No Teu Deserto - Miguel Sousa Tavares

Gosto do Miguel Sousa Tavares. Gosto do MST jornalista, comentador, analista, mas é na sua vertente de escritor que mais aprecio o seu modo de derramar palavras, assim como se fossem pérolas (ou balas, consoante o caso !), mas sempre na direcção certeira do coração do leitor.
Vem isto a propósito do último livro deste escritor, que o entitulou – No Teu Deserto – um “quase romance” como o sub-nominou.
É um pequeno livro que se lê sem se querer, ou mesmo conseguir parar, até porque, MST, um cioso da sua intimidade, compartilha aqui connosco não só uma das suas múltiplas aventuras pelo deserto do Sahara, expondo como só ele o sabe fazer um turbilhão de emoções que envolvem o leitor e desaguam na intimidade do escritor.
No Teu Deserto, parece-me haver sido escrito de um jorro, assim como se uma sede imparável de escrever o obrigasse à partilha com os leitores de uma longínqua aventura, mas ao mesmo tempo tão presente, como se ainda estivesse a sacudir das calças o pó acareado no deserto.
Cláudia (já falecida, sendo este livro uma homenagem à sua pessoa), é a destinatária deste - quase romance – companheira de MST nessa fabulosa viagem ao âmago dessa terra feita de silêncio e estrelas chamado deserto.
Quando li “ Equador” fiquei mais do que impressionado com o autor, pois desde Eça de Queirós que não tinha o prazer de ler uma escrita assim quase tridimensional onde os personagens têm cheiros, forma, sons e cores parecendo querer saltar das palavras e ganhar vida própria, apenas regressando à sua forma de letra quando os esmagamos com a viaragem da página seguinte, repetindo-se este jogo até ao final da obra.
No Teu Deserto, também tem essa magia a que MST nos habituou. Por mim, viajei no banco de trás do seu UMM Alter, ajudei-o a carregar, montar e desmontar os equipamentos. Comemos, bebemos rimos e chorámos à volta da mesa improvisada feita das caixas metálicas contendo os equipamentos de filmar e fotografar.
Através das suas palavras conheci a bela Cláudia, mulher ícone desta história, companheira de horas, de pó e de pedras, mas também de longos cúmplices silêncios e de intermináveis conversas.
MST, expõe a nú o que lhe vai na alma, repartindo com o leitor a avassaladora paixão que durou a demora de uma travessia do deserto e a eternidade que a memória lhe concede.
Vem isto a propósito do último livro deste escritor, que o entitulou – No Teu Deserto – um “quase romance” como o sub-nominou.
É um pequeno livro que se lê sem se querer, ou mesmo conseguir parar, até porque, MST, um cioso da sua intimidade, compartilha aqui connosco não só uma das suas múltiplas aventuras pelo deserto do Sahara, expondo como só ele o sabe fazer um turbilhão de emoções que envolvem o leitor e desaguam na intimidade do escritor.
No Teu Deserto, parece-me haver sido escrito de um jorro, assim como se uma sede imparável de escrever o obrigasse à partilha com os leitores de uma longínqua aventura, mas ao mesmo tempo tão presente, como se ainda estivesse a sacudir das calças o pó acareado no deserto.
Cláudia (já falecida, sendo este livro uma homenagem à sua pessoa), é a destinatária deste - quase romance – companheira de MST nessa fabulosa viagem ao âmago dessa terra feita de silêncio e estrelas chamado deserto.
Quando li “ Equador” fiquei mais do que impressionado com o autor, pois desde Eça de Queirós que não tinha o prazer de ler uma escrita assim quase tridimensional onde os personagens têm cheiros, forma, sons e cores parecendo querer saltar das palavras e ganhar vida própria, apenas regressando à sua forma de letra quando os esmagamos com a viaragem da página seguinte, repetindo-se este jogo até ao final da obra.
No Teu Deserto, também tem essa magia a que MST nos habituou. Por mim, viajei no banco de trás do seu UMM Alter, ajudei-o a carregar, montar e desmontar os equipamentos. Comemos, bebemos rimos e chorámos à volta da mesa improvisada feita das caixas metálicas contendo os equipamentos de filmar e fotografar.
Através das suas palavras conheci a bela Cláudia, mulher ícone desta história, companheira de horas, de pó e de pedras, mas também de longos cúmplices silêncios e de intermináveis conversas.
MST, expõe a nú o que lhe vai na alma, repartindo com o leitor a avassaladora paixão que durou a demora de uma travessia do deserto e a eternidade que a memória lhe concede.
Etiquetas: Equador, Miguel Sousa Tavares, No Teu Deserto, Rio das Flores