Alentopia
Faz tempo que não te ouço
Não entendo, estou confuso
Dentro de mim vive um louco
Destemido, obstinado, obtuso
Quero o mundo na palma da mão
Voo de sonho em sonho
Rasgo o ventre á multidão
Teu, é tudo o que disponho
Desnudo-me em sorrisos francos
E grito aos quatro ventos
Bailam-me pensamentos quantos
Raiva, dor e desalentos
Corro ao encontro de mim
Na busca do infinito
Travo batalhas sem fim
Tudo, pela liberdade de um grito
Espanto, silêncio, flor
Sorvo tudo quanto vejo
Meu lugar, seja onde for
Meu coração, sempre Alentejo
Eu só sou feliz aqui
Neste lugar feito ternura
Mergulhemos em beijos frenesim
Mulher, planície, lonjura
E perco-me por instantes
Em utópicos ideais
Naufrago desses olhos distantes
Descubro um coração de corais
Renasço em dia de veludo
Saboreio-te, momentos encanto
Percorro-te feliz e mudo
Envolto em manto de espanto
4 Comments:
Parabéns, o Alentopia é fantástico, é lindo.
A prova provada de que pedalar dá cabo do nalgueiro mas rasga o espírito como nenhuma outra actividade.
Ora Napoleão, tenho saudades dos teus dizeres, manda mais!
Amigo Tim...
tenho andado por aqui ocupado, mas cá vai um post...sempre com o alentejo como pano de fundo.
Ainda estás na Zambujeira..presumo!
Enviar um comentário
<< Home