Dia 2 Diário de Viagem
“ Alentejo não tem sombra, só a que vem do céu”. Esta é uma realidade inquestionável que senti na própria pele, mais exactamente no costado, ainda por cima deu-me para ir para as bandas da Amareleja, que é só uma espécie de inferno na terra.
Para dar noticias e haver alguma ordem na coisa, vou procurar não divagar e ser o mais objectivo possível, deixo os adornos literários para outras calendas, ou então deixo-me escorregar por eles enquanto relato o dia 2 da travessia à pátria alentejana.
Saí de Serpa cedo, pelas 7.00 para apanhar o fresquinho, já agora deixem-me referir ao jantar de ontem à noite. Adega Molhobico – Serpa. Gaspacho de receita original com carapauzinho fritos. Um autêntico despertador de sentidos. Recomendo sem reticências.
Bem. Saí de Serpa em direcção a Moura e como diz a canção passei por Pias que ficam no meio. Pelo caminho a mãe natureza presenteia-me com o espectáculo do festim da fauna local. Lebres, perdizes e outra bicharada buscam o alimento matinal. Nos céus, águias, peneireiros e outros predadores, espreitam a oportunidade de atacar a presa mais fácil, o que acontece mesmo à minha frente. Sorrio e continuo a jornada.
O amigo Luís Filipe, havia-me dito que apareceria vindo do Algarve para almoçar comigo. Calculei a Aldeia da Estrela como bom local, onde deveria chegar pelas 11.30, mais coisa menos coisa.
A subida para Póvoa de S. Miguel faz os primeiros estragos na máquina. Debaixo dum sol escaldante sou obrigado a reparar os pedais, que teimam em saltar a cada 5 Km.
Chego à Aldeia da Estrela pela 1ª vez na minha vida. Entabulo conversa com um grupo de Estrelenses que me informam dos últimos progressos desta terra perdida, que por força da chegada das águas, trouxe também mais gente, mas o plano de desenvolvimento e pormenor para aquela aldeia teima em não ver a luz do dia, o que faz desesperar os simpáticos residentes daquela aldeia.
Luís Filipe perde-se no caminho ( sic) e eu fico prisioneiro do calor sem poder dali sair. No único restaurante da terra dizem-me que me desenrascam qualquer coisa para comer, já que a sala está ocupada com um “ Batizo”.
Surpresa das surpresas, Luís Filipe aparece de Land Rover e trás com ele, minha mulher e filha, (tenho mais dois filhos, fruto de relação anterior Susana e Samuel, para ficarem a saber tudo da minha vida!!) o que me levanta o ânimo de sobremaneira.
Decidimos almoçar em Mourão. Outra vez gaspacho para mim – estou agarrado ao gaspacho, sou sem sombra de dúvida um gaspachómano – De seguida o Luís Filipe, meu amigo e meu desenrascador particular, afina-me as mudanças que estavam a arranhar no separador de carretos. ( Obrigado amigo!)
Depois fomos “ dar banho” para as águas caribeñas do grande lago. Espectáculo!
De regresso a Mourão, a saborear um gelado à sombra, vemos aproximar-se vindo do fundo da rua outro “ maluco” destas andanças, só que em sentido contrário, ia para o Algarve e eu demando terras mais a norte. O contacto foi inevitável e acabei a jantar com o meu novo amigo Hélder Carneiro, um advogado de Lisboa que por razões existenciais e outras, anda a fazer o mesmo que eu. A particularidade dele é que se faz transportar de bicicleta de corrida e trás um atrelado de uma roda que me diz tecnicamente chamar-se ( BOB) Best of Birden.
Esta manhã lá seguiu o seu caminho. Trocámos mensagens pela hora de almoço.
Boa viagem Carneiro. Havemos seguramente de nos encontrar.
Para dar noticias e haver alguma ordem na coisa, vou procurar não divagar e ser o mais objectivo possível, deixo os adornos literários para outras calendas, ou então deixo-me escorregar por eles enquanto relato o dia 2 da travessia à pátria alentejana.
Saí de Serpa cedo, pelas 7.00 para apanhar o fresquinho, já agora deixem-me referir ao jantar de ontem à noite. Adega Molhobico – Serpa. Gaspacho de receita original com carapauzinho fritos. Um autêntico despertador de sentidos. Recomendo sem reticências.
Bem. Saí de Serpa em direcção a Moura e como diz a canção passei por Pias que ficam no meio. Pelo caminho a mãe natureza presenteia-me com o espectáculo do festim da fauna local. Lebres, perdizes e outra bicharada buscam o alimento matinal. Nos céus, águias, peneireiros e outros predadores, espreitam a oportunidade de atacar a presa mais fácil, o que acontece mesmo à minha frente. Sorrio e continuo a jornada.
O amigo Luís Filipe, havia-me dito que apareceria vindo do Algarve para almoçar comigo. Calculei a Aldeia da Estrela como bom local, onde deveria chegar pelas 11.30, mais coisa menos coisa.
A subida para Póvoa de S. Miguel faz os primeiros estragos na máquina. Debaixo dum sol escaldante sou obrigado a reparar os pedais, que teimam em saltar a cada 5 Km.
Chego à Aldeia da Estrela pela 1ª vez na minha vida. Entabulo conversa com um grupo de Estrelenses que me informam dos últimos progressos desta terra perdida, que por força da chegada das águas, trouxe também mais gente, mas o plano de desenvolvimento e pormenor para aquela aldeia teima em não ver a luz do dia, o que faz desesperar os simpáticos residentes daquela aldeia.
Luís Filipe perde-se no caminho ( sic) e eu fico prisioneiro do calor sem poder dali sair. No único restaurante da terra dizem-me que me desenrascam qualquer coisa para comer, já que a sala está ocupada com um “ Batizo”.
Surpresa das surpresas, Luís Filipe aparece de Land Rover e trás com ele, minha mulher e filha, (tenho mais dois filhos, fruto de relação anterior Susana e Samuel, para ficarem a saber tudo da minha vida!!) o que me levanta o ânimo de sobremaneira.
Decidimos almoçar em Mourão. Outra vez gaspacho para mim – estou agarrado ao gaspacho, sou sem sombra de dúvida um gaspachómano – De seguida o Luís Filipe, meu amigo e meu desenrascador particular, afina-me as mudanças que estavam a arranhar no separador de carretos. ( Obrigado amigo!)
Depois fomos “ dar banho” para as águas caribeñas do grande lago. Espectáculo!
De regresso a Mourão, a saborear um gelado à sombra, vemos aproximar-se vindo do fundo da rua outro “ maluco” destas andanças, só que em sentido contrário, ia para o Algarve e eu demando terras mais a norte. O contacto foi inevitável e acabei a jantar com o meu novo amigo Hélder Carneiro, um advogado de Lisboa que por razões existenciais e outras, anda a fazer o mesmo que eu. A particularidade dele é que se faz transportar de bicicleta de corrida e trás um atrelado de uma roda que me diz tecnicamente chamar-se ( BOB) Best of Birden.
Esta manhã lá seguiu o seu caminho. Trocámos mensagens pela hora de almoço.
Boa viagem Carneiro. Havemos seguramente de nos encontrar.
1 Comments:
Viva camarada! A bicicleta está toda artilhada!! Ao pequeno-almoço também foi gaspacho??? Eh eh... Força!
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