sexta-feira, novembro 28, 2008

Almoço de despedida da Marisqueira


Tenho passado pouco pelo Pulanito. A vida tem-me obrigado a concentrar-me noutras áreas, o que faz com que os meus fieis visitantes e leitores tenham sido penalizados com essa minha ausência.
O Natal aproxima-se a passos largos. As ruas, montras e casas das cidades, vilas e aldeias começam a viver o espírito da época, celebradas com berrantes iluminações, fitas, estrelas bolas e demais figuras e figurões que ilustram a época em que vivemos.

É também a altura dos muitos almoços e jantares de confraternização e de elevação do espírito da quadra e também \altura em que disparam para valores assustadores os resultados das análises ao sangue, mas isso agora não interessa nada cá para o post em questão!
Bem. Estava combinado que faríamos este ano o almoço de despedida para férias do pessoal da Marisqueira, que abria também as hostilidades dos repastos natalícios e assim matávamos dois coelhos de uma só cajadada.
O João Luís, nosso inestimável anfitrião, cozinheiro, sócio do Benfica (chiu. Não se fala desse nome no dia de hoje…estamos de luto!), prometeu fazer para o repasto abaladísso da época uma massa de bacalhau, eu prometi trazer o vinho, o Carinha de Anão também trouxe mais “gasolina” para atear o fogo da amizade e as convivas do sexo contrário fizeram entradas e sobremesas de se lhe tirar o chapéu. A Graça fez umas moelas de comer e carpir por mais e ainda um arroz doce de se lhe tirar o chapéu.
A Sara fez uma mousse de manga que era qualquer coisa divinal, e assim de elogio em elogio vamos arredondando as nossas formas de maneira a que em vez de andar qualquer dia rebolemos (sic!).
Foi um “cumbibio” de amigos onde pusemos a coisa em dia e onde prometemos voltar aquando da reabertura deste espaço gastronómico para a temporada de 2009 que terá o seu início nos primeiros dias de Fevereiro do próximo ano.

Escrito por pulanito @ novembro 28, 2008   2 comentários

segunda-feira, novembro 24, 2008

No Comboio


Este texto foi escrito no dia 26 de Setembro de 2008, sem ter a mínima intenção de alguma vez o publicar. Como tenho andado um bocado falho de ideias e com uma dose de preguicite que não sei se vos diga se vos conte, fui desencantar este texto que serve unicamente para encher chouriços, ou seja, se não o lerem não perdem rigorosamente nada. Por outro lado, se acharem que devem continuar (depois não digam que não os avisei), gabo-vos a coragem, desejo-vos sorte e espero que consigam chegar ao fim sem vomitar.


São poucas as viagens de médio curso que fiz de comboio, já que de longo curso, nunca tive a possibilidade de fazer qualquer uma. Das que me lembro, quase que as conto pelos dedos. Uma ou duas vezes De Lisboa ao Porto, mais umas três ou quatro vezes de Tunes a Lisboa e não me lembro se houve lugar a vice-versa. Ainda uma ou outra viagem de comboio em países que visitei, mas nada de apoteótico. Esta é a história da minha relação com este mítico meio de transporte.
Lembro-me sim da mais excitante viagem de comboio que alguma vez fiz em plena revolução dos cravos, mesmo ali naquela altura em que os ricalhaços deste país imitaram por uma vez os pobres e desafortunados e também eles foram obrigados a passar a fronteira a salto.
A viagem iniciou-se em Lisboa e teve como destino Portalegre. Eu, o Zé António e o Afonso, estes mais conhecidos por “organização pinga amor e balha meninas”, dada a sua especial aptidão para estas duas áreas.
Foi uma noite inteira a andar de comboio-correio, que parava em tudo o que era estação, apeadeiro, palanque ou mesmo casa de ferroviário. Enfim, demorámos toda uma noite até chegarmos á estação que servia o nosso destino nas aforas de Portalegre se a memória não me atraiçoa.
Na vertigem da juventude tudo é novo, tudo é belo e até as trigémeas que íamos visitar se nos afiguravam ser moçoilas (que para além da particularidade de serem as três iguaizinhas), dignas de tão excitante aventura.
Já não me lembro muito bem da cara delas, mas na minha lembrança persiste esta magnifica epopeia que terminou com a nossa detenção, para não lhe chamar prisão, no posto fronteiriço de Marvão, pelo facto de termos atravessado a fronteira luso-espanhola sem autorização policial, ou seja, tínhamos feito o mesmo que os ricaços que escapuliam ao comunismo que se avizinhava, só que nós, só tínhamos ido comprar caramelos e respirar ares espanhóis que como se sabe, tinham (ao tempo) aquele elán de que afinal havia mais mundo para lá das serranias de Portugal.
Escrevo para me entreter no Alfa Pendular em direcção a Lisboa, onde pernoitarei, para que amanhã cedinho (sábado 27/09) regresse a terras do sul, mas desta vez montado na minha bicicleta que a semana passada deixei em casa de minha filha Catarina.
Vai ser uma aventura e peras. Reencontrar os companheiros de recentes aventuras pedalantes, vai concerteza fazer com que seja menos penosa a jornada molhada que se avizinha.
Isto de nos sentarmos no selim duma bicicleta durante nove ou dez horas permite-nos pensar em quase tudo. Pessoalmente procuro concentrar-me no que me rodeia, e ver com olhos de comer, aquilo que me é dado a provar.
Aqui e agora, também tenho tempo para rebobinar passagens, até porque ainda são umas horas de Tunes a Lisboa.
Lembro-me do meu amigo Norberto, mais conhecido por Béubéu (vá-se lá saber porque é que baptizei assim este amigo de há 37 anos), quando no outro dia em maré de “recordar é viver” me tentou relembrar uma passagem que a mim se me varreu completamente da memória.
Dizia-me o Béubéu que me encontrou no Metro, (que também é comboio e assim fazer pandan com o post) na companhia de uma moçoila toda de encher o olho. Eu como vinha trabalhar passei “a pasta” ao meu decano amigo, recomendando-lhe que fosse com ela passear até porque este estava de folga.
Até aqui nada de anormal, e até era possível que nenhum dos dois se lembrasse de tal episódio. Acontece que o Norberto me disse que nesse dia em que lhe entreguei aquele feitiço em forma de mulher, esta o havia levado a uma sapataria e o houvera iludido a comprar um par de sapatos.
De lembrar que um par de sapatos, se não custava o salário de um mês de trabalho, talvez andasse por lá próximo, especialmente em sapatarias finas da baixa. Ainda a levou a lanchar e esta foi a primeira e última vez que viu tal sirigaita por mim apresentada e mesmo depois de tentar recordar-me, uma e outra vez, não encontro qualquer ligação a este episódio e a esta pessoa que este meu amigo confirma e afirma a pés juntos haver sido por mim apresentada.
É por estas e por outras que me entretenho a pôr no papel aquilo que da memória ainda se não me varreu. Esta é outras das muitas lições que aprendi com o Manuel Faria que me disse que uma das razões porque escreveu o livro “ Por Detrás do Palco”, ou seja a história e estórias do Trovante, antes que ele e os restantes integrantes do projecto ficassem senis e já ninguém se lembrasse exactamente como as coisas se passaram.

Gosto de viajar de comboio, e pronto!
Escrevo assim á laia de quem engata carruagens umas nas outras. Uma levam memórias, o equivalente ao vagão das bagagens, outras levam pensamentos vários como se fossem carruagens de segunda pejadinhas de gente vestida para a função do dia.
Muitos dos passageiros de hoje, utilizam os gadjets do momento para se entreterem. Uns sacam do portátil (que nem eu) e vá de se distraírem a engatar as letrinhas umas nas outras como se estas fossem intermináveis comboios em desmedidas gares de infindáveis cidades brancas.
"Anda p'raqui!! Não vás por aí..descreve lá mais uns quantos tipos de pessoas de que os leitores gostem e deixa-te desses resquícios do LSD da tua juventude", recomenda-me ao ouvido o grilo da consciência, animal a que cada vez presto mais atenção, não fosse este recomendador profissional, um proeminente conselheiro que já conta 52 primaveras.
Seguindo o seu conselho: À minha frente encontra-se uma senhora, que mal me vê chegar e ocupar um espaço que pensava ser só seu, me devolve em olhares praguejantes a metade da mesa que me pertence. Constato ser uma médica de Faro em viagem para Lisboa. Pelo caminho deve ter feito umas dez consultas. O fluxo telefónico diz-me que será profissional reputada no meio. Fiquei a saber que existe uma virose naquela parte do país, mas que não devem entupir as urgências dos hospitais, já que pelos sintomas debitados, é coisa de grande aborrecimento e mau estar, mas de cura fácil e relativamente rápida, afiança a minha companheira de viagem.
Entretenho-me a escrevinhar estas baboseiras para matar o tempo e também por saber que hoje em dia só mesmo os indefectíveis leitores é que terão paciência para chegar a este ponto da viagem.
Como ainda faltam umas largas dezenas de quilómetros para chegar à estação do Oriente (local de onde partiremos amanhã em direcção a Entradas), ainda me sobra tempo para observar a panóplia de passageiros que comigo viajam em direcção a Lisboa.
Chego ao bar e reparo num casal que pela troca de olhares, pela cumplicidade dos gestos, pelo arrolar dos mimos, pelos segredinhos partilhados e pela maneira como cruzam uma na outra a mão de cada um, diz-me que estão para lá de Bagadad no que se refere às palpitações do músculo fundamental. Estão enamorados, demonstram-no e sabem que aquela estranha força que os une, é uma força capaz de mover a maior das vontades com a mesma destreza que o comboio irrompe montanha dentro para de novo surgir vitorioso do outro lado da mesma.
Mando vir um café enquanto saúdo o momento.
No regresso ao meu lugar dou conta de que o número de prédios vai aumentando, o que me dá a entender de que a grande cidade está ali ao virar de uma agulha.
Vou ter de começar a arrumar a tralha e deixar para outras núpcias uma descrição mais elaborada duma viagem de comboio.
De qualquer modo, os que aqui chegaram, pelo menos viajaram comigo na confusão em que o meu pensamento está instalado e assim me ficaram a conhecer ligeiramente melhor.

Escrito por pulanito @ novembro 24, 2008   4 comentários

domingo, novembro 16, 2008

No Quenn's e não só!

Dino..dando conta do recado

E pronto. Lá se passou mais uma data marcante das nossas vidas.
Havia prometido ao Dino que compareceria no dia 14 de Novembro no Quenn’s em Lisboa para o lançamento do seu primeiro trabalho em nome próprio, com o titulo: Eu e os Meus.
Foi na verdade um dia atribulado. Deveria comparecer no espaço onde a festa concerto iria decorrer por volta das 17.3º horas para efectuar o check sound e combinar com o Vitor Silva, como é que iríamos fazer a minha parte.
Estive a dar uma formação numa empresa e o tempo foi voando, quando dei por mim já passava das 18.00 horas.
Numa correria louca de sexta-feira, atravessar a cidade em direcção ás Docas foi obra, mas enfim lá cheguei.
Quando entrei no espaço, estranhei não ouvir o som de qualquer instrumento, coisa que constatei mal entrei na bonita e ampla sala do Quenn’s.
Telefonei ao Dino que me afirmou ter havido um pequeno atraso devido a uma troca de mesas de som.
Quando o pessoal da banda chegou já passava das 19.00 horas e de check sound nem novas nem achadas.
Aproximaram-se as 20.00 horas e o jantar estava marcado, daí ter-se parado toda esta operação e regressado cerca das 22.00.
Começaram os ensaios de som que se prolongaram até ás 23.00 horas. Quando se estava prestes a fazer ensaio de vozes, seis das vias que alimentam os microfones foram à vida, vai daí, os Mac’givers de serviço no espaço de uma hora conseguiram encontrar uma solução, mas quando a encontraram já as filas de pessoas davam volta ao quarteirão e não houve outra solução senão deixá-los entrar.
Resultado: não houve ensaio de som e todos os intervenientes tiveram que trabalhar sem rede, sem saber o que os esperava quando subissem ao palco e eu especialmente não só tinha o problema das vozes como a base musical da minha intervenção era na forma de sample o que necessitaria de um adequado ajuste sonoro do dito, bem como um som de retorno de alguma qualidade para eu pudesse saber como sublinhar com as palavras escritas as frases musicais adequadas.
Pelas duas da manhã a adrenalina estava no auge. Os minutos custavam a passar. O olhar ansioso para o relógio a cada minuto que passava denunciava essa pressentida inquietação de quem sabia que ia trabalhar sem rede, ainda por cima numa noite em que tudo deveria de correr bem.
Perguntei ao protagonista deste evento quanto tempo havia demorado desde o dia da decisão de editar um disco, até ao dia de ontem (14/11). Respondeu-me: Foram três longos anos de avanços e recuos, de teimosia e perseverança, mas também de desânimo e descrença. Desta amálgama de emoções nasceu este excelente trabalho que pessoalmente recomendo a todos os que gostam de se surpreender com a qualidade musical pressentida bem como a produção cuidada e de nível internacional depositado na qualidade gráfica do embrulho, vulgo: capa.
Bem. O concerto lá começou pelas duas da manhã, onde o Dino foi desfolhando e explicado cada uma das músicas e os “Seus” que havia convidado para a função á foram entrando à vez.
Eu entrei a seguir ao meu filho Samuel ( Sam The Kid), assim como se tratasse de uma passagem de testemunho geracional.

A única foto que tenho desse momento memorável...
A minha prestação em forma de spoken Word do poema “subúrbio” foi gravado em cima dum tema musical criado pelo Vitor Silva.
Como não houve condições para ensaiar, quando subi ao palco, não tinha som de munição, vai daí não sabia da minha deixa quando entrar. O Vitor acena-me com a cabeça, como que a dizer, entra…já estás atrasado e eu lá fui debitando as minhas palavras sem a mínima percepção onde deveria acentuar mais o verbo, como expressar melhor determinada frase, ou quando deveria subir o tom da voz…enfim há há artistas que trabalham sem rede, pois a mim tocou-me ser trapezista sem rede e sem trapézio.
Segundo me contaram o resultado nem sequer foi assim tão mau. É claro que os meus apoiantes incendiaram a assistência e pronto….não vou falar muito mais acerca de uma coisa em que me senti pouco à vontade.
Dia 31 de Janeiro será gravado um concerto unplugged no Algarve e aí teremos seguramente mais tempo para não voltar a cometer os erros desta prestação.
De resto o Dino estava “tranquilo” como é seu apanágio, mas acima de tudo estava feliz e radiante pelo nascimento deste seu filho.
No meio desta amalgama de acontecimentos tivemos a triste noticia do prematuro falecimento do sócio do Miguel Galão, organizador do concerto, o que veio destabilizar ainda mais as precárias condições.
Mas o espectáculo tem de continuar…e em sentida homenagem foi dedicado ao Xerife (nome de guerra) o espectáculo daquela noite. Foi um momento comovente onde toda a assistência ( a casa estava cheia) se curvou perante a memória desta figura da noite Lisboeta.

Bem o texto já vai longo, mas é assim..ou não escrevo, ou carrego o depósito com gasolina super e vá de acelerar nas teclas até que me doam as pontas dos dedos.

No momento em que escrevo deveria estar em cima da bicicleta mais a minha malta de Divor e ainda esse intrépido esmagador de quilómetros que dá pelo nome de Xiclista, nesse passeio internacional que se inicia em Badajoz e termina em Borba exactamente no festival do vinho e da vinha…e eu para perder uma coisa destas é porque valores mais altos se “alivantaram”.
O meu velhote completou dia 13, oitenta e dois anos de existência e estar junto dele na sua festa de aniversário é para mim significativamente importante, vai daí ter de optar por ficar por cá…espero que tenham emborcado um copo por mim..

Ainda na manhã de hoke (Domingo) fui surpreendido pelo convite formal para ser padrinho do novo grupo coral feminino da minha terra, As Ceifeiras de Entradas.
É tarefa que terei todo o prazer em apadrinhar e ajudar a conciliar, até porque existem em Entradas umas quantas cantadeiras de qualidade superior.

Em breve trarei aqui aos leitores do Pulanito post condigno sobre este recém criado grupo de cantadeiras.

E pronto por aqui me fico, porque me estão a chamar para o almoço, porque a coisa já vai longa, e tirando um ou outro teimoso, ninguém vai ler esta porra…

Have a nice day..que eu vou comer a crista ao galo.

Escrito por pulanito @ novembro 16, 2008   9 comentários

quarta-feira, novembro 12, 2008

Luis "Beato" - Um filósofo Alentejano

O grande Luis "Beato" - Dando um pouco do seu calor a quem passa - Por apenas 2 euros a dúzia
Já passou por aqui um engenheiro taberneiro, hoje trazemos-vos um filósofo vendedor de castanhas.
Em dia de S. Martinho atrasado, recebo do meu excelso amigo Joaquim Miguel Bilro (esse exímio físico alentejano), este extraordinário presente que é: um exemplar humano e livre.
Quero conhecer este homem, que pelo seu aspecto irradia a serenidade e o contentamento daqueles que fazem da vida uma passagem efémera, etérea e porque não: etílica.
Sei que o amigo filósofo e assador de castanhas no Outono, terá outros misteres aquando da chegada das outras estações, mas estou em querer que serão sempre actividades que tenham a ver com a felicidadezinha que procuramos conquistar a cada dia que passa.
Comer castanhas nesta altura poderá ser uma coisa banal, já que vendedores da mesma ( a €2 a dúzia) parece que nascem debaixo das pedras, mas há homens das castanhas que dentro do cartuxinho feito com folhas das páginas amarelas, para além das castanhas, dão-no para levar para casa, um pouco do seu calor, conforme dizia Ary dos Santos.
Pois então aqui fica a minha homenagem a este Alentejano que um dia hei-de conhecer.
Já agora Bom S. Martinho. Atão, não é como o Natal. Quando um homem quiser. Bem, se não for, passa a ser. Julgo mesmo que o Luis “Beato” há-de concordar comigo.

O Luis “Beato” circula pela vida com o maior dos à-vontades. Culto, simpático e livre como ninguém.
Hoje encontrei-me com ele na Praça do Geraldo em Évora. Afirmei-lhe mais uma vez ser ele o mais inteligente dos meus inteligentes amigos.
Respondeu: Não acredito! Deves ter muitos amigos inteligentes. Não deves procurá-los, se assim o fizeres, facilmente os encontrarás.

Assim falou o Zaratrusta das castanhas.


Texto e fotos: Joaquim Miguel

Escrito por pulanito @ novembro 12, 2008   6 comentários

quinta-feira, novembro 06, 2008

No Quenn's em Lisboa dia 14 de Novembro



O amigo Dino vai fazer o concerto de lançamento do seu álbum de estreia em nome pessoal, que levará por título: Eu e os Meus.
Esta é uma viagem ao universo musical do Dino, que contará neste dia tão especial com os “Seus” para uma enorme festa da música, bem como a imperdível oportunidade de escutar todos os intervenientes que o Dino convidou a participar neste excelente trabalho.
De entre os convidados destacam-se figuras do movimento musical alternativo como: Valete, Sam The Kid, Virgul, Pac Man, Tito Paris e outros que agora não me ocorrem.
Este vosso amigo também vai lá estar (na pele de Viriato Ventura) interpretando ao vivo a fatia que me coube nesta tarte musical e que se chama “Subúrbio” um tema de introdução a uma das músicas mais fortes do disco que conta com a participação do Valete e que dá pelo nome de “Filho do Gueto”, tendo sido esta faixa que serviu de inspiração ao pequeno poema que criei especialmente para o Dino.
Acompanhado pelos Soul Motion, este notabilíssimo interprete vai ter a casa cheia de amigos e admiradores que não querem perder este irrepetível momento, que é a estreia deste esperado trabalho do Dino & SoulMotion.

Dia de estreia: 14 de Novembro
Hora: Depois das 23.00 Horas
Espaço: Quenn’s
Local: Docas, Lisboa

Data de lançamento nas lojas: 17 de Novembro 2ª feira
Dica. Excelente prenda de Natal

Ouçam aqui os temas Subúrbio / Filho do Gueto só para adoçar a boca.

Subúrbio

Nasci aqui á beira sul, á beira nada
Do alto desta colina sonho a cidade
Sou filho duma luta abandonada
Perdida num limbo entre a mentira e a verdade

Nasci aqui à beira mar, à beira míngua
Do lado errado do medo
Solta-se o beijo, solta-se a língua
Sussurras-me ao ouvido, guardo segredo

Pelas veias cruzadas deste subúrbio
Derramo vida e sanguíneas memórias
Cirando por aí de distúrbio em distúrbio
Em busca de grotescas e efémeras glórias

Não tenho passado, presente, nem futuro
Perco-me – mergulho na multidão
Aplicam-me sevicias que não auguro
Resgatas-me, escapamos de mão na mão

Etiquetas: dino, hip hop, sam the kid, Valete, Viriato Ventura

Escrito por pulanito @ novembro 06, 2008   2 comentários

terça-feira, novembro 04, 2008

Orelha Negra - Raro Video durante a apresentação no Music Box




Este é um espaço de paixões. Aqui entram as coisas que gosto, que atino, ou que estou a viver no momento.
Às vezes (muitas) entram as bicicletas e as viagens que faço a solo ou com a minha malta, outras, debruço-me sobre essa outra paixão que dá pelo nome de Alentejo em forma de histórias, episódios e curiosidades da terra que me viu nascer. Aqui também há espaço para que em letra de forma vá derramando algumas das estórias de pessoas que comigo se cruzaram nas veredas da vida e outras que não se tendo cruzado, procuram através do Pulanito encontrar a ponta do novelo das raízes da sua existência, como é o caso da Fátima Cabral Teresa que procura desesperadamente o seu progenitor, e embora as pistas sejam escassas já existe túnel, só faltando mesmo a luzinha ao fundo do mesmo.
Acabei de falar com o Francisco Rebelo, músico (baixista) dos Cool Hipnoise, Space Boys, Sam The Kid e Orelha Negra, que me deu uma excelente pista acerca de nomes de músicos Africanos que estariam no activo nos anos oitenta e que podem indiciar uma fonte de pesquisa reputável.

Até agora não tinha encontrado qualquer registo da apresentação dos Orelha Negra no passado dia 23 no Music Box, vai daí o Chico Rebelo também me disponibilizou a dica para conseguir um registo, que sendo rudimentar, também tem a particularidade de ser único, logo com carácter de raridade coleccionável, até porque é o debut dessa banda semi-misteriosa que apresenta uma música desconcertante que quem viu gostou e quem não viu pode agora ver aqui.

Escrito por pulanito @ novembro 04, 2008   1 comentários

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