Foi Bonita a Festa Pá!

António José Brito, Napoleão Mira (Pulanito), Paulo Nascimento e António Jerónimo

Depois de recolhidos os cacos de um fim-de-semana alucinante, aqui estou, acabadinho de aterrar no planeta terra e a dar, aos que não puderam comparecer, um pequeno relato da apresentação do livro Ao Sul.
Para vos dizer a verdade, tirando alguns indefectíveis, pensei que aparecessem meia dúzia de pessoas o que de algum modo já haveria de compor o ramalhete, até porque a função não contemplava musica popularucha e o raio do livro (tirando a capa), não tinha fotos nem bonecos, só um mar de letras para navegar.
Quando cheguei ao Largo da Biblioteca, local mítico de Entradas e onde decorreria a apresentação do livro, já todos os lugares haviam sido tomados e para um evento desta natureza até me pareceu que havia gente a mais.
As minhas Ceifeiras nem a casa foram para mudar de farpela e ali ficaram numa atitude solidária que registei e com a qual me emocionei.

Aspecto da vasta assistência.

Vieram amigos meus desta e doutras terras. Outros por imperativos pessoais ou profissionais não puderam estar presentes, mas de algum modo estavam, até porque aqui, do lado esquerdo do meu peito, tenho arrumo para muita gente, e como eu gosto de ter gente á minha volta!
A coisa correu bem. Todos os palestrantes utilizaram o poder de síntese e a coisa decorreu num ritmo animado prendendo a audiência com as suas palavras convictas e certeiras. Quando me tocou falar, sentia-me esmagado por tanta atenção, daí ter resolvido ler uma das crónicas do livro, que deixou muita gente com a sensibilidade à flor da pele ou até mesmo com uma teimosa lágrima a queres escapar dos rasos olhos, sinal de que tinha atingido um dos meus objectivos ao escrever este livro e que passa por emocionar os leitores.

Aspecto da movimentada sessão de autógrafos que durou mais de uma hora - ainda me dói o dedo!

Quando tal acontece, o escriba deve-se sentir recompensado e como não sou ingrato, só posso dizer: Obrigado pela vossa presença, pela vossa atenção e por aquele momento que me proporcionaram de em absoluto silêncio beberem das minhas palavras.
Depois regressámos a casa, onde já libertos de sóbrios compromissos, pudemos dar oportunidade a que o vinho nos escorresse pelas gargantas e como dizia o Carlos Mendes na Festa da Vida, esta durou até às tantas…e eu gostei tanto…que sou capaz de me habituar a isto.

Fotos de: Carlos Caldas