Dia 8 - Diário de Viagem
Acordei melhor esta manhã, depois do milagre do halibut nas minhas virilhas.
Hoje era para ser o penúltimo dia, até porque devido ao dia de ontem não me sentia com muita vontade de voltar a passar as passas do Alentejo, e assim sendo tinha decidido dividir a coisa em duas etapas, mas a coisa correu relativamente bem e zás decidi-me a terminar a minha volta no dia de Sábado 12-08.
Saí de Évora pelas 8.00 horas em direcção a Viana do Alentejo, coisa que fiz com relativa facilidade, até porque o calor ainda não apertava, depois fui galgando terras, umas atrás das outras, passando por Alvito, Alfundão, Peroguarda, Ferreira do Alentejo e quando a fome e o calor apertaram parei em Ervidel em busca de sitio onde comer. Descobri uma tasca, ( e ao que julgo o único local onde se podia aliviar o estômago) que vendia frangos para fora, búzios, sapateiras , navalheiras e salada de bacalhau. Refiro os petiscos à disposição, porque numa localidade onde não há sitio onde se coma, logo encontro uma tasca que mais parecia uma marisqueira a atender ao cardápio que se fazia anunciar à porta do estabelecimento.
Chupei duas navalheiras, sim chupei, porque aquilo pouco ou nada tinha para comer, petisquei ainda um pratinho de salada de bacalhau e lá me pus de novo a caminho, desta vez á torreira do sol, mas como só faltavam 30 km para chegar a casa, fui medindo metro a metro a distância que me separava de Entradas.
O rabo é sempre o mais mau de esfolar – diz o povo a que pertenço, e com razão, os últimos 30 Km foram feitos com um misto de raiva pelo vento frontal que me não deixava avançar e de alegria pelos metros que ia devagarinho conseguindo vencer.
Quando passei por Aljustrel já quase me sentia à porta de casa, mas ainda faltava uma boa hora de caminho, que demorou uma eternidade a passar.
Quando cheguei a Entradas, as ruas empedradas da minha pátria, estavam completamente vazias, dormia-se seguramente a folga dos justos.
Fiz as contas aos quilómetros percorridos desde que Sábado passado daqui saí.
912 Km percorridos. Fiquei aquém da distância que me tinha mentalmente proposto, que era no mínimo 1000 km, mas cheguei bem e com a sensação de que havia cumprido uma aposta pessoal, e que algo teria para um dia contar aos netos que ainda não tenho, afinal a grande razão desta aventura em que me meti.
Hoje era para ser o penúltimo dia, até porque devido ao dia de ontem não me sentia com muita vontade de voltar a passar as passas do Alentejo, e assim sendo tinha decidido dividir a coisa em duas etapas, mas a coisa correu relativamente bem e zás decidi-me a terminar a minha volta no dia de Sábado 12-08.
Saí de Évora pelas 8.00 horas em direcção a Viana do Alentejo, coisa que fiz com relativa facilidade, até porque o calor ainda não apertava, depois fui galgando terras, umas atrás das outras, passando por Alvito, Alfundão, Peroguarda, Ferreira do Alentejo e quando a fome e o calor apertaram parei em Ervidel em busca de sitio onde comer. Descobri uma tasca, ( e ao que julgo o único local onde se podia aliviar o estômago) que vendia frangos para fora, búzios, sapateiras , navalheiras e salada de bacalhau. Refiro os petiscos à disposição, porque numa localidade onde não há sitio onde se coma, logo encontro uma tasca que mais parecia uma marisqueira a atender ao cardápio que se fazia anunciar à porta do estabelecimento.
Chupei duas navalheiras, sim chupei, porque aquilo pouco ou nada tinha para comer, petisquei ainda um pratinho de salada de bacalhau e lá me pus de novo a caminho, desta vez á torreira do sol, mas como só faltavam 30 km para chegar a casa, fui medindo metro a metro a distância que me separava de Entradas.
O rabo é sempre o mais mau de esfolar – diz o povo a que pertenço, e com razão, os últimos 30 Km foram feitos com um misto de raiva pelo vento frontal que me não deixava avançar e de alegria pelos metros que ia devagarinho conseguindo vencer.
Quando passei por Aljustrel já quase me sentia à porta de casa, mas ainda faltava uma boa hora de caminho, que demorou uma eternidade a passar.
Quando cheguei a Entradas, as ruas empedradas da minha pátria, estavam completamente vazias, dormia-se seguramente a folga dos justos.
Fiz as contas aos quilómetros percorridos desde que Sábado passado daqui saí.
912 Km percorridos. Fiquei aquém da distância que me tinha mentalmente proposto, que era no mínimo 1000 km, mas cheguei bem e com a sensação de que havia cumprido uma aposta pessoal, e que algo teria para um dia contar aos netos que ainda não tenho, afinal a grande razão desta aventura em que me meti.
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