Como arruinar um plano alimentar em dois fins de semana.
As últimas semanas têm sido alucinantes. Isto de misturar, festas, concertos e casamentos, com treinos e planos alimentares, normalmente resulta em desastre que é o que pressinto que me tenha acontecido.
Bem, o importante é que esses compromissos agora estão ultrapassados e estamos agora a menos de 90 horas da ansiada partida para Santiago de Compostela na bela companhia da rapaziada de Nossa Senhora da Graça de Divor, o que pressupõe que já partamos abençoados por tão eclesiástico nome de terra.
Mas fazendo aqui um apanhado em jeito de vos colocar a par dos acontecimentos, vou deixar correr o pensamento, assim ao sabor do que me possa lembrar do que ultimamente tem acontecido.
Dia 24 de Maio. Cá vou eu mais a família para o casamento do Helder e da Silvia lá para as bandas de Soure, bem no centro do país.
A coisa correu bem, mas como todos os casamentos e festanças a coisa mete cumer & buer até mais não. Eu, que engordo com o ar que respiro e socorrendo-me de todos os meus agnósticos santinhos, lá fui fazendo das tripas coração procurando aguentar sem cair em desgraça, mas também não fazer desfeita aos noivos e outros convidados, que só parecem satisfeitos depois de nos encherem a mula até rebentarmos.
Helder e Silvia....apaixonadissímos
Vai daí socorri-me de uma das máximas de Oscar Wilde quando este diz: Resisto a tudo, menos à tentação!Pensei cá para os meus botões: Se o Óscar arranjou esta manigância para cumer & buer como e quando lhe desse na gana, porque não, este simples e insignificante mortal seguir-lhes as peugadas. Foi o que fiz!
A coisa correu muito bem. Os moços por lá andam em lua-de-mel cruzeirando pelo Mediterrâneo, e eu aqui, enchendo chouriços sem saber o que mais escrever.
Ah, já sei! Vou falar do fim de semana seguinte, portantos, o que passou. Imaginem onde é que eu estive…ainda não adivinharam, pois aqui vai: NOUTRO CASAMENTO.
Mas primeiro e para fazer cama para esse Sábado de mais uma maratona comezoinal, fui até ao Rock In Rio ver o Samuel, A Amy Vinhodacasa (sic!) e ainda o Lenny Kravitz.
Agora, festival de rock sem um rabanho de cervejas (por estes dias a moda são os copos de meio litro) e muitas sandes de leitão em pão de borracha, não é festival não é nada, e o Rock in Rio não lhe foge à regra.
Há muitos anos que havia jurado não me voltar a meter em sítios com grandes multidões. Detesto esta coisa de ir a um concerto e não ver o que se passa no palco. Destesto as filas para a “ jola”, sandes e casas de banho (não necessariamente por esta ordem!). Mas detesto sobretudo pagar um balúrdio para ver o concerto em ecrã gigante.
Acontece que no Rock In Rio as pessoas se movimentam com relativo à vontade, e as filas (exceptuando as casas de banho da garinagem) nem são assim muito insuportáveis, facto que me agradou.
Pronto. A família foi toda ver o Samuel, que fez uma ganda desbunda com os Cool Hipnoise, mais o Regula e ainda os Expensive Soul.
Bem já toda a gente sabe da figura que a moça com nome de “vinhodacasa” fez durante o espectáculo. O recinto estava a abarrotar não para a ver cantar, mas para ver em que condições a rapariga subia ao palco, ou mesmo para com uma ponta de sorte assistir à morte em cima das tábuas de tão debilitada figura e depois contar a filhos e netos o testemunho embargado de quem assistiu impotente à tragédia anunciada.
O Lenny cumpriu na integra, e eu para fazer jus a tal cumprimento descobri uma amiga da minha filha com credencial de acesso a à tenda VIP, onde nos podíamos abastecer do que havia à disposição e foi aí que comecei a ver o Lenny numa série de ecrãs que mais parecia um caleidoscópio de luzes….e pronto, foi assim!
Dormi a correr e pela manhã lá fui para outro casamento, este marcado para Alcanhões (Santarém)e que tinha como protagonistas a Ana e o Francisco.
Fui a este casamento porque o meu amigo Vítor Mendonça, (pai de noiva) mais conhecido por “ O Nêspera”, me haver convidado para tão importante função.
Este era um casamento verdadeiramente popular, onde parte dos convivas masculinos se sentem apertados pelo nó da gravata e as senhoras adoptam a moda de calçar uns sapatinhos de trazer por casa, logo que chegam ao sítio onde se pratica o desporto onde mais se exercitam os músculos faciais: a famosa mastigação!
Ana e Francisco...abrindo o baile.
Sou um apreciador de personagens que se distinguem pela sua alarvidade, vulgo “cromos” e neste casamento onde não conhecia muita gente; havia-os aos magotes.A coisa foi gira. O pessoal ficou bêbado logo que possível, porque isto de alargar o nó da gravata até ao impensável, desabotoar a camisa até ao umbigo e beber wiskies à fartazana faz parte do cardápio.
Depois havia as senhoras com cabeleiras acaracoladas, mais as respectivas indumentárias acetinadas e de cores berrantes em forma de balão de onde saíam duas estacas em forma de pernas, davam a impressão que haviam sido arrancadas a algum cenário á la Kusturica.
Como me divirto a observar, isto para mim foi um privilégio.
De qualquer maneira foi uma honra ser convidado por esses dois poços de generosidade que são o Vítor e a Jesus, gente simples mas com um coração exigente e de quem tenho o grato prazer de ser amigo vai para trinta anos.
O meu amigo Vitor "Nespera" mostrando os seus dotes de " balhação" mais a sua ai Jesus.
Pronto…aqui fica ao correr das teclas um cheirinho do que ultimamente me tem acontecido. Como sobrevivi, estou pronto para a próxima, que , se tudo correr bem, começa na sexta-feira que há-de vir.
3 Comments:
Amigo Napoleão
Ainda te queixas depois destes treinos todos, estou a ver k estás cá com cabeldal preparado para todo o terreno. És uma máquina!!!!!
Quando for grande quero ser como o pulanito......
Até sexta prontos para montar nelas (nas bicicletas é claro).
Um abrço
J.Piteira
Vamos seguir essas pedaladas pelos caminhos de Portugal ao sabor da "pena" do Pulanito.
Abraço
Bruno S.
Acerca do Rock in Rio dizia o Público de domingo que o melhor concerto tinha sido sem dúvida o do Sam. A Ivete não trouxe nada de novo, a Amy a desgraça que se viu e Sam teve os melhores elogios, parabéns.
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