Dia 7- Diário de Viagem
Primeiro que tudos as minhas desculpas pelo facto de só agora (13-08) conseguir publicar as peripécias de sábado e Domingo.
Estas notas foram tomadas em pleno Alentejo e vão ser publicadas exactamente como me sentia no momento em que as escrevi, porque se lhe começo a dar toques agora, perde-se a " coisa" do momento.
São 16.30 horas, estou em pleno Alentejo a caminho do meu destino final de hoje - Évora, que dista do ponto onde me encontro cerca de 45 Km, com mais 111 km que já percorri, faz com que esta seja definitivamente a etapa mais longa deste meu périplo pelos " Tejos" Alto, Baixo e Riba, com uma passagem ao de leve pela Extremadura de onde venho.
Hoje. Especialmente hoje, só consigo descrever este dia com um termo que usamos no Alentejo.
Penar. Hoje é dia de São Penar e logo me tocou a mim levar o sacana do andor!!
De facto, este está a ser o dia mais penoso desta aventura, que a brincar já vai no 7º dia e mais de 750 Km em cima.
Não me lembro de alguma vez haver sentido tanto calor. Nem mesmo no passado Domingo na Zona de Alqueva, quando pensei que a temperatura sentida na Aldeia da Estrela era o suplicio a que estava destinado, afinal ainda havia mais!
mas resumindo a coisa: Pernoitei em casa da minha filha Susana. Esta manhã apanhei boleia do Rodrigo até ao lado de lá do Rio Grande, ou seja: para o lado de cá. A boleia deixou-me n Amora, onde apanheia a N-10 que vai na direcção de Setúbal, outra estrada maldita, na continuação do itinerário que venho fazendo desde Santarém.
Muito tráfego , muito camião, muita gente com muito pouca paciência. Depois de me libertar dos milhares de veículos lá para as bandas de Setúbal, prosegui na N-10 que vai por Águas de Moura, Pegões e por aí a cima.
Em Pegões descanso numa esplanada, entabulo conversa com um motard -de seu nome Baião, que ao dizer-lhe que era de Entradas, rederiu que contava com vários amigos Entradenses, especialmente o Franco, com quem tinha estado emigrado na Suiça.
Lá nos pusemos a desenbrulhar as nossas vidas, ficando eu a saber que este alentejano de Moura era actualmente o motorista particular de José Sousa Cintra, antigo presidente do Sporting, o que não deixa de ser uma curiosidade, até porque o Baião se afirmava benfiquista dos 4 costados.
Com as temperaturas a elevarem-se à escala do absurdo - especialmente ao nivel do alcatrão - consigo chegar a Vendas Novas, local onde tinha destinado almoçar.
Quando terminei o almoço ligeiro, saí à rua e senti um bafo que tornava o ar praticamente irrespirável e então a pedalar muito menos.
Sentei-me na esplanada, dormitei sentado, e quando voltei a mim, só me apetecia água. Verifico que ao meu lado está uma torneira com uma mangueira ligada que não hesito em utilizar, tomando um banho vestido ali mesmo na esplanada do restaurante, assim como assim, já pareço um extra-terrestre, de maneira que ninguém irá reparar, penso eu"!!
Com a temperatura do corpo a baixar, decido por-me a caminho, não durei mais que 10 Km. Tive que parar e aguardar que a canicula passasse de modo a poder prosseguir o mei caminho.
Ocupo-me a rabiscar o resumo do dia. Dou conta de que o meu conta quilómetros deu o berro, não aguentou o calor e pifou, lá se foi o acumulado, agora tenho que recomeçar do zero e recorrer á memória para fazer as contas lá mais para a frente.
Isto foi escrito enquanto esperava que o calor deixasse de apertar. De resto o caminho para Évora foi feito à velocidade possivel, tendo chegado a esta cidade já passavem das 20.30 minutos, completamente estoirado, com dores lombares, as virilhas completamente assadas, os pés inchados( tinha de parar durante uns minutos a cada 5 Km para os libertar dos sapatos e assim poder de novo voltar a calçá-los) enfim.....um calvário!!
arranjei coragem para jantar....comi gaspacho...de novo!!!!!
Estas notas foram tomadas em pleno Alentejo e vão ser publicadas exactamente como me sentia no momento em que as escrevi, porque se lhe começo a dar toques agora, perde-se a " coisa" do momento.
São 16.30 horas, estou em pleno Alentejo a caminho do meu destino final de hoje - Évora, que dista do ponto onde me encontro cerca de 45 Km, com mais 111 km que já percorri, faz com que esta seja definitivamente a etapa mais longa deste meu périplo pelos " Tejos" Alto, Baixo e Riba, com uma passagem ao de leve pela Extremadura de onde venho.
Hoje. Especialmente hoje, só consigo descrever este dia com um termo que usamos no Alentejo.
Penar. Hoje é dia de São Penar e logo me tocou a mim levar o sacana do andor!!
De facto, este está a ser o dia mais penoso desta aventura, que a brincar já vai no 7º dia e mais de 750 Km em cima.
Não me lembro de alguma vez haver sentido tanto calor. Nem mesmo no passado Domingo na Zona de Alqueva, quando pensei que a temperatura sentida na Aldeia da Estrela era o suplicio a que estava destinado, afinal ainda havia mais!
mas resumindo a coisa: Pernoitei em casa da minha filha Susana. Esta manhã apanhei boleia do Rodrigo até ao lado de lá do Rio Grande, ou seja: para o lado de cá. A boleia deixou-me n Amora, onde apanheia a N-10 que vai na direcção de Setúbal, outra estrada maldita, na continuação do itinerário que venho fazendo desde Santarém.
Muito tráfego , muito camião, muita gente com muito pouca paciência. Depois de me libertar dos milhares de veículos lá para as bandas de Setúbal, prosegui na N-10 que vai por Águas de Moura, Pegões e por aí a cima.
Em Pegões descanso numa esplanada, entabulo conversa com um motard -de seu nome Baião, que ao dizer-lhe que era de Entradas, rederiu que contava com vários amigos Entradenses, especialmente o Franco, com quem tinha estado emigrado na Suiça.
Lá nos pusemos a desenbrulhar as nossas vidas, ficando eu a saber que este alentejano de Moura era actualmente o motorista particular de José Sousa Cintra, antigo presidente do Sporting, o que não deixa de ser uma curiosidade, até porque o Baião se afirmava benfiquista dos 4 costados.
Com as temperaturas a elevarem-se à escala do absurdo - especialmente ao nivel do alcatrão - consigo chegar a Vendas Novas, local onde tinha destinado almoçar.
Quando terminei o almoço ligeiro, saí à rua e senti um bafo que tornava o ar praticamente irrespirável e então a pedalar muito menos.
Sentei-me na esplanada, dormitei sentado, e quando voltei a mim, só me apetecia água. Verifico que ao meu lado está uma torneira com uma mangueira ligada que não hesito em utilizar, tomando um banho vestido ali mesmo na esplanada do restaurante, assim como assim, já pareço um extra-terrestre, de maneira que ninguém irá reparar, penso eu"!!
Com a temperatura do corpo a baixar, decido por-me a caminho, não durei mais que 10 Km. Tive que parar e aguardar que a canicula passasse de modo a poder prosseguir o mei caminho.
Ocupo-me a rabiscar o resumo do dia. Dou conta de que o meu conta quilómetros deu o berro, não aguentou o calor e pifou, lá se foi o acumulado, agora tenho que recomeçar do zero e recorrer á memória para fazer as contas lá mais para a frente.
Isto foi escrito enquanto esperava que o calor deixasse de apertar. De resto o caminho para Évora foi feito à velocidade possivel, tendo chegado a esta cidade já passavem das 20.30 minutos, completamente estoirado, com dores lombares, as virilhas completamente assadas, os pés inchados( tinha de parar durante uns minutos a cada 5 Km para os libertar dos sapatos e assim poder de novo voltar a calçá-los) enfim.....um calvário!!
arranjei coragem para jantar....comi gaspacho...de novo!!!!!
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