entradas.
Levantei-me de manhã, vim à rua e reparei de imediato que o vento ia ser o meu inimigo número um desta jornada.
Por esta altura ainda tinha em mente fazer o percurso inicial, via Serra do Caldeirão, mas chegado à N125, vi de imediato que a coisa não ia ser fácil.
Lá fui pedalando estrada fora. Quando cheguei a Pêra fiz agulha para Algoz, onde tomei a direcção de Messines Aí chegado ponderei continuar para Loulé e Serra do Caldeirão, mas se o vento aqui era forte, por essas paragens devia ser penoso, vai daí, decidi-me pelo IC1, que é uma estrada onde não se pode bicicletar, mas era arriscar ou voltar para trás, o que não era de todo aconselhável.
Lá me meti no IC1 sempre á espera que alguma patrulha da UMT me viesse avisar, multar ou no mínimo repreender, mas tal não aconteceu em dia de sexta-feira de paixão.
Ali antes de São Marcos da Serra, havia uma feira de antiguidades que pela sua dimensão me levou a efectuar uma paragem apenas para fotografar tão inusitado evento e de que aqui deixo foto a colorir a esta paisagem apenas feita de palavras e mais absurdas palavras.
Feira de Antiguidades no Gasolinas
Continuei viagem em segurança pela escapatória desta excelente estrada, e lá fui pedalando, galgando quilómetros uns atrás dos outros. Passo São Marcos e a estrada começa a empinar. Resolvo poupar forças e subo devagar. Ouço no meu auricular alguma da música que me tem acompanhado ao longo dos tempos e assim amenizo o cansaço que já se adivinha na minha ofegante respiração.
Ao cimo do primeiro monte passo pela primeira vez em velocidade de parar junto ao santuário da virgem da cortiça, como lhe chamam os populares.
Fruto da crendice popular, este sítio começou a ser local de peregrinações de populares que aos poucos lhe foram construindo altar, onde colocam ofertas flores e imagens que lhes amenizam muitas das dores da alma, e contra isto nem tujo nem mujo. Nós somos aquilo em que acreditamos e se acreditar que vir aqui faz com que pelo menos as pessoas momentaneamente se sintam em paz, penso que já vale a pena.
O altar construído em honra da senhora em que a cortiça cheira a rosas
Afinal o cognome da venerada é - Nossa Senhora da Bondade
Visito o local, acho graça aos bancos onde os fiéis se recolhem em oração. Toscos, ingenuamente construídos, mas por estranho que pareça gosto do jogo plástico dos mesmos.
Regresso à estrada e volto de novo a pedalar com a genica que a paragem me concedeu (ou será que foi do local?), e lá vou eu estrada abaixo estrada acima com o maldito vento sempre de frente a roubar-me a velocidade e a exigir de mim um esforço muito maior.
Esta poderá ser também o mesmo percurso da minha primeira etapa aquando da ida a Santiago de Compostela, apesar de eu preferir abalar de Faro e efectuar o percurso natural do caminho peninsular de Santiago.
Com estes pensamentos e mais os jogos mentais com que me entretenho com o conta-quilómetros chego a Ourique. Penso que a partir daqui vai ser uma papa, e como vou apanhar o vento de costas até quase nem preciso de pedalar. Não foi assim mas quase!
Cheguei rapidamente a Castro Verde e dali a Entradas esses dez quilómetros quase não contaram, pois assim que avisto a torre sineira da minha terra ganho forças que pensava já não possuir e lá vou eu.
Oh pra mim todo contente.
Pronto aqui fica o relato estapafúrdico de uma viagem ventanosa em que terminei cansado mas feliz.
2 Comments:
Que dizer, FORÇA PULANITO, eu acompanho treinando nas sessões de HidroByke e bebendo uma "bujeca" sentado ao computador.Cá vou espreitando as boas histórias, de declamador, a bom contador de Histórias, já nada lhe falta, um abraço Amigo.
E esta!10 de Abril:dia de aniversário.Para o ano não te safas!Um grande abraço de parabéns.Boa ideia para festejar o dia de anos.Boas pedaladas.
Haja Saúde!
jm
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